Um policial havia sido baleado pelas costas, isso foi apenas o que eles nos disseram, logo, depois de uns 10 minutos saímos para ir ao treino, a rua estava cheia de policia ainda, porém, estavam saindo com pressa da favela, pareciam estarem evacuando o mais rápido possível, os carros cantavam pneu ao sair, já chegando dentro da escola encontramos o irmão do meu colega, ele aparentava ter uns 19 anos, mas não era tão alto, notei no bolso dele um rádio apitando, Dilan perguntou sobre o que tinha acontecido lá em baixo(ele se referia ao ocorrido na Tulipa), o seu irmão que se chamava Canhão respondeu;
Canhão --- aquele otario tava dando um apavoro no muleque pow, o pirraia nem é envolvido no movimento e eles fazendo aquilo dando na cara do muleque, isso não existi não pow, colocamos o outro pirraia para pegar o capacete que estava na moto e sair voado, nisso um foi atrás o outro ficou, justo o que estava espancando o menor, Deus é justo, né não? Diga aí...
Nisso ele olhou pra mim, pensei rápido, eu iria dizer que não é?? Assim, falei...
---- Deus é justo pow, aqui se faz aqui se paga.
Falei uma frase que desde criança ouvia minha mãe falar e para minha surpresa o cara pareceu ter adorado o que eu falei, nisso, acabei fazendo amizade com ele também, gente boa até.
Apartir dalí passei a ir menos na casa do meu parceiro, porém não deixei de ir, os caras lá gostavam de mim, na primeira vez que fui depois desse ocorrido até me surpreendi, tinha uma frase escrita(pixada) no muro em frente onde o policial havia caído, ela dizia: "Aqui se faz, aqui se paga".
Eu tinha certeza que o Canhão havia falado pra galera lá sobre mim, pois, mais pra frente eu iria conhecer a galera de lá, e todos sempre me trataram super bem, nunca tive problemas, minha mãe também jamais poderia saber de todo o ocorrido, caso contrário não me deixaria em paz, eu já treinava escondido dela, ganhei algumas medalhas inclusive nos jogos Inter-classes, entretanto, meio que desisti do futsal quando saiu aquele professor legal e entrou uma professora técnica que era de outra escola já conhecida por perder sempre os torneios pra nós.
Acontece que ela parecia ter marcação comigo e aparentava ser muito próxima daquele grupinho que não gostava muito de mim na escola, ela me "queimava" direto na equipe, depois descobri que a bonitona lá era mãe de um daqueles da tropinha, eu sempre ficava de reserva no time dela, mesmo sabendo que eu jogava melhor que a maioria que ela colocava como titular, naquele tempo desanimei tanto que a unica saída que vi foi desistir do futsal, pois, nada que eu fazia la era valorizado, acabei seguindo minha vida normal, porém, para passar de ano escolar, exigia-se que o aluno obtivesse nota na materia de Educação física de algum modo, ou pela prática do futsal, pelo Voleibol da escola, ou fazendo aulas de educação física, escolhi essa última e me arrependi, passei 2 anos nisso, o Dilan também saiu do futsal e me acompanhou, nossa! Era horrível, eu odiava jogar queimada toda vez, logo, decidi sair dalí e entrar no Vôlei, nessa Dilan não quiz vir comigo e preferiu voltar para o futsal, até porquê, ele era mais baixo que eu, ele sempre foi baixinho, e olhe que eu nunca fui tão alto assim, hoje tenho 1.70 para se ter uma ideia, mesmo assim, fui o melhor levantador da escola, pois, quando eu decidia fazer algo eu dava o meu melhor naquilo, acabei ganhando uma medalha de ouro e outra de prata também no vôlei, foi um tempo bom, acabei até gostando do esporte, porém, eu sabia que aquilo não era pra mim, não era realmente o que eu gostava de fazer.
Já na questão escolar, bem, tudo era como antes, retirando claro, minha vontade de adolescência em conhecer mas de perto uma companheira feminina, foi aí que tive minha primeira decepção.
Continua.
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Nota Do autor:
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A Decidir...
No Ficción"As vezes são decisões precipitadas que afetam quem não têm culpa de nada e uma escolha errada pode facilmente colocar tudo a perder... Nem tudo foram espinhos, também existiram flores pelo caminho, embora que, fossem sempre muito poucas, mas, tenho...