Biscoitos

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Hanabi usava um roupão comprido marrom, por cima de sua roupa branca de dormir. Avistou Menma III sair do quarto do irmão. A Hyuuga aguardou que o jovem loiro retornasse para seu quarto. E foi até a porta do primogênito Uzumaki. Desferiu três suaves batidas contra a madeira, e perguntou:

— Kawaki, estás acordado?

— Entre. — Ele respondeu, e após ela encostar a porta, perguntou-a: — Sem sono também?

— Sim, levantei-me para beber água. Em vez de pedir para Moegi pegar para mim, quis aproveitar para andar um pouco. — Ela respondeu enquanto cruzou o quarto e subiu no leito, pondo-se ao lado dele. — Avistei Menma III saindo de seu quarto, decidi lhe visitar. Como está o seu rosto?

— Menos dolorido. Só dói quando grito.

— Menma III veio aqui brigar mais?

— Ele... ainda estava com raiva de mim. Porém, consegui convencê-lo de minha inocência. Estamos bem agora. Desconfiaste de mim também, Hanabi?

— Jamais. Se eu desconfiasse, eu teria interrompido seu passeio com a Sra. Hanazawa. Fico feliz que esteja buscando se dar bem com ela. E mais, gostei de ver que sua primeira atitude, depois da queda, foi cobrir a cabeça dela com a casaca, és um verdadeiro cavalheiro, Kawaki.

Ele sorriu, um terno brilho em suas íris.

A Hyuuga segurou o queixo, e sorriu insinuante, acrescentando:

— Na verdade... estás se esforçando demais para se dar bem com ela.

Silêncio.

Kawaki elevou as sobrancelhas, captando a mensagem.

— Eu só quero ser amigo dela, tia.

— Ô, não começa ou eu saio daqui.

— Então não fal... — interrompendo-se, Kawaki arregalou os olhos e levou a mão direita para cobri-los — ai merda, é isso que meu pai e Menma III estavam pensando.

— E isso é surpresa? — Hanabi se divertia. — Estás se esforçando muito para se dar bem com ela. E sabe, já fostes rude com algumas pretendentes, e depois de se desculpar, não tentaste mais nada.

— A Sra. Hanazawa se tornou uma amiga muito querida da família. Principalmente, dos meus irmãos.

— Ainda assim, não justifica o seu esforço. Bastava tratá-la bem, quando estivesse na presença dela, mas faz questão de ir até ela. Minha nossa, — Hanabi pousou a mão na boca durante um segundo — até pediste para eu enviar seus cumprimentos para ela, na carta. Como não percebi naquele momento?

— Foram só cumprimentos.

— Kawaki, o que falta entender que vindo de ti, já quer dizer muita coisa?

— Agradeço por me ensinar que eu não posso fazer o mínimo de esforço para ter uma amiga.

— Ai não fique assim. Tá, eu não vou mais acusar sobre o que sentes sobre a Sra. Hanazawa. Se quer ser apenas amigo dela, vou acreditar.

— Obrigado. — Ele aproveitou para focar o assunto na Hyuuga. — O que a deixou acordada até agora?

— Huuum, não quero falar disso.

— Nem vem, falamos de mim, agora é tua vez, vai.

A Hyuuga lançou um demorado olhar para o teto. Revelou-o:

— O Sr. Konohamaru quer que a gente decida nosso futuro, no próximo domingo.

— Próximo domingo? Já passamos da meia noite, então é hoje.

Que eu alcance o seu coraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora