Preparação

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Ada andava pela feira de Bielog na companhia da jovem criada, Oga Dubois.

A Sra. Uzumaki estava com um vestido de algodão azul claro que contrastava maravilhosamente com sua pele alva. O vestido era de manga longa, ajustado na cintura com um cinto de cetim branco, e descia em pregas suaves até os tornozelos. Pequenos detalhes em renda adornavam os punhos e a gola alta. Seu longo cabelo azul escuro se prendia em um coque baixo e bem elaborado.

Na sua íris azul escura, sua meia-lua turquesa celeste se destacava ainda mais com seu brilho de empolgação.

A criada, por sua vez, usava um vestido simples de algodão preto, prático para o trabalho do dia a dia. O vestido tinha mangas compridas com um dos seus aventais branco amarrado na cintura, ajudando a proteger o tecido. Seus cabelos estavam presos em um coque simples, coberto por um toucado de linho para manter a aparência limpa e arrumada. Ela se movia com eficiência, sempre pronta para atender às necessidades de Ada.

Na feira movimentada, o ar se carregava com os aromas frescos dos produtos agrícolas.

Ada se movia graciosamente de barraca em barraca, avaliando cada alimento com atenção. E quando tinha alguma dúvida, buscava a opinião de sua acompanhante. Parou diante de uma barraca repleta de frutas e verduras frescas. Pegou uma maçã vermelha e suculenta, examinando-a com cuidado antes de colocá-la na cesta que a criada segurava.

— Ainda há maçãs no pomar, minha senhora — Oga avisou.

— Eu sei, mas são poucas. Eu realmente me viciei em fazer tortas de maçã — Ada ruborizou. — E seria bom ter algumas da feira para comparar com as maçãs do pomar. Veja, estas aqui parecem perfeitas para a sobremesa.

A criada concordou. Elas seguiram para a próxima barraca, onde Ada escolheu cenouras frescas, batatas e cebolas, todos ingredientes essenciais para o almoço.

Quase escolheu as peras, mas, observando melhor, reprovou a aparência delas e seguiu seu caminho.

— Não podemos esquecer das ervas frescas — disse Ada na próxima barraca, inclinando-se para pegar um ramo de alecrim. — Vai adicionar um sabor especial ao nosso assado.

A Uzumaki passou o alecrim para a criada.

A dinâmica se repetia com frequência: Ada escolhia os produtos e entregava para a criada guardar na cesta, e a criada, após guardar, passava logo o dinheiro para o vendedor.

Alguns grupos de damas, espalhados pelas sombras dos estabelecimentos que ladeavam a feira, observavam de longe a Sra. Uzumaki e a Sra. Dubois.

As mulheres ocultavam suas bocas com leques, abanavam-se e trocavam palavras umas com as outras, voltando suas atenções constantemente para Ada e disfarçando quando a Uzumaki passava o olho nelas.

— Estás incomodada, minha senhora? — Oga perguntou, reparando nas damas. — Gostaria que eu...

— Não — Ada interrompeu. — Estou acostumada. Só fiquei curiosa. Hoje, tem muitas damas que não me são familiares de Bielog. Normalmente, pessoas de fora da cidade visitam mais a feira de gado e cavalos do que a feira agrícola dentro de Bielog.

Ada começou a sair com frequencia para alguns lugares de Bielog, na companhia da Sra. Hoffman. A criada mais velha ensinou-a a avaliar os produtos da feira e quais seriam as melhores barracas.

Naquela manhã de quinta, era a primeira vez que ia na companhia de Oga.

Sem parar de andar, Ada explicava:

— Meu marido tinha muitas pretendentes, deves saber. E depois que eu casei, algumas até me cumprimentam, mas as outras querem ficar me olhando, medindo-me.

Que eu alcance o seu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora