🥇Vencedora do Concurso Cósmico;
1° lugar na Categoria Romance Dramático
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O que nós realmente sabemos sobre os sete mares? O que nós realmente sabemos sobre as lendas e mitos que circundam nossa existência? Tesouros, s...
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Meifen arruma meu cabelo enquanto Meiling dá alguns retoques em meu rosto com maquiagem. Finalmente a manhã da eleição chegou, um misto de ansiedade e entusiasmo se enrola em meu estômago, mas me sinto confiante que irei vencer. Esse cargo será uma honraria muito bem vinda a minha coleção de títulos e pode ser um trunfo para meus planos futuros.
Depois de tirar um grande cochilo após toda a raiva que Thomas me fez passar com suas confusões, enviei uma mensagem até Shang pedindo que viesse aqui para casa do centro para me acompanhar e também trazer Odélia para que possamos almoçar todos juntos em comemoração a minha eleição ou para xingamos a todos que me fizeram perder.
Meu reflexo na minha frente é bem agradável. Calças e botas pretas, a camisa sob um corset preto com bordados em dourado, as meninas prendem ao meu quadril meu coldre com a pistola à direita e espada à esquerda, e me vestem com meu casaco azul marinho. Meus cabelos estão atados em duas tranças enraizadas e elas colocam por fim meu chapéu com o brasão do dragão dourado. Me sinto poderosa, uma imagem que me faz escutar com reverência uma frase que me faz abrir um confiante sorriso.
“Lee Feng, lady da corte pirata e terror dos mares… Futura rainha pirata…”
— A senhora está linda, capitã. — Meifen diz sorridente.
— Que a capitã Serena não me escute, mas a senhora será a pirata mais linda da corte. — Meiling confidencia.
— Ela pode te escutar, ela sabe que sou dona de uma beleza divina. — A fala carregada da falsa arrogância as faz gargalhar e em segundos meu riso se junta aos delas. — Torçam por mim, meninas, se for eleita serei a segunda mulher a estar nesta corte. Uma honra grandiosa entre nosso meio.
— Os deuses irão honrá-la, senhora. — Meiling segura minhas mãos com confiança. — A senhora verá, será a mais votada.
— Que os deuses te ouçam, minha querida.
Nós deixamos o quarto, minha serviçais indo em direção a cozinha para começarem as organizações, me deixando sozinha a caminho da sala de estar, porém, Thomas surge em meu campo de visão. O ruivo está com os braços cheios de livros, os cabelos desgrenhados sem as tranças que fiz, a camisa amarrotada e com dois botões abertos, seus olhos me analisando de cima a baixo. Ontem, depois da nossa discussão, não deixei meu quarto, me empenhei em ignorar a sua existência e as malditas lembranças do beijo na taverna.
— Bom dia, capitã. — Ele faz um pequeno aceno com a cabeça, desviando o olhar.
— Bom dia, marujo. — Algo dentro de mim se agita. Quero que ele olhe para mim. — O que fazia tão cedo na biblioteca?
— Não consegui dormir essa noite, então vim ver o que poderia ler. — Seus olhos vagam pelos livros sem entrar em contato com os meus em nenhum momento. Por que não olha para mim? — A senhorita deve estar indo para a sede da corte.
