• Capítulo XIX •

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"Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças

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"Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças."

- Leon C. Megginson

Enquanto as meninas gastavam seu tempo no shopping, os homens da família Moretti rezavam para sua mãe, ou qualquer pessoa chegar logo para ficar com a menina, que até então não tinha dado muito trabalho, pelo menos era o que Alexandre achava ao ver seu primo lidando com sua filha horas atrás. Mas depois de algumas tempo dormindo Milena acordou com fome, e ele passou raiva tentando orientar Ítalo, falando maneira certa de segurar a menina, dando mamadeira e colocando para arrotar, ele poderia fazer isso, mas ainda não tinha coragem. A culpa o destruía toda vez que olhava para sua filha, ele se lembrava dela em seu colo no meio de todo aquele fogo, ou de quando acordou do coma e se negou a vê- lá. Amava a sua pequena de todo o coração, e por esse motivo acreditava não ser merecedor de todo carinho que ganhava a cada olhar dela.

Nesse pouco tempo de convívio com Maria Luiza e Milena dia e noite estando ao seu lado, com ambas dormindo na mesma cama que ele todos os dias foi fácil ter algum tipo de aproximação. Conversas e brincadeiras com a bebê no colo de sua mãe eram corriqueiras. Malu não o forçou nada, afinal ela entendia o Alex, principalmente depois de saber como ela foi concebida e sobre o incêndio. Então ela somente observava ambos, se permitindo adorar os momentos em que ficavam os três juntos, assim como o CEO, que ama observar ela amamentando sua filha. Momentos dos quais sentia falta mesmo que por poucas horas distantes, e Alexandre sabe que não era somente ele que sentia isso, afinal, enquanto termina de fechar algumas caixas da mudança ele escuta um choro contínuo e sofrido de sua própria filha, vindo com Ítalo do quarto dele no andar de cima.

A menina claramente sentia falta de sua mãe, e para piorar a situação seu tio tinha perdido o bico dela. Mesmo depois de ter uma bagunça enorme na sala procurando, por quase uma hora ainda sim não encontrou. Para tentar acalmar a bebê o loiro resolveu andar com ela pela casa, tentando chamar a sua atenção com algum objeto, ou até mesmo seus brinquedos, uma tentativa falha já que não estava dando certo de modo algum.

"Ela vai ter um gênio forte."

Ele pensa, sorrindo de lado ao ajeitar sua cadeira de rodas perto da janela, do outro lado da sala, pegando seu celular do bolso ao sentir ele vibrar, escutando as reclamações de seu primo, enquanto sua filha chorava sem parar.

— Milena, pelo amor de Deus, para de chorar, dá um desconto para o seu tio que nunca cuidou de uma criança na vida! – ele pedia em desespero balançando um pouco desesperado a bebê que chorava, se debatendo no colo do mesmo, que estava já sem camisa por que a menina tinha sujado de golfo. — Alex, seu infeliz, me ajuda aqui!

Ele pede gritando pelo o primo que lhe responde ainda sorrindo, se divertindo com o sofrimento alheio, dando uma olhada nas redes sociais, preocupado com a sua esposa que tinha saído, querendo notícias dela, e ao que parece a mesma foi parada por alguns admiradores enquanto fazia compras, ele sorria vendo as fotos dela, e até mesmo respondia um ou dois posts, comentando o quanto ela parecia bonita, enquanto respondia o primo, sem se importar muito com o desespero do loiro.

A Felicidade em Meio a SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora