O vestido robe a la française da Hyuuga exibia uma cor prata a refletir os seus orbes luas, e o tecido se enfeitava com bordado de narcisos verdes espalhados pelas mangas e saia.
Após Moegi finalizar o elegante penteado na morena, avisou-a:
— Prontinho, podemos ir, Sra. Hanabi.
Sorrindo, a Hyuuga agradeceu a Wendee se ergueu da cadeira, encaminhando-se a porta, enquanto Moegi se deu uma rápida conferida no espelho. Hanabi abriu a porta e sorriu ao se deparar com quem esperava do lado de fora. Moegi, aproximou-se e observou a pessoa que as fitava, abaixando um pouco a cabeça, a aia cumprimentou:
— Sr. Uzumaki.
Kawaki com as costas e a sola da bota direita encostada contra a parede, ocultava as mãos dentro dos bolsos profundos das calças. Desceu o pé, e avançou para perto das damas, e direcionou seu olhar para a aia, explicando-a:
— Aqui pode me chamar pelo primeiro nome, Sra. Wendee. Achamos mais prático. Assim, meu pai, meu irmão e eu não somos chamados da mesma forma.
— Ah, como queira, Sr. Kawaki.
Fazia sentido, refletia Moegi. Não existia outra Hyuuga na casa além de Hanabi. Em questão de sangue, tinha Hinata, no entanto, ela não sustentava mais o sobrenome Hyuuga. Então, existindo somente Hanabi com aquele sobrenome, Moegi entendeu que em público deveria se referir a ela pelo sobrenome.
Hanabi abraçou Kawaki que aproveitou para inspirar o aroma do coque alto, sentiu o cheiro do óleo que o arremetia ao cheiro do jardim da propriedade. Logo, os dois começaram a andar lado a lado, com Moegi, curiosamente os observando e os seguindo.
Kawaki começou:
— Acho que a Sra. Hinata já te avisou sobre as visitas.
— Sim, ingleses, mocinha com meia mascara na cara, ingleses, ela tem cabelo azul, ingleses, ficarão aqui por mais alguns dias, ingleses, tu estás livres de encontros, por isso estás se comportando... — fingindo um olhar confuso, ela o perguntou: — já falei ingleses?
Kawaki soltou um baixo riso, e comentou:
— Serem ingleses não faz diferença nessa situação, são interesseiros tanto quanto as famílias das irlandesas que já entraram nesta casa.
— É mais fácil lidar com os interesseiros da nossa terra, — Hanabi argumentou — se fizermos algo contra alguma família da alta sociedade inglesa, já vistes.
— É por isso que deves estar com o gosto na boca, de provoca-los.
— Acertaste. — Ela sorriu maliciosa.
— Mas, dessa vez é sério, não faça nada, — Kawaki parou de andar, na frente da escada, virando-se frontalmente para a Hyuuga, e pondo uma mão sobre um ombro dela — eu quero mesmo ficar livre de encontros.
— A promessa é sua, Kawaki, não faça nada, deixa que faço eu.
— Não, se aprontares algo contra os hospedes, meu pai pode estender a permanência deles aqui, como modo de se desculpar. E eu quero logo que essas visitas partam, eu imploro.
Hanabi fez um bico, diante o olhar e o timbre sérios do Uzumaki. Cingiu suavemente o punho da mão que lhe pousava no ombro. Assentiu-o. Aliviado, ele afastou a mão do ombro dela, até a mão da Hyuuga soltar-lhe. E os dois continuaram avançando, descendo as escadas.
— Tem algo a mais de importante que eu deva saber a respeito dos hospedes?
Kawaki olhou para trás, confirmando que a Wendee ainda se fazia presente.
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Que eu alcance o seu coração
RomanceAda Hanazawa, inglesa, teve um sonho interrompido, por causa de uma tragédia. Ela viveu trancafiada dentro de casa, sem se importar com sua beleza se esvaindo. Kawaki, irlandês, filho mais velho do dono de uma imensa plantação de batata. Quase trint...