☠️ Capítulo III ☠️

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Thomas Black

Horas se passaram e ainda restam papéis a serem colocados no local

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Horas se passaram e ainda restam papéis a serem colocados no local. Acredito que esse seja o detalhe sobre Lee Feng que ninguém poderia desconfiar, o cara pode ser brilhante em seus feitos criminosos de sucesso, mas é um grande bagunceiro. Quase não acreditei em meus olhos quando achei uma coleção de garrafas de rum vazias largadas em um canto esquecido da sala e a quantidade de mapas fora das estantes é absurda. Como ele pode bolar seus planos com tantos papéis em cima de uma só mesa.

O pensamento me recorre a outro detalhe que me esqueci de pontuar em minha mente. Como ele pode ser tão famoso e ninguém chegar a um consenso sobre o mínimo sobre sua aparência ou sua vida?

Não importa em que canto do mundo pergunte, as pessoas nunca dirão algo com clareza. Alguns dizem que é um homem alto e corpulento, na casa dos quarenta anos e um bigode chines que toca seu peito, um homem cruel e impiedoso. Outros dizem que é um homem baixinho e careca, que por insegurança a sua imagem não aparece em público, mas que é gentil com aqueles que lhe oferecem simpatia. Existem incrédulos que acreditam que na verdade o capitão não passa de uma lenda imaginária para aterrorizar os cidadãos das aldeias e despistar os soldados da marinha para que as tripulações piratas façam suas festas de horrores.

É um pouco frustrante e intrigante todo esse alvoroço sobre ele, mas piora com o fato de que ele não deu as caras ainda a sua tripulação, mesmo depois de fazer um recrutamento em massa na noite passada. Por que?

— THOMAS! — o berro de Angelo entrando na sala me assusta, quase derrubando todos os mapas restantes em minha mãos. — Diga para o seu amiguinho estupido que eu vou crescer bastante!

— Crescer onde, garoto? Olha o seu tamanho! Você vai ser diminuto e colocado no posto de bobo do navio. — Jimmy gargalha tiramos sarro do garoto.

— Cala a boca!

— Cala a boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu! — Jimmy retruca rindo da cara do garoto que pula tentando estapia-lo sem sucesso. O loiro se vira para nós despreocupado. — O almoço está servido, vamos.

Os dois deixam a sala ainda aos berros e insultos. O que diabos foi isso? Mary parece também não ter entendido muito bem o que aconteceu, demoramos alguns minutos estáticos tentando entender até desistirmos e cairmos na gargalhada.

— Parecem duas crianças.

— Daqui a alguns dias será um milagre se não estiverem se matando. — retruco. — Deveríamos fazer apostas entre os marujos para ver quem sobrevive mais tempo, ficaremos ricos.

— É uma boa ideia, mas apostar moedas é proibido pelo código pirata. — ela responde ainda sorrindo.

Então o código existe? Ele não é tão comentado como as histórias sobre o refúgio pirata criado depois da primeira guerra, mas é tão interessante quanto. Os mais velhos pescadores contam que existe um código forjado dentro de uma corte criada pelo milenar capitão Kallimur que dita “regras de conduta” aos ladrões mais cruéis dos mares.

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