A Prova na Arena

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O que é o amor?

Uma das perguntas mais desafiadoras do mundo, um sentimento sem uma definição exata. Se eu, Celine, tivesse que definir o amor, eu o descreveria como o impulso que me leva, destemida, a atravessar uma ponte outrora segura, agora estragada e perigosa, em direção a um lugar onde pessoas desejam minha morte. Essa seria minha definição de amor.

E ali estava eu, parada diante da ponte, pronta para atravessá-la, pronta para fazer tudo ao meu alcance para encontrar aquele que foi roubado de mim. No final da ponte, três guardas armados aguardavam, e eu precisava convencê-los a me deixar passar.

Eles estavam distraídos, comendo alguma coisa, mas assim que passei pela metade da ponte, eles me viram e a tensão aumentou instantaneamente.

"PARADA! MÃOS AO AR OU ATIRAMOS!", gritou um dos guardas, enquanto os três vinham em minha direção, suas armas prontas para disparar.

Se aquele era o momento de encontrar meu filho, eu precisava agir, agir como a atriz principal de uma peça de teatro.

Ajoelhei-me com as mãos ao ar, erguendo-as o máximo que pude, e com a voz trêmula de uma coitada, agi como a garota mais inocente do mundo.

"POR FAVOR, NÃO DISPAREM, EU IMPLORO", supliquei, enquanto eles se aproximavam, cada passo deles ecoando como trovões em meu peito aflito.

"Por que você está toda coberta?", perguntou um dos guardas berrando.

"Eu queimei com o sol, tenho sofrido muito", respondi rapidamente, agindo como se estivesse com medo, minhas palavras  tremendo no ar tenso que nos envolvia.

"Não é problema nosso. Dê meia volta, a não ser que você queira morrer", disse um dos homens, sua voz carregada de ameaça, enquanto virava-se para partir, seguido pelos outros, como sombras fugazes em meio à escuridão.

Eu não desistiria tão facilmente e nao podia ficar nervosa senao tudo acabaria. Então, levantei-me e segurei o braço de um dos guardas, olhando-o nos olhos usando a seducao ao meu favor. Nesse instante, meu capuz caiu, revelando meu rosto.

"Por favor, eu não tenho onde ir! Por favor, mesmo que eu tenha de virar uma escrava... deixem-me entrar", supliquei com uma sinceridade angustiante, minhas palavras ecoando desesperadamente na noite sombria, perdidas em um eco de desespero.

Segundos se passaram e eles olhavam para mim com olhos de sede, olhos de bandidos sem escrúpulos que são, olhos de pervertidos, seus olhares famintos devorando minha dignidade.Logo em seguida, soltei-o, percebendo que eles sucumbiram diante da minha beleza inegável.

"UHH... como escrava você servirá muito bem", respondeu um deles com um tom de luxúria, suas palavras carregadas de intenções sombrias.


"NAO DELTA, O CHEFE AVISOU... SEM NOVOS INTEGRANTES... E SE...", de repente, ele tirou um apito do bolso e apitou com todo o ar presente em seu pulmão, o som estridente cortando a noite como um grito de agonia, deixando-me com um ponto de interrogação pairando sobre a minha cabeça enquanto eles engatilhavam suas armas e com raiva e violência me forçavam a me deitar no chão, de barriga para baixo me fazendo ficar desnorteada enquanto tentava percebier o que tinha corrido mal. 

"E-eu não fiz nada... POR FAVOR", implorei fingindo emocoes de angustia e de medo transformando minha voz em um sussurro trêmulo, 

"Eu verifico o corpo dela, controlem os flancos, a aliança deve estar por perto", disse outro bandido, e então percebi a gravidade da situação. Por ter vindo pela ponte, eles pensaram que eu era da Aliança, e qualquer marca ou indício que me entregasse seria motivo para tortura.Rasgaram as mangas da minha camisa e passaram suas mãos em mim com uma violência, um toque que queimava como brasas, mas eu permaneci imóvel, sabendo que eu estava limpa.

O ApocalipseOnde histórias criam vida. Descubra agora