• Capítulo XXII •

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"O medo reside no sofrimento do passado, e cria a dor do futuro"

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"O medo reside no sofrimento do passado, e cria a dor do futuro"

- autor desconhecido


Antes das seis horas da manhã Maria Luiza acorda um tanto confusa, tateando a cama, esperando encontrar o seu marido ao seu lado, mas somente encontra a outra parte da cama vazia e bagunçada. Ao se sentar na cama, se esticar ela sente o seu pés doerem, e ao tirar o cobertor que lhe cobria ela vê ambos com ataduras, um pouco sujas de sangue, aquilo a assustou um pouco, pois não se lembrava de ter se ferido noite passada.

Na verdade tudo ao seu redor parecia diferente.

Vestia uma camisa de seu marido, mas diferente da qual tinha vestido na noite anterior, o jarro com as rosas que antes estava no criado mudo ao lado da cama não estava mais lá, e sentia sua cabeça doer, e muita fome, não tinha jantado na noite anterior. Pelo menos disso se recordava, de seu marido a colocando para dormir, dizendo que pela manhã lhe daria algo a mais para comer. Mas não o via em lugar nem um, o apartamento parecia quieto demais e isso a assustou, se sentou na cama ainda confusa e pegou o celular para ter certeza de que horas eram, e ao ver que já era seis horas se levantou rápido.

Afinal estava totalmente atrasada, o seu vôo era para ser uma hora atrás. Mas nem mesmo deu dois passos e sentiu uma dor terrível em seus pés, como se estivessem rasgados.

Porque estavam.

- Ahh - grita ao cair no chão, sentindo seus pés queimarem, e ao olhar para eles, ambos estavam sangrando.

Seus pais, seus irmãos e as mulheres da família Moretti estavam na sala, se preparando para sair do apartamento, já todos arrumados, tomando café da manhã, esperando que a rosada acordasse para irem para o aeroporto e algum sinal de Alexandre, que ainda não tinha dado sinal de vida, muito menos Luka e Ítalo que foram com ele. Quando ouviram o grito de Malu todos correram até o quarto, principalmente sua irmã mais velha e Bárbara, que tinham saído do quarto para se arrumarem.

- Malu, o que houve sorellina?

Kalissa pergunta preocupada, pegando sua irmã no colo e a colocando sentada na cama novamente, enquanto o seu papá, examina sua irmã. Que fica um tanto sem jeito e totalmente confusa ao ver todos tão preocupados lhe encarando e perguntando se ela estava bem.

- Eu só fui me levantar, e não consegui andar, meus pés estão doendo muito.

Ela diz ao sentir incômodo quando seu pai Bruno retira as ataduras de um de seus pés, e arregala os olhos ao perceber o tanto de detentos que havia neles. Victor se senta ao seu lado e aperta a sua mão, ao nota- la sensível com a situação, temeroso com a sua reação. Pois tinha certeza que sua filha não lembrava de nada da noite passada, mas ela também não era besta.

- Filha, os pontos abriram, eu terei que refazer, meu amor.

Bruno fala ao analisar o outro pé também, e Bárbara fala ao cruzar os braços, em frente a rosada, do lado da delegada que concorda também. Ambas pareciam prontas para viajar, Babi usava pouca maquiagem vestindo uma blusa amarela de renda, com babados, uma calça cintura alta jeans, saltos de cadarço e seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo alto. Kalissa, vestia um jeans preto, com alguns rasgos, camisa de botões, de seda, cor cinza e por cima um sobretudo, de couro e botas no pé, era raramente usa maquiagens e essa não é uma dessas ocasiões.

A Felicidade em Meio a SolidãoOnde histórias criam vida. Descubra agora