• Capitulo XLV •

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"Não julgue cada dia pela colheita que você obtém, mas pelas sementes que você planta

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"Não julgue cada dia pela colheita que você obtém, mas pelas sementes que você planta."

- Robert Louis Stevenson

É claro que Mikael iria querer a desgraça de Andreas e Kristina, foram eles que armaram para que aquela noite acontecesse, e foi o próprio primogênito dos Bianchi que apertou o gatilho mais de uma vez para tirar a vida de seu próprio irmão, o grande amor do primogênito dos Vitale, que era o namorado secreto. Ambos se amavam, e ninguém nunca descobriu seu verdadeiro relacionamento porque frente aos outros eram como cão e gato, fingindo não se dar bem, desde a adolescência.

Quando Giovanni morreu foi Mikael quem o encontrou, foi ele um dos mais destruídos por aquela tragédia, não por perder um grande amigo, e sim um grande amor. Por isso o mordomo entende sua sede de vingança, afinal, viu de perto o quanto se amavam, mas mesmo assim as atitudes do cantor podem ter desencadeado um problema maior ainda, e é isso que o preocupa.

- O que veio fazer aqui, pedir para eu parar?

- A merda já foi feita, agora os outros vão lidar com a situação que você causou. - ele diz passando a mão pelo cabelo, respirando fundo um tanto sem paciência, enquanto o mais novo cruza os braços novamente se encostando na pia, de frente para Lorenzo, o encarando sem crença alguma em suas palavras, que suspira entediado. - Não, Mikael, não vim lhe parar, pelo contrário, eu vim lhe pedir para me ajudar no ataque ao Fontana.

- Como é que é? - dá uma risada irônica, mas para assim que ele nota o semblante sério do mordomo. - Não, Lorenzo, eu me recuso, esqueça essa loucura.

- Tirando a Luana você é o único que poderia liderar os Corvos, é o antigo braço direito do Giovanni, amante dele, ele te ensinou tudo o que sabia!

- Minha vingança no momento é mais importante do que tirar a vida do Don da máfia italiana. Me desculpe, mas isso eu passo.

- O Andreas está sumido, Mikael!

- Eu o acho. Você está certo, o Giovanni me ensinou tudo o que sabia, e de resto aprendi muito mais. - sorri prepotente, determinado, dando de ombros. - Se tem alguém que pode encontrar aquele desgraçado, sou eu!

- Não dúvido, mas a guilda precisa de você, é o legado dele.

- Não mesmo. Passei todo esse tempo escondendo isso de minha família, quer que eu arrisque me expor dessa maneira, está maluco por acaso?! Seria perigoso.

- Acha mesmo que o Fontana não sabia sobre o Giovanni, ou que vai ficar quieto quando souber o que você fez para atingir seus objetivos? Não terá a proteção dos Corvos.

A Felicidade em Meio a SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora