Liz’s pov:
-Se você não quiser me acompanhar pode ir. Não é obrigada a nada.- Ele diz com raiva e eu simplesmente paro.
Tento analisar tudo o que aconteceu hoje e como estou me sentindo por isso, e nesse momento, a resposta ideal seria frustrada, por tudo. Será que fiz a coisa certa em vir com os meninos? Se Dean tivesse me contado sobre o acontecimento estaríamos juntos? Quem me liga tanto? Por que Sam está fazendo isso?
Ele percebe que as suas palavras me afetaram então também para, se vira para mim e acho que ele vai tentar consertar as coisas, mas tudo que eu escuto é:
-Vai ser melhor se você não vier.- E saí andando, me deixando plantada ali.
Eu começo a me mover, afinal eu estou sozinha. Pego meu celular dentro da bolsa e ele começa a tocar, resolvo atender de uma vez por todas os saber o que é.
-Alô?- Falei.
-O que aconteceu com ele é culpa sua.- Uma voz feminina me disse. -Toda vez que me lembro dele ligo para você, pra te provar que tudo isso é por sua causa!- Ela diz aos berros.
-Quem é você?- Pergunto engolindo seco, apenas imaginando o que tenha acontecido.
-Ele ia se separar de você para ficarmos juntos! Sua maldita!- A moça começa a chorar e então entendo o que aconteceu, é muita coisa pra processar em um só dia.
Desligo o telefone e faço o que iria fazer inicialmente, ligo para Dean, minhas mãos estão tremendo e as lágrimas vieram à tona, não consigo controlar o que estou sentindo e isso só me deixa mais angustiada. Deixo uma mensagem em seu telefone principal, pois ele não atendeu. Ligo para todos os outros números e nada, jogo o celular com força na estrada já que ele não tem utilidade nenhuma. Me sinto culpada pelo que fiz e vou atrás do aparelho, mas acho que caprichei na força que usei, pois acabei destruindo o objeto.
Acho que agora a melhor opção é pegar uma carona com alguém e ir para o lugar onde Dean seguiu a estrada. Espero durante alguns minutos que pareceram uma eternidade, resolvo seguir andando, e faço isso durante horas até que um homem finalmente para. Ele me diz que vai passar próximo ao local fiquei assustada com sua abordagem, mas não aguentava mais andar e eu estava em vantagem no fim das contas, não é? Tinha uma arma na bolsa.
Estou suja, suada, cansada, meus olhos inchados depois de tanto ter chorado, inclusive, acho que gastei lágrimas para o resto da minha vida. Estou adormecendo no banco do carona do caminhão, mas tento não fazer isso, o que parece uma tortura. Durmo até chegarmos próximo ao meu destino, graças a Deus ele não era um louco, agradeço a carona e continuo andando, percebo que passei o dia inteiro tentando achar Dean. Está amanhecendo quando chego na cidade e o encontro.
-Dean! Finalmente!- Digo dando um abraço no loiro, me apoiando no mesmo, pois não consegui descansar plenamente desde o dia que o deixei. -Me desculpa, eu prometo que não vou mais vacilar desse jeito.- Falei tentando recuperar meu ar.
-Liz! Graças a Deus! O que houve? Fiquei muito preocupado. Eu ouvi as suas mensagens.- Ele diz me fazendo com que fique de pé e tenta me acalmar. Eu achei que não tinha mais lágrimas, mas percebi que estava enganada.-Ei, ei… Você tem que me contar tudo o que aconteceu, mas agora não é a melhor hora, tem uma merda muito grande acontecendo por aqui.- Ele diz tentando me alertar sobre o que está acontecendo.
Ele me leva à lanchonete local e conta que tem um espantalho que aparentemente é um… deus pagão? Ele falou que em troca da proteção de boas colheitas eles fazem sacrifícios de casais anuais. Ele impediu que um casal fosse morto ontem e quer descobrir como acabar de uma vez com isso.
-Liguei para Sam… espero que ele descubra algo.- Ele fala olhando para mim.
-Ah… espero o mesmo.- Falo um pouco desconfortável.
-Olá, não sabia que estava acompanhando.- Diz um homem da lanchonete pegando o seu telefone de maneira agitada para ligar seja lá para quem for. Percebi que algo não estava muito certo, mas fiquei quieta e comi minha comida, pois estava faminta.
Depois de um tempo, um casal aparece e Dean faz muitas perguntas a eles relacionadas à caçada. O casal se mostra cooperativo em responder e nos guia para falar a respeito do assunto com mais privacidade. Tento alertar de alguma maneira para o loiro que isso pode ser uma cilada. Mas percebo que ele está ciente da situação, o que no fim das contas realmente estava certo.
O casal nos prende num tipo de porão para nos oferecer como comida para que a cidade se mantenha estável, me sento no chão e coloco as mãos na cabeça.
-Qual é o problema dessa cidade? Todo mundo sabe do que está acontecendo e aprova?- Falo indignada já sabendo das respostas para minhas perguntas. Ele se senta ao meu lado e pergunta:
-Por que não veio comigo?- Disse com uma voz que mostra uma real tristeza.
-Não é óbvio? Eu não vim só para não ter que fazer o que me disse.- Falo levantando a cabeça e olhando em sua direção com um breve sorriso, o loiro faz a mesma expressão e continua as perguntas:
-Por que não respondeu às minhas mensagens?- Diz ele preocupado.- Eu fiquei louco. Já estava indo atrás de você quando chegou.
Eu sorrio ao pensar nessa possibilidade, mas ele logo desaparece por lembrar o tempo em que eu estava fora.
-Eu quebrei o meu telefone. Já não tinha mais nenhuma utilidade.- Digo simples com a ligação daquela mulher martelando em minha cabeça enquanto o irmão mais velho me olha confuso.- Dean…- comecei a falar e ele balançou a cabeça em sinal para que eu prossiga minha fala. Tomo coragem e solto.- Você acha que foi culpa minha o que aconteceu com o John?- Perguntei.
-Quem que te disse uma bobagem dessas? Foi o Sam?! É claro que você não tem culpa Liz.- Ele fala mexendo em minhas costas. Eu começo a chorar e me deito em seu ombro.
-Ele me traiu.- Simplesmente digo tentando aceitar o fato de que o homem em que eu passei seis anos não era quem eu esperava que fosse.- Por que eu atendi aquela ligação?!- Digo em voz alta o questionamento que estava em minha mente.
-Oh Li… Eu sinto muito.- Ele diz aconchegando minha cabeça ainda mais em seu ombro.
Estou tão cansada que simplesmente durmo. Talvez o fato de que tenham drogado a gente ajude. E então nós dois caímos no sono.Pov's off:
Dean e Liz estão presos em uma árvore. A morena é a primeira a acordar e chama pelo loiro.
-O que a gente faz agora?- Ela perguntou para ele, que despertou assustado.
-Tenho que pensar em algo.- Ele fala quieto.
-Que tal não virarmos churrasco de espantalho? Seria legal, né?- Ela fala tirando sarro da situação, mas desconfortável com a ideia. -Espera, vou tentar tirar isso.- Ela diz tentando tirar a bota sem utilizar as mãos, que estão amarradas.
-Acho que você deveria ter seguido o seu conselho de bêbada e não usar mais isso.- Ele diz rindo dela.
-Se eu lembrasse desse conselho ou tivesse alguém para me lembrar, teria sido mais fácil.- Ela fala conseguindo finalmente tirar os sapatos.
-Para que está fazendo isso?- Dean perguntou curioso.
-É o único lugar onde essa gente doida não deve revistar, então deve estar por aqui.- Ela fala tirando um canivete de dentro da bota.
-É sério isso? Você guarda facas nos seus sapatos?- Ele pergunta impressionado.
-Cala a boca e me ajuda aqui. Esse canivete vai salvar nossas vidas.- Ela fala tentando tirar a parte da lâmina do objeto.
-Dean? Liz?- Sam grita dentro da floresta, encontrando os dois presos.
-Nunca pensei que diria isso depois de ontem, mas graças a Deus!- A mulher diz aliviada enquanto o moreno corta as cordas dela.
Ele conta sobre o que descobriu sobre a criatura, um Vanir, que está sendo convocado na forma de um espantalho para proteger a cidade em troca de sacrifícios anuais, com uma árvore sagrada na cidade que lhe dá poder.
-Tá Sammy, sem papo furado antes que esse espantalho saia do lugar.- Dean fala irritado com a espera para soltá-lo.
-Que espantalho?- O mais novo perguntou olhando ao redor.
-Droga!- Dean e Liz falam juntos.
-Como a gente acaba com isso?- O loiro pergunta para o moreno, que não tem a resposta.
-A gente queima. Deve resolver.- A morena diz dando de ombros.
-O QUÊ?!- Eles dizem em um uníssono.
-É a nossa única opção.- Ela fala.
-E se não der certo?- Dean fala considerando a possibilidade.
-A gente morre.- A mulher simplesmente responde.- Uma hora ou outra tem que acontecer.
-Você vai sair daqui agora! É perigoso.- O loiro fala.
-Meu Deus, você ainda não entendeu que eu não gosto de obedecer?- Ela responde irritada.
-Eu já saquei, mas você precisa. Pro seu bem, Sam e eu cuidamos disso.- O mais velho diz.
-Ainda bem que eu sempre ando equipado.- Sam diz ao irmão pegando as coisas para atear fogo na árvore. -Liz, vai.- Ele pede com delicadeza. A mulher olha para os lados tentando achar algo, mas está escuro demais. Ela balança a cabeça positivamente e corre em direção a estrada.
No meio do caminho, o espantalho aparece para Liz que está completamente desarmada. Ela tenta lutar contra aquilo, mas só consegue atrasar um pouco a coisa.
-DEAN! SAM!- Ela grita desesperada para que os meninos a escutem e acabem com aquela coisa o mais rápido possível.
A morena acaba tropeçando em sua tentativa de fuga, machucando o seu rosto com a queda. O espantalho machuca o seu braço, mas ela se solta e sai da mata enquanto espera os meninos chegarem.
-Liz!- Dean aparece na estrada seguido por Sam. - Você está bem?- Ele pergunta com preocupação.
-Já estive melhor. Mas vou ficar bem.- A mulher diz com um leve sorriso que desaparece quando Sam chega perto.
-Eu posso fazer algo por você, Liz?- Ele diz para a moça e suas palavras são como um pedido de desculpas.
Ela dá um tapa na sua cara e deixa o homem desnorteado.
-Você fez uma merda muito grande Samuel.- A morena fala com uma voz firme, mas depois o abraça. - Por que me deixou lá?
-Era a melhor coisa a se fazer. E foi, né? Você ligou para Dean e vieram pra cá juntos.- Ele diz analisando as palavras que saíram da sua boca e pela expressão de Liz, percebe que estava errado. - O que aconteceu?
-Você foi embora e eu me virei.- Ela diz engolindo seco e Sam troca olhares com Dean.
Todos precisam se acertar antes de tudo voltar ao normal no estilo Winchester e Jones.
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THE WINCHESTERS AND ME
FanficNesta história você entrará no universo de supernatural com a cativante personagem Liz Jones. Os meninos a conhecem como vítima em uma caçada, mas depois disso, ela se torna algo muito mais significativo para ambos.