-Daerin-

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(POV - Haerin)

4 dias, a exatamente 4 dias eu cheguei nesta cidade chamada Brisbane a fim de conseguir encontrar Danielle e esclarecer as coisas entre nós, mas de alguma forma durante esses 4 dias parece que quando eu mais procuro menos eu estou perto de encontra-la. Ao passar dos dias minha mãe e Irene me ligaram para saber se eu tinha conseguido algum avanço, mas nada.

Estava hospedada em um hotel não muito caro e um pouco perto do centro da cidade, que foi onde eu deduzi ser o melhor lugar para encontrar ela, mas to me perguntando se eu realmente estou certa disso. Saia de manhã cedo ao centro e ia em lugares e edifícios populares da cidade, mas além do grande congestionamento de pessoas também era muito cansativo e caro ir em certos lugares, então decidi parar com essa forma de busca, mas também não tenho outra ideia melhor, já tentei perguntar por ela para as pessoas na esperança que ela fosse famosa por aqui, mas é como eu tivesse procurando por um fantasma já que ninguém sabe dela e também Danielle não deixou nenhum meio de contato pra trás, acho até que nem rede social ou celular ela esta usando.

De qualquer forma eu não irei desistir, se for preciso ficar 5, 10, 15 anos procurando até achar ela eu ficarei, perderei o tempo que for por ela, errei muito ao me isolar por 4 anos e por não deixar ela ao menos se explicar, tinha meus motivos, mas ainda sim, me sinto muito culpada por esse tempo perdido.

Entre devaneios e pensamentos um tanto negativos eu me vi andando pelas ruas sem rumo e sem atenção, até porque tinha quase acabado de ser atropelada por um skatista que ao desviar de mim acabou atropelando uma velha que passeava com sua cachorra. O acidente foi tão feio que a veia desmaiou e o garoto quebrou o braço, tudo isso por que nem eu e nem o menino estávamos prestando atenção no caminho, mas também, se fosse bom de verdade ele teria desviado de nós duas, amador.

Já no hospital eu esperava o médico junto de seus familiares pra saber se a idosa não tinha morrido, o garoto já tinha seu braço engessado e também esperava para saber se não tinha matado a veia. Não demorou muitos minutos até que o médico viesse nos da a noticia que a senhora apenas tinha desmaiado pelo susto repentino, o que deixou todo mundo aliviado, principalmente o garoto que parecia ter acabado de cagar a lasanha do almoço de domingo de tão aliviado que ficou, bom, não julgo ele, também ficaria assim.

Depois de se desculpar com os familiares da senhora eu e o garoto saímos juntos do local, estranhamente não tínhamos se falado nenhuma vez desde que nos conhecemos daquela forma inusitada, então falei que iria pagar algo pra ele comer já que ele ficou assim por minha culpa.

- Aliás, qual seu nome? - Perguntei um pouco curiosa vendo o garoto comendo uma comida especifica que ele amava.

- Teodoro, mas pode me chamar de Ted - Bebeu um pouco do seu suco - Bom, é assim que todo mundo me chama - Apenas balancei a cabeça concordado enquanto ele voltada a comer.

- Então Ted - Comecei e ao ver que sua atenção pairou sobre mim continuei - Você mora por aqui? - Negou com a cabeça enquanto tomava o suco para desembuchar.

- Não, na verdade moro um pouco longe daqui, moro em um bairro que fica mais perto do rio.

- E o que estava fazendo no centro da cidade?

- Andando de skate? - Falou com um deboche tão irritante que pensei em quebrar seu outro braço na paulada.

- Cruzou a cidade inteira só pra andar de skate no centro da cidade? Me poupe! - Falei indignada - Não tem pista de skate perto da sua casa não?

- Na verdade tem sim - Respondeu sorrindo e eu só fiquei em silencio esperando uma explicação.

Vi ele suspirar e beber o suco antes de falar.

Por Você  -Daerin/Haelle-Onde histórias criam vida. Descubra agora