Um passeio molhado

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O café da manhã nunca foi tão descontraído, Luísa estava gostando da dinâmica de acordar com o cheiro dos pães queimados que Vitor fazia questão de fazer todas as manhã, ou das brigas entre ele e Maxy.

— Olhe só, a Maxy. — Vitor mostra um pedaço de tomate na ponta do garfo.

Luisa espreme os lábios tentando não rir da reação engraçada de Maxy, suas bochechas e orelhas estavam tão vermelhas que parecia que ela iria explodir ali a qualquer hora

— Olhe só, o Vitor! — Maxy aponta para uma lata de lixo, próximo ao balcão da cozinha. — O moreno solta uma risada nasal e continuou comendo seus pães queimados.

— Bom dia Otto! — Maxy sorri ao vê-lo passar de trás de Vitor com a mão sobre a testa e a testa franzida.

— Bom dia, mana. — Ele se senta e serve um pouco de café em uma xícara pequena.

— Ainda está de ressaca?

— Uhum. — Ele murmura e volta a por a mão em sua testa. — Minha cabeça tá martelado.. e você?

— Eu tô bem, não bebi tantas garrafas quanto você. — Ele repousou o rosto na palma de sua mão.

O olhar de Otto desvia para Luísa que estava a sua frente, a loira logo cortou o contato visual e abaixou a cabeça, o Duque percebe um forte rubor se formar em suas bochechas.

Ele arqueia as sombrancelhas confuso.

— E você senhor correia. — Maxy aponta uma faca em direção ao moreno. — Nunca mais quero vê-lo dormir no meu quarto.

Otto se engasga com o café que estava tomando e encara Vitor com os olhos cerrados.

— Você o quê?

— Calma aí! — Ele espalma as mãos em frente à ele. — Me lembro muito bem que depois que deitei em sua cama você me arremessou no chão.

— Claro! Não quero minhas roupas de cama cheirando bebida. — Otto respira aliviado.

— Ela ameaçou quebrar minhas pernas. — Ele sussurra para Otto que solta uma gargalhada alta.

— E você irmão, a Luísa cuidou bem de você? Quando perguntei a ela sobre você ela mudou de assunto. — Maxy questiona.

A loira sente seu ar falta ao ter o olhar atento de todas as pessoas daquela mesa.

Ao ser questionado Otto sente uma forte dor de cabeça, ele murmura baixinho enquanto cobre sua cabeça com as mãos.

Logo um flashback da noite anterior passa na mente do moreno, lembrou quando chegou na casa, a viu e a beijou tão derrepente que ele não se reconheceu.

— Irmão? Ei! — Maxy estrala os dedos e retira Otto de seus desvaneios.

— An? O quê? — Ele pergunta atordoado, sem tirar os olhos de Luísa, que por sua vez, evitava contato visual com ele.

— Eita como você é lerdo. — Ela suspira. — Não sei vocês, mas eu tenho um trabalho a fazer! — Ela ajeita sua blusa e se levanta da cadeira com uma postura confiante.

— Tenho pena dos seus funcionários, ter uma chefe tão chata e enjoada. — Ele põe a língua para fora, simulando vômito.

— Eu vou te matar.

— Bom trabalho mana, é melhor você ir. —Otto contornou a situação de um jeito sútil, para que nenhum massacre acontecesse.

— Você tem razão, bom dia. — Ela sorri com os olhos e se retira da sala.

Reflexo da alma° | Luotto Onde histórias criam vida. Descubra agora