Comparado Com o Inferno

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À cidade de New York era magnífica. Josie estava até o momento - quatro dias que havia chegado - buscando uma palavra que pudesse descrever o local. Era lindo, a deixava deslumbrada, tudo era enorme, brilhante, emocionante. Basicamente, ela estava sozinha na cidade, não conhecia ninguém, era tudo tão novo, cada segundo que passava na cidade, tinha o prazer de descobrir algo novo, nem sempre coisas boas, no entanto, servia como aprendizado.

Josie tinha alugado uma casa em um bairro demasiadamente longe de onde iria trabalhar, de início, o salário era tão pouco, portanto precisava de alguém para dividir o aluguel e esperava fazer uma amiga rápido o suficiente para pagar sozinha apenas o primeiro mês.

Em momentos como estes, onde Josie via-se sozinha em casa, deitada no chão da sala, lugar onde faltava um sofá, Josette acabava deixando sua mente vagar para Hope Mikaelson.

Era uma grande merda tudo que passou, o processo que levou para se apaixonar por Hope, o jeito que apenas em pensar na mais velha a fazia sentir seu coração batendo rápido, como um pedido silencioso, clamando por ela, batendo por ela.

Nunca teve um amor não correspondido, na verdade, só amou uma garota antes de Hope.

Penélope Parker.

Penélope foi quem a chamou para sair, foi quem disse o primeiro "eu gosto de você", foi quem disse o primeiro "acho que estou apaixonada" e por fim, semanas antes de ir embora de Mystic Falls, foi quem primeiro confessou que a amava.

Antes que pudesse perceber, seu rosto encontrava-se molhando de lágrimas, ela suspirou e deitou lateralmente no chão, passando os dedos na bochecha.

Josie se perguntou quando será que iria esquecer Hope e naquele momento soube que seria pior e mais doloroso do que a primeira vez. Seria mais difícil, iria doer um pouco e iria demorar até que pudesse esquecer o quão foi estúpida em confessar seus sentimentos e no quão sentiu-se um pouco humilhada pela forma que Hope agiu, claro que não a culpava, porém, não deixava de pensar no momento e sentir-se mal por isso.

Imaginou como Hope estava, provavelmente bem, reorganizando a rotina com o marido, o ajudando na fisioterapia. Naquela altura provavelmente ele já tinha recebido alta do hospital, então eles deveriam estar em casa. De repente, Josie balançou a cabeça, tentando esquecer aquelas coisas, pensar naquilo só tornaria tudo mais doloroso.

Levantou do chão e foi para o quarto, iria tomar um banho e se ajeitar para o primeiro dia de trabalho, estava empolgada e empenhada em fazer novas amizades, principalmente achar alguém para dividir aluguel.

Em Mystic Falls as coisas estavam diferentes, Hope tinha levado Landon para casa e os dois estavam na sala, o homem em uma cadeira de rodas e Hope no sofá, jogada, pensando em Josie, assim como tinha feito durante todas as horas e segundos dos últimos dias.

- Você parece com raiva de alguma coisa. Está estranha há dias e pouco fala comigo, mal responde minhas perguntas. - Landon comentou, de olhos fixos na televisão.

- Impressão sua. - Sua voz era como uma contradição ao que tinha acabado de negar, saiu rouca e impaciente.

Na visão de Landon, Hope parecia constantemente incomodada com alguma coisa, aquilo abriu um leque para suas inseguranças tomarem conta de sua mente.

- É porque não vou mais andar? Claro, se eu já era um inválido medíocre antes, imagine agora. - Disse, a voz irônica, como quando sempre falava coisas para sentir pena de si mesmo.

- Vai a merda, Landon. - O rapaz arregalou os olhos e encarou sua esposa.

- Isso é jeito de falar comigo, Hope? Claro, o inválido aqui que quer alguém para sentir pena dele não tem direito a reclamações. Eu passei a porra de dois anos em coma, atrasando sua vida, estou quebrado, desempregado e agora da cintura para baixo um inválido idiota. Para que você vai me tratar bem ou com respeito, não é mesmo? - Hope apertou os dentes e os dedos em volta do controle remoto.

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