A biblioteca ocupava uma sala de tamanho modesto, mas bem-aproveitada. Paredes forradas com estantes de madeira escura, polida até brilhar, cada prateleira repleta de livros encadernados em couro, muitos com lombadas douradas.
O aroma de pergaminho envelhecido e madeira encerada preenchia o ar, criando uma atmosfera de gravidade e aconchego.
No centro, uma mesa de madeira maciça, esculpida com elegância, servindo como espaço de estudo. Ao lado, um conjunto de poltronas estofadas com tecidos finos e decoradas com almofadas bordadas, proporcionando um lugar confortável para leituras prolongadas.
Um tapete persa cobria o chão de madeira, abafando os passos e tornando o espaço ainda mais acolhedor.
Uma escrivaninha repleta de instrumentos de escrita: tinteiros, penas e papéis de carta de alta qualidade.
As pesadas cortinas de veludo da janela alta estavam afastadas, permitindo que a claridade do dia iluminasse o ambiente.
Sentado em uma das poltronas, Kawaki desenrolou um mapa sobre o colo, e ficou traçando algumas linhas do mapa, usando seu dedo indicador e maior. Contudo, em nada pensava, e ficou assim durante longos minutos, até que o não pensar o cansou.
Passou a mão pelo rosto, soltando um ar prolongado pela boca.
Ouviu-se o som de passos vindo de fora da biblioteca.
Enrolou o mapa.
Batidas na porta.
Kawaki perguntou quem era. Oga Dubois se revelou e respondeu que o Sr. Konohamaru Sarutobi aguardava na sala de estar.
— Traga-o aqui, Sra. Dubois.
— Sim, senhor.
Seria uma ótima distração, considerou Kawaki. Ergueu-se e andou até a mesa, pondo sobre ela o mapa enrolado.
Sem demora, a porta foi aberta.
Konohamaru entrou na biblioteca, cumprimentando o Uzumaki, enquanto a criada aguardava na porta.
Kawaki também o cumprimentou e perguntou se queria alguma coisa para beber ou comer, mas a visita educadamente negou.
Assim, o Uzumaki disse:
— Pode se retirar, Sra. Dubois.
— Sim, senhor.
Ela fechou a porta, e o barulho de seus passos indicou que se distanciava.
— Hanabi insistiu para virmos até aqui — Konohamaru revelou, demonstrando estar sem jeito com a situação.
— Está tudo bem — Kawaki esticou o braço para uma das poltronas, convidando o visitante para se sentar. — Suponho que ela já esteja conversando com Ada.
— Sim, as duas ficaram no estábulo — Konohamaru hesitou. — Eu não queria incomodá-lo, então só vim cumprimentar mesmo. Posso continuar aguardando na sala, até as duas terminarem de conversar.
— Está tudo bem, eu fiz questão de chamá-lo, vamos conversar. Sente-se, eu insisto — Kawaki se sentou na poltrona de antes. — Uma companhia nesse momento não me fará mal.
Esboçou um sorriso quebrado que causou estranhamento em Konohamaru.
O Sarutobi se sentou na poltrona ao lado, observando o perfil do Uzumaki.
— Aconteceu algo, Sr. Kawaki?
— Nada não. Diga-me, vieram a pé?
— De carruagem.
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Que eu alcance o seu coração
RomanceAda Hanazawa, inglesa, teve um sonho interrompido, por causa de uma tragédia. Ela viveu trancafiada dentro de casa, sem se importar com sua beleza se esvaindo. Kawaki, irlandês, filho mais velho do dono de uma imensa plantação de batata. Quase trint...