Chapter 12

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RHAENYRA

Eu me encontrava nervosa batucando os dedos na bancada da cozinha, eu queria estrangular o pai dos meninos. Não creio que ele simplesmente pagou para que Jace fizesse parte de um campeonato idiota, que poderia custar a vida dele. Lógico que eu resolveria isso na Justiça, precisava ligar para meu advogado. Lembrei que o meu advogado era o marido de Laena, preciso trazer eles aqui.
Pego o meu telefone e disco o numero de Jordan, ele atende no terceiro toque.

- Jordan... oi é a Rhaenyra- Digo nervosa, eram tantas coisas na minha mente, que não sabia o que dizer.
- Oi, eu tenho seu numero salvo, esqueceu que sou seu advogado?
- Não... por isso mesmo que liguei, estão ocupados? - Pergunto, pois ouço vozes no fundo.
- Estamos no estacionamento de uma loja de bebês, Laena ja deve ter te contado a boa nova - Rimos.
- Contou sim... Meus parabéns
- Obrigada... me diga, precisa que eu vá ai ou por telefone é melhor? - Pelo telefone dava para ouvir que estavam entrando no carro, então a voz de Jordan fica mais nítida.
- Estão muito ocupados para virem jantar aqui?
- Lógico que não, está tudo bem Rhaenyra?
- Comigo sim, eu só preciso falar com você pessoalmente pois são muitas duvidas. - Digo respirando fundo, sei que Jordan era muito atencioso quando o assunto era tratar de leis. Ele era um ótimo advogado, não falo isso por ele ser marido de Laena, mas porque ele resolver tudo pra mim nos mínimos detalhes. Confiava cem por cento em seu profissionalismo.
- Ok vamos ai para jantar então - Ouço a voz de Laena no fundo
- Diga a ela que levaremos vinho... - Laena diz
Mas Jordan a interrompe
- Você não pode beber mais querida, só daqui um ano ou mais - Ele ri.
- Droga! Sem vinho então.
- Desculpe Rhaenyra, as sete estaremos ai. Ótimo domingo!
- Bom domingo... amo vocês!
- Te amamos - Voz de Laena ao fundo.
Desligamos.

Deixo o celular na bancada e me sento no sofá, passo as mãos sobre os cabelos. Eu me encontrava em um beco escuro, parecia que todos os meus planos não foram bem sucedidos. Casamento fracassado, a morte de um irmão, de uma mae e o distanciamento de um pai. Por mais que ele tivesse tentado uma nova aproximação, eu não queria se quer imaginar em como manter um contato descente com ele depois do que eu começarei a passar. Meu pai odiava tribunais, e sei que o que eu iria enfrentar daqui pra frente eram longas reuniões no tribunal, pois se era uma coisa que Harwin adorava era me xingar no tribunal.

Eram duas e meia, quase a hora de irmos para a igreja. Arrumei Joffrey e Luke, não esperei por Jace, depois da longa viagem deles imaginei que queriam ir dormir. Eles precisavam eu sei que não era nada fácil, socar a cara de mais de uma pessoa e ficar pleno até o fim do dia. Meu filho precisava descansar, o que me deixava orgulhosa era que ele não se machucou e não teve arranhão algum, realmente era como Daemon disse, ele era muito bom nisso.

- Estão todos prontos? - A voz de Daemon preenche o silencio da sala de estar, eu estava terminando de ajeitar a gravata de Joffrey, olho para sua direção e ele estava de camisa azul clara com calça de sarja alfaiataria da cor cinza e um sapato de couro preto. Ele se encontrava completamente elegante.
- Meu amor... - Digo soltando a gravata de Joffrey que ja tinha ajeitado e diminuo a distância entre eu e Daemon, coloco a mão em seu peito - Como se arrumou?
- Estou com minha mala lembra? Estou muito mauricinho? Eles vestem isso na igreja né? - Ele perguntava confuso dando uma volta.
- Sim vestem e você se encontra maravilhoso. - Ele me da um beijo, e ouço os meninos pigarrearem, olhamos em suas direções.
- Um dia vocês dois farão o mesmo, espero que com meninas descentes! - Digo
- Jace ficará dormindo? - Luke pergunta
- Seu irmão teve uma longa noite, ele jamais iria ter raciocínio para igreja.
- Ah mae... eu também tive uma longa noite.. eu acho... - Joffrey diz
- Teve nada! Vamos pro carro ou chegaremos atrasados.

Imaginei que Daemon iria querer ir com seu carro então peguei sua chave e entreguei em suas mãos, ele sorriu e indicou para que entrássemos.
Os meninos se ajeitavam no banco de trás enquanto eu colocava meu cinto, Daemon deu a partida no carro, segurou minha mão enquanto dirigia. Percebi que durante o caminho ele se encontrava calado, como se estivesse submerso em seu mundo. Creio que não é nada facil ser enganado pelo seu sócio e ainda por cima seu primo. Eu fui enganada pelo meu filho e meu ex marido. Mas eu não confiava nem um pouco em Harwin, mas para Daemon, esse Laenor era como um irmão. Imagino que estava sendo bem duro para ele pensar em como lidar com essa situação e o que ele decidir, estarei completamente de acordo. Ao menos que ele invente de mata-lo ai esta fora do meu modo Cristão de ser. Decido acabar com o silencio que estava instalado, com uma curiosidade que eu tinha.

Sr & Sra TargaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora