Eu, Celine, estava dominada por uma mistura de medo e determinação. Nervosa, meu corpo tremia com a adrenalina que corria em minhas veias. Ferida? Não sabia. A dor não importava; a minha mente estava em um turbilhão de pensamentos, o que quase me levou à prisão na véspera de uma guerra que dizimaria centenas de vidas.
Dois brutamontes me arrastavam em direção às cavernas fétidas onde os prisioneiros eram mantidos. Cada passo parecia uma eternidade, o cheiro de suor e desespero impregnando o ar.
"Me soltem!" Eu lutava, mas era em vão. As correntes eram fortes demais, e a resistência parecia inútil. Na porta da jaula, uma ideia desesperada me ocorreu.
Rasguei a blusa em um movimento rápido e fiquei com a parte de cima totalmente à mostra. O gesto chocou os guardas, que se entreolharam, confusos.
"ENTÃO! QUAL DOS DOIS VAI FAZER SEXO COMIGO? Já tem anos sem tocar numa mulher, né?" Eu disse, tentando ser o mais sedutora possível.
Um dos guardas segurou meu braço com força, seu rosto se aproximando do meu. "Escuta aqui! Você acha mesmo que isso vai resultar?"
Antes que ele pudesse continuar, o outro guarda tocou seu ombro, chamando sua atenção. Num instante, um soco foi desferido, e logo os dois estavam em uma briga violenta, esquecendo-se completamente de mim.
Aproveitei a oportunidade, peguei as chaves sorrateiramente e abri as correntes. Fugi dali o mais rápido que pude, cada batida do meu coração um tambor de alerta.
Corri, me escondi, movendo-me através das sombras até chegar aos portões que me levariam à liberdade. Era dia, e eu sabia do perigo de respirar o ar tóxico ao redor do acampamento. Sem máscara ou roupa adequada, tive que improvisar. Rasguei uma parte das calças, usei como máscara e me aproximei do grande portão, guarnecido por um único guarda, já que os outros estavam na reunião.
"DEIXE-ME PASSAR!" ordenei, encarando o guarda que mantinha os olhos fixos em mim por trás da máscara.
Ele ignorou minha ordem e saltou sobre mim, suas mãos sujas apalpando meu corpo levado pela luxuria. Lutei desesperadamente contra ele, minha mente focada em uma única coisa: escapar daquela horrivel situacao.
Na luta desesperada, avistei uma lâmina no bolso dele. Sem hesitar, enfiei a faca em sua barriga. O guarda gritou de dor, pedindo socorro, mas eu não parei ate separar sua cabeça do corpo, sangue espalhando-se como um testemunho da minha determinação e repudio pelos atos dos homens. Dezenas de passos se aproximavam.
Abri o portão e corri para a liberdade, atravessando o rio Thames, esquivando-me de balas que zumbiam ao meu redor. Cada respiração era uma vitória, cada passo, um triunfo sobre a morte.
Cheguei à densa floresta protegida do sol, exausta porem triunfante. O ar puro parecia um bálsamo para minha alma desgastada. Regressei depois de inumeras noites até Leon, meu coração ainda batendo com a adrenalina do confronto. A guerra estava prestes a começar, e eu sabia que seria violenta como nunca antes e que talvez seria o meu fim e entao jurei que aconteca o que acontecer, eu voltaria com Alex.
Cheguei ao acampamento onde eu residia, deslizando pelas sombras como um fantasma. A casa parecia deserta, nenhum sinal de Leon. Se ele estivesse morto, não seria surpresa. Abri a tenda cautelosamente, e lá estava ele, deitado na cama, apontando uma arma para mim.
Ver Leon em tão bom estado foi um alívio indescritível. Ele parecia ter renascido. Sem conseguir esconder minha emoção, corri para abraçá-lo.
"Você demorou! Cadê o Alex?" perguntou ele, retribuindo o abraço.
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O Apocalipse
RandomNum mundo pós-apocalíptico, onde a civilização foi reduzida a escombros por um catastrófico impacto de um asteroide. A terra é um cenário desolado, repleto de destroços e silêncio sepulcral. As cidades Europeias outrora prósperas são apenas sombras...