Capítulo 14

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   Severus parou de revisar as redações do primeiro ano ao se lembrar da cena que havia presenciado há quase meia hora. Tinha que admitir que ficou surpreso ao ver Draco ao lado de Ronald, e mais ainda naquele abraço. Ele então também se lembrou da cara triste do Weasley quando ele colidiu com Harry, será que o ruivo ficou assim por causa de Draco?

Ele nunca havia pensado nisso, até mesmo insinuar algo entre eles era algo que parecia irreal, mas as aparências sempre enganavam, e ele não era a melhor pessoa para julgar isso já que havia se apaixonado por... o filho de Tiago Potter, seu inimigo durante seus anos escolares. Pelo menos ele poderia ficar satisfeito em saber que James Potter estava rolando para frente e para trás em seu túmulo.

Severus soltou um longo suspiro, ele precisava descobrir mais sobre o que seu afilhado estava fazendo com Ronald Weasley. Como não queria que nenhum dos dois se machucasse, ele adorava o afilhado e gostava muito do ruivo, e mais ainda pela ajuda que lhe dava.

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—Ron!—Harry se aproximou do amigo, encontrando-o em um dos muitos corredores cheios de estantes e livros da biblioteca. “Owww amigo, e aquele sorriso?” pergunto, empurrando-o.

Ronald revirou os olhos enquanto o ouvia. Embora já tivesse aceitado os sentimentos que sentia por Snape, conversar com Draco o acalmou muito e... aos poucos ele iria superar isso e esquecer. Não tenho nenhuma ideia, Harry.

O menino que sobreviveu deu uma risadinha ao ouvir isso. "Ah, vamos lá... Me conte!" Ele perguntou ansiosamente. "Você foi falar com Malfoy?" ele perguntou em um sussurro.

Ronald suspirou e pegou alguns livros que o ajudariam a realizar o teste de encantamento—Bem…. Sim — Respondeu ao amigo — Conversamos... um pouco.

Harry ergueu uma sobrancelha. "Bem..." ele perguntou. "O que ele disse para você?" Eles resolveram as coisas? - Ele perguntou - ele me disse isso...

—B-bem…. —Ronald tentou encontrar respostas para as perguntas de Harry—Ele disse... Hmmm.... Ela continuaria seu compromisso com Astoria enquanto estivesse em H-Hogwarts, mas ela estava ciente de seus sentimentos por mim... Ela mentiu... e nós...

“Eles ainda estarão juntos?” Harry perguntou sorrindo, a felicidade do amigo era algo importante para ele.

As bochechas de Ronald ficaram vermelhas, ele teria que informar Malfoy de todas as coisas que ele estava inventando para Harry para que eles não fossem pegos nas mentiras. "Ele... sim, ele... se ele quiser se casar comigo."

Harry soltou uma espécie de grito. "Oh, Ron..." Ele o abraçou. "Eu não posso acreditar que Malfoy e você... bem, você sabe, ele é vaidoso." Ele murmurou, lembrando de todas as vezes em que A loira tornou suas vidas impossíveis. "Bem, Sev."

Ronald mordeu um dos lábios enquanto o ouvia.

"Mas isso não importa, você pode imaginar?" Harry deu uma risadinha e ajustou os óculos. "Eu quero ver a cara de Lucius Malfoy quando Draco disser que quer se casar com você." —O homem de cabelos negros teve que morder os lábios segurando uma risada—Espero chegar vivo a esse momento.

O ruivo negou diversas vezes ao ouvir seu amigo dizer isso, embora tivesse que admitir que se toda aquela mentira fosse verdade e ele e Malfoy estivessem “juntos” ele morreria de rir só de imaginar Lúcio Malfoy recebendo aquela notícia. Ronald riu sem poder evitar.

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Hermione se trancou em um dos cubículos do banheiro feminino, as lágrimas que ela havia contido com muito esforço para chegar lá saíram incontrolavelmente. A mulher de cabelos castanhos caiu no vaso sanitário, seus soluços podiam ser ouvidos alto, chorando. Myrtle levantou-se para observá-la do banheiro ao lado.

"Ah... é você de novo", a garota murmurou, olhando para ela, o fantasma franziu a testa. "Você só vem chorar aqui, você é chato", ela disse a ele, "NÃO QUERO OUVIR NINGUÉM CHORANDO! " PARA NINGUÉM!—gritou a garota, desaparecendo.

Hermione enxugou as lágrimas mas elas foram rapidamente substituídas por outras, ela tinha ouvido a conversa que Harry teve com Ronald na biblioteca, eles não tinham notado a presença dela já que ela estava na estante que ficava do outro lado deles.

"E-é... é impossível..." Ela gaguejou, ela se forçou a procurar pelo menos uma pista que ligasse o idiota do Malfoy e Ronald, mas não... Ela não conseguiu encontrá-los, ela não conseguiu. não os encontro!

Ele... sim, ele... sim, ele quer se casar comigo.

As lágrimas caíram com mais intensidade ao lembrar disso, ela tentou se controlar, tentou não se deixar afetar por tudo aquilo mas... Não conseguiu! Embora ela se correspondesse com Viktor e ambos tivessem uma espécie de “relacionamento”, era impossível para ela tirar aquele idiota do Ronald da cabeça. Ela o amava! Eu estava apaixonada por ele! E ela sempre manteve a esperança estúpida de que ele veria seus sentimentos, que eles retribuiriam e que ambos teriam aquele relacionamento que ela tanto desejava, mas...

-Não…. —Hermione soluçou olhando para o teto do banheiro. A princípio ele achou que tinha ouvido errado, até achou que tinha entendido tudo errado mas... Não.

Ela continuaria seu compromisso com Astoria enquanto estivesse em H-Hogwarts, mas ela estava ciente de seus sentimentos por mim.

Hermione respirou alto, ela tinha que fazer alguma coisa. Sim... ele tinha que fazer algo para acabar com isso, era um absurdo que Malfoy notasse Ronald! Além disso, o pai da Sonserina não permitirá a união entre eles e... ela não queria ver Ron sofrer. Não queria.

A Grifinória respirou fundo, acalmando as lágrimas enquanto pensava no que fazer.

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Sac, a elfa, segurava o buquê de rosas que seu mestre lhe dera. “O que devo fazer com isso, mestre?” pergunto, olhando para ele com uma leve confusão.

"Você está indo para a Grifinória", murmurou o professor. Weasley não tinha aparecido naquela noite e não queria incomodá-lo, sabia que estava ocupado cumprindo seus deveres acadêmicos.

—Ah…..—Sac murmurou ao ouvi-lo—Quer que eu dê isso ao Sr. Ron, mestre?—Perguntou o elfo sorridente.

Severus olhou para ele de forma estranha: “O que...?”

"Sim, Sr. Ronald, o garoto da Grifinória, ele sempre vem visitá-lo," a elfa murmurou, lembrando-se de todas as vezes que ela o serviu. Ela até entrou no quarto de seu mestre! "Não é mesmo?" ela perguntou , feliz que seu mestre estivesse mais feliz desde que aquele jovem passeava por seus aposentos.

Severus suspirou ao ouvi-la: "Não, Sac, essas rosas não são para Ronald."

O elfo olhou para ele com mais confusão—Não...?—Ela perguntou—então para quem são eles, mestre?

As bochechas de Severus ficaram levemente rosadas. "Ele... Bem, eles são para... Harry Potter", ele murmurou.

Sac achou que tinha ouvido errado – para o Sr....Harry Potter? – ele repetiu, franzindo a testa. Ele já tinha ouvido seu mestre falar mal daquele garoto muitas vezes e até brigou com seu mestre no escritório! Ele não gosta dele, ele não o queria perto de seu mestre!

Severus acenou com a cabeça."Aqui, sim... pegue-os, ele provavelmente está dormindo agora, não deixe ninguém ouvir você, Sac, coloque-os ao lado do travesseiro dele", ele pediu ao elfo.

—M-mas S-Sac não entende, mestre,... P-por que Sr. Harry Potter?—pergunto um tanto imprudente—Sac achou que eram para o Sr. Ronald Weasley, você fica sempre feliz quando ele vem te visitar, mestre!

Severus soltou um longo suspiro ao ouvir seu elfo - SÓ PEGUE AS ROSAS, SAC! - ele gritou ordenando-o.

O elfo gritou e desapareceu.

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Continua….

Ron para o resgate - (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora