Agoniante Distância

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Notas iniciais: Bom dia ou boa tarde leitores do wattpad! 


— Deem-me licença, eu irei para meu quarto. — Kawaki avisou, após se apressar e terminar seu jantar. Bebeu uma boa quantidade de água e, após devolver o recipiente à mesa, explicou o motivo: — Lembrei que preciso finalizar um desenho, o qual quero muito mostra-lo para o responsável que está trabalhando na construção da despensa de minha casa.

— Não ocupe a noite toda com isso, faça algumas pausas se necessário. — Naruto pediu, recebendo um assentimento do primogênito.

Após Kawaki sair da sala de jantar, perto da escada, observou em volta, certificando-se de que nenhum criado o via naquele momento. Desviou-se do caminho de seu quarto e rumou à biblioteca.

O mais sutilmente possível, abriu uma das abas da porta da biblioteca, que produziu um som grave. Nunca odiou tanto o fato de as portas serem tão pesadas. Entretanto, como estava afastado de todos os outros da casa, ninguém chegou a ouvir.

Observando o ambiente, Kawaki ficou pensativo. Do pouco que se lembrava de Miina, ela gostava de se sentar perto da janela quando o céu estava claro. Porém, de noite, provavelmente ela e Ada se sentariam perto da lareira, onde teriam maior luminosidade para a leitura, além do candelabro.

A escuridão tomava conta do lugar, pois os candelabros e a lareira permaneciam apagados. Contudo, ele conhecia aquele ambiente de cor, bastava usar as mãos para ajuda-lo e conseguia se locomover rapidamente.

Andou pelo lado das prateleiras de livros que forravam uma das paredes, até chegar na parte dos corredores formados por mais prateleiras. Escondeu-se na escuridão do primeiro corredor, para ficar mais perto da região central da biblioteca.

Existiam três janelas na parede de fundo para a qual as fileiras de estantes ficavam de lado.

Kawaki aguardou pacientemente.

O que ele queria descobrir? Não sabia ao certo.

Não acreditava que Hanabi mentia. Ela mais do que ninguém não defenderia alguém falso. Ainda mais se tratando de uma inglesa. Além de os dois se divertirem rindo das pretendentes mentirosas, também adoravam assistir um britânico irritado, quando bem merecido.

Não, Hanabi não mentia. Mas, Kawaki não queria se entregar totalmente à crença de que Ada era inocente. Ainda queria acreditar que ela sabia de algum modo que foi observada pela Hyuuga, dentro do estúdio. Talvez, Hanabi não foi tão cuidadosa assim.

Agora estava na vez dele!

Quase vinte minutos depois, seus sentidos se alarmaram, ao escutar o arrastar da porta.

Ouviu passos e risos suaves.

— Esse aqui, esse aqui! — animadamente, dizia Miina. — Sra. Hanazawa! Podemos continuar de onde paramos.

— Está bem, Sra. Miina.

— O fogo está bom assim? — era a voz do mordomo.

O barulho do fogo fez Kawaki identificar que Kakashi usava o atiçador de brasas.

— Está sim, agradecemos, Sr. Wittenberg. — Ada dissera gentilmente.

A porta se arrastou novamente, e o mordomo se retirou. Logo depois, a Hanazawa iniciou a leitura, e o primogênito ouvia atentamente cada palavra que saía de sua boca.

Lentamente, ele foi deixando os fundos e foi se esgueirando entre as estantes, parando no final delas, enxergando a claridade da lareira. Arriscou-se a espiar as duas, e observou em como Miina apoiava os cotovelos na mesa e descansava o queixo nas mãos. Por baixo da mesa, a saia dela se sacudia, enquanto ela balançava, divertidamente, os pezinhos.

Que eu alcance o seu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora