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Nota da autora:
Oi lindos do meu coração, tudo bem?
A música de hoje é "Labyrinth" da Taylor Swift e  acho que ela casa bem com esse momento, tanto na letra quanto na melodia.
Espero que gostem!

Annabeth.

Percy se senta no sofá ao meu lado, passando o braço por trás dos meus ombros e me entregando uma caneca de chá.

Viro o rosto, sorrindo para ele.

—Obrigada.

O moreno beija minha testa e observa enquanto bebo lentamente o líquido quente, que queima minha garganta. O clima entre nós está... estranho desde que chegou aqui, talvez por causa da nossa pequena discussão noite passada. Agora estou vestindo uma blusa dele por cima da lingerie, mas mal encostamos um no outro.

Percy disse que eu estava tossindo demais, por isso a bebida. Apenas aceitei porque queria acabar com aquela tensão, mas ainda a sinto no ar entre nós dois agora. Não sei mais o que fazer.

—O que você fez hoje? —resolvo perguntar.

—Fui pra minha mãe. —responde. —Estelle sente sua falta.

Abro um sorriso.

—Podemos sair com ela algum dia desses. —sugeri.

—Boa ideia.

Bebo o resto do conteúdo da caneca e a coloco sobre a mesinha de centro. Volto a encarar Percy e me lembro de mais cedo, quando ficamos nos beijando nesse mesmo sofá e ele borrou todo meu gloss.

Nossos pensamentos deveriam estar alinhados, pois ele se inclina, nossos narizes se encostando, como se hesitasse. Viro o rosto e permito que sua boca encontre a minha com calma, dando um selinho demorado.

—Você está se sentindo melhor? —pergunta sem se afastar.

Assenti.

—Eu estou ótima, só um pouco cansada.

—Quer que eu te leve pra cama?

Há uma preocupação sincera em seus olhos e só consigo sorrir. Percy atencioso. Estendo a mão para tocar em seu cabelo, sentindo-o entre os dedos ao mesmo tempo que distribuo beijos por todo seu rosto. Começo pelos lábios, então o queixo, o contorno do maxilar, as duas bochechas, a ponta do nariz, as têmporas, a testa e, no fim, voltando a cada extremidade de seu sorriso.

—Quero. —sussurro a resposta, apoiando a testa sobre a dele e fechando os olhos.

Percy toma todo o cuidado do mundo ao se levantar e me pegar no colo. Estou perfeitamente bem para ir andando, mas quero senti-lo perto de mim. Estou memorizando cada traço dele, como se eu fosse uma artista pintando um quadro em minha mente. Quero absorver seus mínimos detalhes antes de reproduzi-los numa tela.

Assim nunca vou perdê-lo, não totalmente. Ele sempre vai estar na minha galeria de memórias.

—Vou apagar as luzes. —fala assim que me põe na cama.

Concordo com a cabeça e ele sai, logo o quarto ficando tomado de escuridão. Escuto seus passos quando ele volta, ocupando o espaço ao meu lado. Encaro o teto, esperando-o se aproximar, mas Percy não o faz.

Red - (au percabeth)Onde histórias criam vida. Descubra agora