A chegada da Hyuuga

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Notas iniciais: Boa tarde, sinto o atraso a postar aqui, eu pensei que já havia postado kkkk


— Kawaki!

Menma III entrou bruscamente no quarto do irmão, usando as mesmas vestes de mais cedo.

Sentado na janela, tranquilamente, comendo uma maçã, o mais velho perguntou:

— O que aconteceu com o bater na porta?

— Pros ares! Pros ares, Kawaki! — parou a dois passos do irmão, pondo as mãos na cintura, espaçando mais a abertura da casaca. — O que fizeste à Sra. Hanazawa? Escutei uma das criadas comentando com outra, sobre limpar tua sujeira no salão lilás. Enganou-me. Esperaste que eu sumisse de vista para ir ao salão!

— Essas criadas que fofocam... — O primogênito sussurrou entre uma mordida e outra. — Por que achas que fiz algo contra a visita?

— Porque se ausentaste do almoço, a mamãe disse que estavas indisposto. Logo estranhei, pois estavas perfeitamente bem quando nos falamos mais cedo. Não adoeces de um instante a outro, não é de sua natureza. Então diga-me, o que aconteceu no salão? O que aprontaste? Ficou de castigo?

Kawaki engoliu uma porção da maçã e fitou a fruta pela metade.

— Não estranhaste a aparência da Hanazawa, Menma?

— Kawaki. — Menma III pronunciou, com um ar cansado. — Além de se apresentar imundo para ela, também a acusou de falsidade? Foi isso?

— O que achas que eu faria? — o primogênito retrucou, observando a paisagem através da vidraça da janela, imaginando a expressão do irmão. — Por que está agindo como se a culpa fosse sua?

— Porque sinto-me culpado, fui muito ingênuo, eu iria avisá-lo sobre a aparência dela depois que terminasse teu banho, erro meu. Mas vamos lá, sim, a primeira coisa que me veio à mente, quando a vi, foi se tratar de mais uma dama forçando uma semelhança com minha mãe. E com nosso pai, por causa da máscara. Porém, até que dá para ter uma boa conversa com ela. E não a vejo criar situações forçadas para se aproximar da nossa família. Se ela está fingindo, garanto que ela finge bem, porque nem de longe parece querer ser uma pretendente para ti. Se a mamãe e nosso pai estão decididos a tratar as visitas bem e acolhê-los durante duas semanas, por mim está bem. Respeitarei a vontade de meus pais, e espero que tu também.

— Um bom cavalheiro como sempre. — O primogênito elogiou, e engoliu o último pedaço da maçã. — Tranquilize-se. Está tudo resolvido. Eu pedirei perdão antes do jantar para a Sra. Hanazawa. E me comportarei durante essas duas semanas.

— Sério?

— Sim, já conversei com o nosso pai.

— Hum, que bom então. — Cada mão de Menma III passou em uma lateral dos cabelos lisos, enquanto expulsava o que sobrou de estresse daquele assunto.

— Não tinha que estar na escola? — Kawaki abriu a janela só para jogar fora o talo da maçã.

— Não, minha última aula foi na sexta, retornarei na próxima primavera.

— E as aulas de outono? — virou-se para o irmão, sentindo o comum vislumbre de como ele já lhe alcançava o peito.

— Um amigo do grupo viajará, e não retornará a tempo para as aulas de outono. Os outros e eu decidimos então espera-lo.

— És tão grudado assim com teus amigos.

— Eles são divertidos. Deverias ter ido para a escola, em vez de receber aulas particulares. Teria feito muitos amigos.

Que eu alcance o seu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora