Borboletas

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A leve brisa da tarde quente bagunça um pouco os cabelos escuros do duque que andava em cima de um belo e jovem cavalo de pelagem escura e crinas macias.

Ele e o amigo aproveitaram a tarde para caçar e se divertir um pouco e respirar ar puro, sentir o cheiro das flores desabrochando e da terra molhada.

Derrepente o mais novo começa ouvir barulhos de cascos de cavalo, que se aproximavam cada vez mais.

— Está ouvindo isso? — Ele encara o moreno mais velho que andava um pouco à frente dele.

— Não estou ouvindo nada. — Ele franze o cenho e vira o pescoço para ver o que tinha atrás deles. — Não pode ser.. — Ele arregala os olhos.

Maxy cavalgava em direção à eles, montada em uma égua de pelagem branca e um pouco mais nova que o cavalo do irmão, ela conseguiu finalmente os alcançar, e agarra na cintura dela, Luísa pedia desesperadamente para a ruiva ir mais devagar, mas só recebeu um..

— Fique tranquila! Eu sou responsável — Um sorriso torto lhe é oferecido, já que nem a própria Maxy confiava em suas palavras.

— O quê você está fazendo aqui pirralha? — Vitor franze as sobrancelhas.

— Fiquei sabendo que vocês estão andando a cavalo, então resolvi levar a pérola para passear um pouco. — Ela fica ao lado do irmão.

— E achou uma boa idéia levar a Luísa junto contigo. — Otto revira os olhos e encara Luísa que estava totalmente pálida.

— Parem de ser chatos! Foi divertido.

— E ainda por cima vieram de vestido. — Ele balança a cabeça negativamente.

— Com ou sem vestido eu ganho de você em uma corrida. — A ruiva semicerra os olhos.

— Me pope. — Ele desdenha.

— Está com medo?

— Medo? De você? — Ele solta uma risada nasal. — Tudo bem.. mas quando você perder não vem chorando para o colo do seu irmão.

— Eu adoraria ver a sua cara de derrota quando perder para uma mulher. — Ela sorri confiante.

— Mas antes.. por favor me deixer descer! — Luisa murmura ainda agarrada na ruiva.

— Vem. — Otto entende seus braços até ela e segura a cintura dela, a levanta como se fosse uma boneca de pano e a faz sentar em seu cavalo. — vocês dois, não exagerem.

— Isso não irá acontecer. — Ela inclina o corpo para frente. — três..

— Dois..

— UM! — Maxy fala rápido e sai antes do esperado.

— RUIVA TRAPACEIRA! — Ele range os dentes e puxa a rédea do cavalo, ganhando mais velocidade e conseguindo acompanhar Maxy, que estava empenhada em vencer e esfregar sua vitória no rosto do correia.

— Será que eles vão ficar bem? — Luísa levanta o olhar para encarar Otto.

— Vão sim.. ao menos, eu espero que sim. — Otto puxa a rédea do cavalo para que ele ande normalmente. — Se segure, se não irá cair. — Ele espalma a mão livre na barriga de Luísa, a fazendo escostar as costas no peitoral dele.

— Que cavalo bonito.. qual o nome dele?

— Atlas. — Seus quadris se chocam com os dela quando o cavalo sem querer pisa em uma pedra. — Ele é um frísio, é bastante dócil. — Otto novamente a faz encostar as costas em seu peitoral para não desequilibrar. — O de minha irmã é da raça
Shire, Ele é doce e calmo as vezes, mas tem uma força e uma personalidade selvagem assim como ela.

Reflexo da alma° | Luotto Onde histórias criam vida. Descubra agora