Que eu alcance o seu coração

Completamente casados

As carruagens partiram da propriedade Uzumaki, viajando uma atrás da outra, ocupando apenas um lado da estrada.

A cerimônia celta terminou às oito e cinco, o que significava que chegariam em Bielog um pouco depois das dez horas.

Algumas das carruagens eram alugadas.

O último transporte da fila não era uma carruagem, e sim uma carroça conduzida por Neji, nela, acomodava-se Moegi entre duas criadas, e do outro lado, o mordominho e Udon Higgins, sentados de frente para elas.

A primeira carruagem da fila tinha quatro lugares, onde estavam acomodados Naruto, Hinata, Miina e os gêmeos. A ruivinha, sentada entre os irmãos, anotava algo em um pequeno livro. Boruto e Himawari, cada um com sua janela, admiravam a paisagem. Brincavam de contar quantos animais viam pelo caminho.

No outro assento, estavam os pais.

Hinata também contemplava a paisagem. A grama verde se estendia até onde a vista alcançava. No horizonte, os topos das montanhas se erguiam majestosamente, criando um contraste impressionante com a faixa verde florestal que se prolongava abaixo.

O céu estava claro, com poucas nuvens, permitindo que a luz do sol iluminasse a cena com um brilho suave.

Mesmo que o marido não pudesse ver os lindos olhos de lua de sua amada, ele já sabia que deles emanava a serenidade natural que amava.

Ah, como sua esposa estava mais bela.

Ela usava um vestido longo de seda lavanda, com um corpete justo que realçava sua figura. O vestido era adornado com rendas delicadas e bordados florais. As mangas compridas e bufantes terminavam em punhos de renda. A saia do vestido era ampla e volumosa, sustentada por anáguas e um espartilho. Sobre seu coque elegante, um chapéu bege decorado com fitas e flores artificiais em tom azul cobria parcialmente seus longos cabelos.

Ele segurou a mão dela, e ela virou o rosto para fitá-lo com um sorriso. Com seu ar apaixonado, ele a elogiou:

– Mesmo não sendo uma das noivas, conseguiste ser a mais bela, meu amor.

– Claro que achas isso, sou sua esposa – ela sorriu. – Minha irmã e a Sra. Hanazawa estavam esplêndidas. Os noivos perceberam o quão mais belas elas podem ser. Reparaste na expressão deles quando elas chegaram, querido?

Hinata não duvidava de que seriam o tipo de marido que se jogaria aos pés da esposa.

Naruto assentiu, balançando levemente a cabeça, mantendo segredo de que se distraiu frequentemente. O tanto que Hinata se emocionou com a cerimônia celta, não saía de sua mente.

– Se eu estiver errado, se eu a acho mais bela, só por ser minha esposa, então que nunca me provem o contrário, porque quero continuar acreditando que foi a noiva mais linda que já existiu – ele acariciou o queixo dela. Ela corou um pouco e observou os filhos que seguiam distraídos. – Sabe, querida, eu percebi em um momento, estiveras quase chorando.

Em vários momentos, Naruto enfatizou somente em pensamento.

A Sra. Uzumaki ruborizou.

– Não tive como evitar, querido. Foi tudo muito lindo. A cerimônia celta foi exatamente como imaginei. Consegui sentir o contato próximo com a natureza, como quando a gente vai passear e descansa em nossa casinha na floresta, ouvindo o barulho das águas, dos animais, do vento... – Ela fechou as pálpebras, sentindo tudo o que listou em palavras. – Estou feliz que minha irmã terá as duas cerimônias, como nossos pais.

Naruto sorria um pouco, acariciando o ombro da esposa, enquanto por dentro se sentia destruído. Perguntou:

— Ficaste muito triste? Por não teres tido uma cerimônia celta?

— Não, querido. Nas nossas circunstâncias, não tinha como. Eu compreendi perfeitamente. Já estou satisfeita que minha irmã teve – ela respondeu, descansando sua cabeça no ombro dele e acariciando o peito do mesmo. – E depois de tudo o que temos agora, não faz diferença se tivemos uma ou não. Estamos tão felizes, construímos uma família linda, estou vivendo o melhor sonho possível.