Irma DiSanto – alguns anos depois
Encarei a bebezinha dormindo pacificamente em seu berço. Ela tinha cabelos escuros, pele de porcelana e os olhos do pai.
Ela também tinha as mãozinhas mais perfeitas do mundo e os pezinhos mais fofinhos que eu já tinha visto.
Belinda se mexeu, esticando seu bracinhos e bocejando.
Céus, minha filha era tão fofa.
Belinda DiSanto, nossa primeira filha, tinha acabado de completar dois meses de vida e era a princesinha do papai e da mamãe. Ela se parecia muito comigo, apesar de ter os olhos do pai, de acordo com todos. E ela era uma bebezinha tão boazinha, dormia a noite toda e raramente chorava.
Andrew sempre tinha dificuldade em sair para trabalhar durante a manhã, porquê queria passar mais tempo com ela. E eu gostava de ficar vendo minha filha dormir, como agora.
Como eu tinha conseguido fazer um ser humano tão perfeito? Belinda era a criança mais linda do mundo.
(Desculpe Tate, Davina, Logan e Damian)
— Ela está dormindo? – ouvi Andrew perguntar e me virei, o vendo entrar no quarto. Ele estava dobrando as mangas da camisa social branca que usava. — Estou de volta, cariño. – ele disse, beijando meu lábios e eu sorri o abraçando de lado.
— Ela acabou de dormir. – contei, deitando minha cabeça no seu ombro. — Como foi a reunião?
— Consegui o financiamento para aumentarmos a clínica e o canil. – ele disse e eu sorri animada. — Vamos poder contratar um novo veterinário também. – ele continuou e eu o abracei. Eu tive que me afastar das minhas funções no abrigo por alguns meses, para ter Belinda e tirar minha licença. Nesse meio tempo, Andrew ficou responsável pelo abrigo e estávamos no meio de negociações para recebermos financiamento de uma empresa para aumentar o abrigo.
E tínhamos conseguido!
— Violet já disse que o emprego é dela. – ele contou e eu ri. Violet se formaria esse ano e finalmente seria uma médica veterinária. É claro que a vaga era dela. — Seu irmão e David estão vindo para Atlanta. Eles querem passar um tempo com Belinda antes de viajarem.
— Colin te ligou?
— Sim.
— Acho engraçado que vocês viraram melhores amigos. – comentei e ele riu. Tinha levado um bom tempo para o meu irmão começar a se dar bem com o meu marido, na verdade foi preciso que Carina viesse de Seattle e atormentasse meu irmão até ele decidir que não precisava odiar o Andrew.
Desde então, eles tinham uma boa amizade. O namoro de Colin com David Arnes também foi a razão dele ter ficado mais tranquilo em relação ao Andrew. Diferente do meu irmão, o David não era um idiota teimoso.
— Maysie e Kinsey disseram que vão chegar daqui a pouco. – falei e Andrew suspirou. Tantos anos e ele ainda não tinha se acostumado. — Elas não puderam estar aqui para o nascimento da Belinda, mas estão ansiosas para conhecê-la.
— Elas vão estragar minha filha, cariño.
— Não seja exagerado. – falei rindo, mas ele estava certo. Não havia nada de bom que Maysie e Kinsey pudessem ensinar para a nossa filha, mas seja lá o que elas ensinassem fariam Belinda ter uma vida bem divertida.
•••
Andrew – mais alguns anos depois
Segurei Nico, enquanto olhava Belinda brincar com as outras crianças. Dois filhos e vários sobrinhos para cuidar.
Olhei para Eli, Ivan e os outros. Todos estavam de olho nas crianças, enquanto ouvíamos as risadas das outras vindo de dentro da casa. Nenhum de nós tinha criado coragem o suficiente para entrar lá ainda.
— Tio Drew, eu posso segurar o Nico? – Tate perguntou, aparecendo ao meu lado. Ela já tinha onze anos e era a garotinha mais doce que eu já tinha conhecido. Micah, sobrinho da Shelley e melhor amiga da Tate, estava ao seu lado. — Eu segurei o Killian e seguro o Josh direitinho. Pode confiar.
— Eu confio em você, Tate. – falei e era verdade. Tate, Micah e Davina eram os mais velhos do grupo de crianças. Tate e Micah tinham onze anos e Davina tinha quinze anos. Embora não precisassem, eles sempre nos ajudavam a cuidar das crianças mais novas. — Mas Nico está dormindo agora. Não quero acorda-lo ainda. Por que você não segura o Josh? – falei, indicando seu irmão mais novo que tinha praticamente a mesma idade que Nico. Eles tinham pouco mais de um mês de diferença.
— Ele está brincando com o Killian. – Tate disse, vendo seu irmão de dois anos mexendo no bebê. — Mas acho que o papai não tá vendo.
— Você deveria avisá-lo. – falei e ela suspirou, mas foi contar ao Eli que Killian estava mexendo no Josh. — É, garoto, você vai ter muitas crianças para brincar quando crescer.
— Papai. – Belinda chamou, vindo de mãos dadas com Vivian, a filha caçula da Rainbow e do Ivan. Os gêmeos, Logan e Damian, estavam bem atrás. E os quatro eram seguidos por Davina. — Posso brincar na piscina?
— Agora não, corazón. Daqui a pouco eu te levo lá, tudo bem? – falei e ela fez um bico enorme. — Por que você e a Vivi não vão brincar no escorregador um pouco?
— Tá bom, papi. – ela disse, ainda emburrada mas foi para o escorregador.
— Se divertindo, Davina? – perguntei, quando ela passou ao meu lado, seguindo a pequena quadrilha.
— Eles me mantém em forma, tio. Nem preciso treinar tanto fora da escola graças a eles. – ela disse sorrindo. Aos quinze anos, Davina era uma garota bonita e ela jogava basquete, por influência do pai. A garota era uma estrela e era tão inteligente quanto a mãe. — Vocês querem que eu vá chamar a mamãe e as minhas tias?
— Se você quiser. – eu falei e ela riu, mas concordou. Quando passou por Eli e Ivan, ela parou para abraçar e beijar o Killian e o Josh e seguiu para dentro.
Eu olhei as outras crianças.
Anos atrás, quando eu cheguei a Atlanta, nunca pensei que essa seria a minha vida. Eu estava casado com o amor da minha vida, tinha duas crianças lindas e tinha encontrado uma família nas Heartbreakers, por mais assustadoras que elas fossem.
Cada uma delas, tinha encontrado seu caminho para se tornar uma amiga preciosa para mim também. E eu era grato por tê-las em minha vida, principalmente porque foram elas que estiveram com Irma em seus piores momentos.
Tinha sido difícil, mas todas alcançaram seu final feliz.
As vozes infantis no quintal eram a prova dissi.
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Tudo de nós (The Heartbreakers #3)
RomanceIrma Keller era a ponteira do time de vôlei da Kennesaw State. A garota que ia jogar em um time profissional. Aquela que brilhava dentro de quadra. Mas em seu último jogo pela universidade, Irma sofreu uma lesão que destruiu seu joelho e seus sonhos...