Chapter 6

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DAEMON 
Após o pessoal todo ir embora me joguei em meu sofá de couro, a sensação era que eu tivesse entrado para dentro dele, pois eu gostaria de sumir. Sumir deste mundo em que eu não estava mais me reconhecendo, tentei manter o mesmo padrão que sempre mantive, mas a única pessoa que eu gostaria que estivesse ao meu lado, não estava. 
São tantas perguntas que eu próprio poderia ser meu terapeuta pelo estado em que me pus
"Porque Daemon?" 
Assim que eu me encontrava, porque eu me apaixonei por uma mulher a essa altura do campeonato, sou velho já para ficar nesses joguinhos sem sentido. Tudo bem que ela foi clara sobre seus sentimentos, e disse em minha frente que não queria mais me ver. 
Fiz essa festa aqui em casa, não querendo, mas fiz e com zero animo para festividades e não curti nada da noite. As mulheres de programa que vieram não consegui ficar com nenhuma delas, o Daemon de antes teria pegado todas e trancado em seu quarto. 
Por isso que eu não me reconheço. ONDE ESTOU E O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO? 


Acordei e era noite, levantei do sofá cambaleando meio sonolento ainda, não possuía ressaca porque bebi a mesma bebida alcoólica a noite inteira então eu estava bem. Subi as escada e fui reto para meu quarto tomar uma ducha, no caminho fui tirando a bermuda e joguei-a sobre a cama. Entrei no box, e liguei o chuveiro, a água escorria sobre meu cabelo e corpo, coloquei em baixa temperatura para que me desse mais animo, passei o sabonete no corpo e ao tocar meu pau, lembrei de Rhaenyra. Dela e seu talento ao tocar nele. Jamais tinha ficado com alguém de sua origem, que havia deitado apenas com um único homem e não tido mais experiencias sexuais com algum outro. 

- Que droga Daemon! - Dei um soco na parede de azulejos do box, abrindo um buraco e só ai que notei os nós de meus dedos ensanguentados. Molhei a mão embaixo do chuveiro e sai. 

Fiz meu Shake, eu gostaria de ir correr daqui a pouco por mais que esteja escuro eu precisava focar e espairecer as ideias, com um longo gole acabei com o liquido que eu considerava ruim de beber. Eu havia posto uma faixa na minha mão para tapar os machucados depois de ter posto um remédio. Eu não consigo conter meus ataques de fúria, geralmente desconto na primeira coisa ao qual enxergo e acabo assim, detonando minhas mãos. Sentei em minha poltrona na sala e liguei a TV, o canal era sempre o mesmo, COMBATE. 

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Meu telefone toca. 
- Falaaaaaaaa ai "Lorde do COMBATE" tudo bem? - Era Laenor, meu primo e sócio. 
- Cara onde você tá? Faz quanto tempo que eu não te vejo, três meses? 
- Irmão, eu já voltei para casa e estou curtindo um pouco, mas que história é essa de festa ai e você não me convidou? - Eu ri baixo. 
- As frutas que tinham aqui, você não curte irmão. - Ele riu. 
- Eu até que curto, mas não MUITO se é que me entende. 
- Eu entendo.
- Acabei de ver que irão abrir um campeonato para principiantes, que tal usarmos o nosso time da academia? - Eu sabia que ele iria tocar nesse assunto, eu só não quero envolver o Jace.
- Podemos selecionar alguns sim... 
- Sim sim, amanhã vou passar ai na sua casa e conversamos, beleza? 
- Fechou, te espero irmão
Desliguei.
Vai ser dificil não incluir o Jace em nosso time para o campeonato, o garoto é muito bom. Só que eu não quero maiores problemas com a Rhaenyra, se um dia ela me perdoar que seja sem essas situações constrangedoras. 


RHAENYRA
Entrei no carro com as mãos super ocupadas, laptop para um lado, garrafa de água, bolsa com os esboços de decorações futuras, eu estava indo em pleno sábado ás 19 horas da noite para o escritório, precisava focar em algo e longe de casa. Luke e Joff foram para o seu pai, isso férias dos filhos eu teria hoje, amanhã e segunda, tudo que uma mãe com uma mente brilhante e cheia de ideias precisava. Ao passar pelo portão da garagem com o carro, vejo Daemon saindo de sua casa e parando na entrada, ainda bem que os vidros da minha SUV eram escuros para ele não notar que eu o estava olhando e vendo que ele estava me fitando. 

Após vinte minutos de estrada, eu ja me encontrava em minha mesa repleta de papeis sobre ela. 
- Ai qual eu escolho, esse casal tem um toque doce de ser, será que ponho rosa nesta parede... 
- NÃO! 
Eu pulei da cadeira e derrubei meu copo de água, Laena se encontrava na batente da porta da minha sala com as mãos sobre a cintura. 
- Nossa você se assusta fácil Rhaenyra... 
Ergui meu copo com ódio e sorri falsamente a ela. 
- Querida, se era um susto que você queria me dar, meus parabéns e entre no circo de horrores eu soube que estão contratando. - Voltei minha atenção aos esboços, Laena puxou a cadeira a minha frente e sentou ao meu lado. 
- Essa amargura é tudo culpa do Daemon ou tem dedo do Harwin também?
- Me desculpe, eu só estou pensando em tantas coisas ao mesmo tempo que não me toquei no tom da minha voz. - Abracei Laena que retribuiu segurando meu rosto.
- Amiga, eu te amo, mas tem coisas que você não se desbloqueou, hoje de manhã mal falamos sobre você. Precisamos conversar querida. 
Concordei e comecei a desabafar, falei sobre o sexo com Daemon, a descoberta da inscrição do Jace na academia, a falta de comunicação entre eu, meu filho e o cara ao qual eu estava me apaixonando. Mas também comentei sobre a meu afastamento da igreja e como eu sentia falta disso e que gostaria de voltar, mas não para a igreja de meu pai e sim uma outra qualquer. 

- Viserys iria enlouquecer - Laena comenta.
- Estou nem ai para a opinião de meu pai na igreja dele eu me casei com Harwin, preciso visitar outra e nesse momento apenas Deus pode me ajudar. 
- Concordo, você sempre colocou ele em primeiro lugar na sua vida, busque sua força nele. 

Nós trabalhamos até tarde da noite nos esboços do novo projeto que tínhamos que entregar para o cliente aprovar semana que vem, a reunião era na terça a tarde, e conseguimos dar os retoques finais para apresentar. 
Nos despedimos e foi tão bom ter esse momento com a minha melhor amiga, tão bom saber que ela me entendia e compreendia tudo que eu estou passando, sabendo que eu não tenho o apoio de mais ninguém, meu pai odiou que eu e Harwin havíamos nos separado, na opinião dele eu tinha que perdoar a traição de Harwin e reerguer o casamento, eu sozinha tinha que acreditar que poderíamos continuar juntos sabendo que meu marido arranjou apoio em outra mulher, isso era algo impossível mesmo vivendo uma boa parte da minha vida de acordo com os princípios bíblicos, sei que traição é adultério e isso equivale a anulação do casamento, o único motivo de anulação e meu pai não aceitara. 
Já faziam algum tempo que eu e ele não nos falávamos, minha madrasta me ligou algumas vezes me pedindo para falar com ele e perdoar as atitudes que ele teve, mas a nossa antiga conversa ainda paira sobre o ar. 

**FLASHBACK**
- VOCÊ NÃO TEM O DIREITO DE ME DIZER O QUE DEVO OU NÃO FAZER. 
- HONRE PAI E MÃE RHAENYRA, HONRE PAI E MÃE. 
- HONRAR? JURA VISERYS, QUE VOCÊ QUER QUE EU TE HONRE DEPOIS DA IDIOTICE QUE VEIO ME DIZER NA MINHA CASA? SOBRE O MEU TETO, ME DESREIPEITANDO COMO A MÃE DE SEUS NETOS? 
- Calme-se por favor, parem com isso. - Alicent pedia estendendo as mãos no meio de nós dois.
- Saia daqui antes que eu chame a policia por invasão de propriedade porque eu não sei mais quem é você, nem sei mais se o chamo de pai. - Eu olhei para o chão não querendo mais olhar em seus olhos, a amargura de meu pai estava me dando desprezo e saber que ele queria ficar ao lado de Harwin que me pediu perdão e queria retomar o casamento após o adultério cometido por ele, como se eu fosse uma idiota que estava sem meios de seguir em frente sem a presença dele na minha vida, mentira. A idiota foi a Rhaenyra que abdicou da vida dela toda para cuidar de três crianças enquanto seu pai estava mentindo que estava no seu trabalho quando na verdade a estava traindo com uma das irmãs da igreja, curso pastoral uma ova, o querido Harwin e sua língua que não para dentro da boca. 
**FLASHBACK**

Sr & Sra TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora