Antes de irem para a banheira, Kawaki deixou sua esposa na divisa do cômodo, ela quis ficar sozinha, porque queria urinar. Depois que ele a escutou terminar, ele entrou e também mijou no buraco.
Ada ficou no canto, de costas para ele, asseando-se e pensando no quanto compartilhar a intimidade ia além de compartilhar a cama. Seria sempre assim? Realizar sua higiene pessoal na presença do cônjuge? Como era estranho. Esperava não demorar para se acostumar.
Depois de avisá-lo que havia terminado, ele novamente a carregou nos braços, levando-a para a banheira, deixou-a cuidadosamente sentada e depois entrou.
Ela avisou que lavaria o rosto, e ele virou as costas para ela.
A ex Hanazawa também se virou e retirou sua máscara. Assim, ficaram com as costas encostadas uma na outra.
Enquanto uma mão da inglesa segurava a meia máscara, a outra passava a água sobre o rosto inteiro, livrando-o de todo o suor.
O primogênito também passava água sobre o rosto, depois pela nuca e pescoço.
Ada colocou a máscara de volta.
— Pode virar agora, sen... Kawaki — como era difícil chamá-lo diretamente pelo nome.
Ele se virou, e ela também.
Seus olhares se encontraram, e ela percebeu que ele a examinava, procurando algum sinal de desconforto.
Ela sentia desconforto, mas continuava sendo a um nível que podia ignorar. E evitaria demonstrar, para não o deixar paranoico.
— Eu já terminei — ela avisou.
Kawaki desceu o olhar para o colo feminino, e levou uma mão ao seio direito, apalpando-o, como se o pesasse, e depois passou o polegar sobre o mamilo, adorando senti-lo rijo.
— Tudo bem ficarmos um pouco assim? — ele perguntou, querendo apenas tocá-la de leve.
— Sim — ela respondeu, fechando o olho, apreciando o toque dele. Gostava da fascinação que seus seios despertavam no marido.
~K&A~
Dia seguinte.
21 de maio.
Quinta feira.
~K&A~
Nove horas da manhã.
Ada acordou com uma sombra sobre os olhos. Ela fechou as pálpebras mais três vezes antes de deixá-las meio abertas por alguns segundos, piscando normalmente. Em dez minutos, conscientizou-se de que estava desperta.
Suas lembranças vieram com força, incluindo a de quando prendeu um manto negro na coroa de flores, por cima do véu, antes de dormir.
O manto substituía a máscara, pois dormir com ela poderia ser prejudicial para sua pele e respiração.
O tecido macio do manto, além de mais confortável, permitia mais espaço para respirar durante o sono. Assim, dormiria na mesma cama que o marido, sem risco de ele ver seu rosto.
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Que eu alcance o seu coração
RomanceAda Hanazawa, inglesa, teve um sonho interrompido, por causa de uma tragédia. Ela viveu trancafiada dentro de casa, sem se importar com sua beleza se esvaindo. Kawaki, irlandês, filho mais velho do dono de uma imensa plantação de batata. Quase trint...