Autocontrole

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Horas antes

Maxy estava terminando de pentear seus cabelos quando ouve um barulho alto vindo da sala de estar, ela coloca a escova de cabelo em cima da penteadeira e caminha para verificar o que é, e se depara com seu irmão chorando de tanto gargalhar, vendo a cena o coração da ruiva se aquece ao vê-lo tão bem.

Olhando para o outro lado da sala se depara com um homem, seu rosto se transforma, ela serra os olhos esverdeados em direção ao rapaz alto e moreno, seus cabelos se movimentavam à medida que ele se movia, estava rindo tanto que suas pernas estavam fraquejando.

— O quê... — O olhar de Maxy oscila quando o homem para de rir e a encara.

— Boa tarde mana! — Otto sorri ao vê-la somente pela metade, já que ela estava escondida entre uma das paredes que dividiam a sala e o quarto. — Adivinha que veio nos visitar!

— Vitor.. — O nome do homem soou tão amargo entre seus lábios que o duque arqueou as sobrancelhas.

— Olá chaveirinho! — Ele acena para ela com um sorriso irônico nos lábios. — Hm. — Ele inclina a cabeça para olha-la melhor. — O quê houve Maxy? Parece que está vendo o próprio diabo.

— Gostaria que fosse ele mesmo, ao invés de você. — Ela franze o cenho.

— Ah! Você cresceu e continua a mesma estressadinha de antes. — Ele caminha em direção à ela e flexiona os joelhos para ficar na altura dela. — Sabe.. quando você era apenas uma pirralha eu e seu irmão te apelidamos de tomatinho.

— Se afaste. — Sussurra enquanto encarava os olhos bicolores do mais alto.

— Quando você fica brava seu rosto fica vermelho que nem o seu cabelo, por isso o apelido. — Ele se apoia na parede, encurralando Maxy e desafiando seu olhar espinhoso. — Então, gostou do apelido? Tomatinho. — Ele espalma a mão na cabeça da ruiva, fazendo uma " carícia" que geralmente eram feitas em cachorros.

— Para de me chamar assim! — Ela espalma as mãos do peitoral alheio, tento afasta-lo.

Ela falhou miseravelmente.

— Vitor, é melhor você parar. — Otto já sabia dos limites de paciência da irmã.

— Hum. — Ele murmura e volta seu olhar para a Maxy e solta uma risada alta.

— Qual a graça? palhaço.

— Você está tão vermelha! Que gracinha! — Fala com uma entonação infantil.

— Vitor! — Otto o repreende.

— OLHA AQUI SEU IDIOTA..

— Já deu vocês dois. — O moreno interfere, e puxa Vitor para o seu lado. — Você é tão irritante Vitor. — Murmura.

— Fica assim não lindinha, você só vai ver minha cara amanhã de manhã.

— Graças a Deus. — Ela suspira. — Pera, você me chamou de quê?

— Se acalma ruivinha, vou levar o seu irmão pra sair.

— Sair? Pra onde? Se você corromper o meu irmão com as suas maluquises eu quebro os seus dentes!

— Calma mana! Vamos apenas caçar e jantar em um restaurante que você já conhece. — Afirma o duque com um sorriso torto.

— E beber até cair. — Vitor põe o braço ao retor do pescoço de Otto e caminham até a porta de saída.

— O quê ? BEBER? — Ela fala mais alto à medida que eles se afastam. — O OTTO É FRACO PRA BEBIDA! — Eles nem ouviram, apenas continuaram caminhando. — Idiota, metido, ARROGANTE! — Cuspiu as palavras ao vento, já que se encontrava sozinha naquela mansão.

Reflexo da alma° | Luotto Onde histórias criam vida. Descubra agora