Chapter 3

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RHAENYRA
Se passaram alguns dias desde o acontecido no hospital, eu não consegui mais ver Daemon pois parece que ele foi em uma coletiva de imprensa ou um evento beneficente em Nashville não lembro direito quando ele me falou, Joff já estava melhor e sem febre e seus irmãos menos preocupados com ele, Jace só estava me infernizando a alguns dias por um dinheiro para comprar um uniforme, sendo que eu no começo de suas aulas já tinha comprado todos os seus uniformes para todos os três. Uma chuva estava caindo grossa lá fora, era verão só que com isso vinham tempestades fortes pela Carolina do Sul, e a minha cidade era fortemente atingida o que me deixava com medo, mas sabia que meus três meninos estavam dormindo tranquilos em suas camas essa noite. Estava sentada no sofá com o notebook em mãos terminando de ajeitar um esboço para mostrar a um cliente no dia seguinte, temos uma reunião importantíssima com um casal que mora em Nova York e quer redecorar todo o seu apartamento lá, sim eu iria ter reunião em plena sexta-feira véspera de um dos feriados mais importantes para os EUA e Laena estava aos prantos com isso, porém esse tipo de projeto para a empresa era muito bom, ganharíamos nome para fora de Myrtle Beach o que era a minha meta ultimamente.
Ouço batidas fortes no vidro da porta que dava para a garagem, a sala de estar aonde eu estava era ao lado da cozinha e tinha uma janela enorme de vidro que dava para ver a parte da frente do terreno, olho para o lado para tentar enxergar quem estava na porta, mas a pessoa estava de capuz, me levanto calmamente colocando o notebook ao lado e caminho em direção a porta, seguro a tranca e antes que eu abra a pessoa retira o capuz revelando quem era.

- Daemon! O que faz na chuva, entre! - Digo ao ver Daemon completamente enxergado, ele entra batendo os pés no tapete e retirando seus tênis em seguida e deixando seu casaco pendurado no cabideiro ao lado da porta.
- Desculpa vir a essa hora, mas eu precisava saber sua resposta.
- Que resposta? Você não estava viajando? - pergunto completamente confusa.
- Sim eu estava, voltei hoje faz umas duas horas mais ou menos. - Ele diz passando suas mãos em seus cabelos, o que o tornava tão sexy. - Vai Rhaenyra, não mude de assunto! Vai ou não passar o feriado lá em casa?
- Ah! essa resposta. - Digo me recordando da pergunta que ele fez quando nos encontramos na mata durante minha caminhada, coço o queixo tentando recordar como seria meu 4 de julho, com certeza eu deixaria os meninos irem ao seu pai e ficaria em casa comendo sorvete e vendo comédia romântica. - Os meninos irão para a casa do pai deles, mas eu não tenho nada marcado, talvez eu iria terminar alguns projetos, mas aceito seu convite sim!
Sorrio para ele retirando um sorriso de seus lábios, caminho até a cafeteira para pegar mais um pouco de café.

- Quer café? - pergunto educadamente e ele franzi o cenho.
- O que? - Ele exclama.
- O que tem? Não gosta de café?
-  São dez horas da noite Rhaenyra. - Reviro os olhos, para mim café não tinha horário.
- Eu amo café, se não quer, aceita um chá? Ou talvez refri.. suco? -
Tento perguntar continuando a ser educada com ele, afinal ele atravessou uma chuva para ter uma resposta, ao invés de enviar uma mensagem de texto, o que acaba de se passar em minha cabeça que eu não tinha dado meu numero de celular a ele, que moderna que sou.
- Uma agua com gás tem?
- Com gás? - Agora foi a minha vez de franzir o cenho.
- Sim, não tem? Pode ser sem gás e da torneira, é a mesma coisa. - Ele ri.
- Tem água com gás sim, Jace só toma isso! - Digo abrindo a geladeira, ela era de duas portas o que me deixava com raiva porque as vezes eu trancava meus dedos nela, retiro uma garrafinha de água com gás e coloco em sua frente no balcão, ele se senta primeiro na banqueta a frente e abre a garrafa, nesses segundos enquanto ele fazia esses gestos eu o apreciava, realmente esse homem sabe ser bonito, misericórdia.

- Pare de me olhar assim - Ele da um sorriso de canto, santa maria mãe de Deus.
- Assim como? Não fiz nada.
- Rhaenyra... - Ele recoloca a garrafa no balcão se levanta e contorna a distancia que estava entre nós, caminhando em minha direção. - Porque tens que ser assim?
- Desculpa, não estou te entendendo. - Digo, sabendo do que ele estava falando, ele sabia o meu desejo por ele, pois era nítido em meus olhares, eu não conseguia disfarçar.
- Acha que o beijo que demos no hospital não me fez terminar o evento em dois dias e pegar meu jatinho direto pra casa?
Ele põe uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha e meu corpo reage ao seu toque erguendo todos os pelos que possuem nele, seus dedos percorrem meu rosto tocando delicadamente minha pele me fazendo suspirar em resposta, fechei meus olhos no momento que senti seu hálito quente em meu rosto e seus lábios tocarem os meus, seu beijo foi carnal, como se precisássemos nos beijar a tempos.
Suas mãos percorrem minhas costas apertando meu quadril, toquei seus cabelos enquanto nossas línguas dançavam em sintonia, e não pensei direito no momento em que mordisquei seu lábio inferior ativando algo em Daemon pois ele me levantou do chão e me pôs sentada na bancada de mármore fria, arrepiando minha espinha, mas me fazendo queimar por dentro.
Eu queria continuar, mas algo em minha mente me fez travar e me afastar de seu toque me fazendo descer da bancada, toquei meus lábios que estavam inchados devido aos beijo, olhei para Daemon que estava confuso com minha reclusão.

Sr & Sra TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora