Notas iniciais: Boa noite, queridos leitores, sinto muito a demora, postando esse capítulo grandão porque me ausentarei, farei duas provas em maio e preciso revisar tudo o que estou estudando. Então, depois de maio, estarei de volta, agradeço a todos que estão dando uma chance a fic, e desde já agradeço a paciência de vocês. Um imenso abraço.
Os poucos dias até a data natalina fizeram muito bem para Kawaki. A marca em seu rosto se apresentava em um tom de roxo pálido, quase se fundindo com o tom natural de sua pele. O inchaço diminuiu consideravelmente, deixando apenas uma leve elevação onde antes era proeminente. A pele ao redor da marca mais suave, com a inflamação visivelmente reduzida. Sumiu a frequente tenção dos músculos faciais, apresentando um relaxamento natural.
Na manhã de natal, ele se banhou com água quente, como todos faziam quando o tempo estava frio.
De vestimenta, ele usou o presente da avó, um fraque preto, com uma harpa dourada no lado direito. Um colete cinza escuro e por baixo, uma roupa branca de linho. O lenço para a gravata era verde escurecido. Calçou suas botas pretas nas quais sua calça de mesma cor se enfiava.
Ele se fitou no espelho, um brilho excepcional em suas íris, pensando na Hanazawa. Estava confiante que naquele dia conseguiria avançar mais um pequeno passo com ela. No domingo, sentiu-a muito à vontade com sua presença. Ele, igualmente, em relação à presença dela, tanto que só depois que retornou para o quarto, foi que se lembrou de não estar vestido de modo adequado para estar na presença de um hóspede. Poderia se desculpar por aquilo, em algum momento no evento natalino, assim teria um pretexto para se aproximar dela, e posteriormente puxar assunto.
Sorriu.
Biscoitos.
Ela o presenteou com biscoitos, para agradecê-lo! Seu ato de acudi-la significou muito para ela!
— Mandou bem, Kawaki! Mandou bem!
Exclamou rouco.
Passou a mão levemente pelos cabelos. Deu mais uma conferida na gravata, certificando-se de que estava bem presa.
Leves batidas na porta.
— Entre.
Era sua madrasta, ela sorriu, vislumbrando-se ao observá-lo dos pés à cabeça. Ela mantivera apenas uma parte do corpo para dentro do quarto, sua outra metade se ocultava atrás da porta. Encantada, elogiou-o:
— Como estás lindo.
— Obrigado, Sra. Hinata.
— Vim visita-lo, e pergunta-lo se gostarias que eu lhe penteasse os cabelos? Eu queria fazer um penteado elegante em ti.
Se fosse para Menma III, ela nem perguntaria, chegaria logo pedindo para ele sentar em um banco. Kawaki teve vontade de sorrir, imaginando que os cabelos do irmão já haviam passado pelas mãos da madrasta naquela manhã. Hinata sempre começava pelos filhos mais novos até chegar no jovem loiro.
— Sim.
Kawaki aceitou, mesmo sem vontade. Sua madrasta lhe oferecia ajuda apenas quando se tratava de eventos, e não insistia nas vezes que ele negava. Naquela manhã, ele percebeu a ansiedade nos orbes luas, e não teve coragem de negá-la.
Ela sorriu, e como ele esperava, muito alegrada. Ela entrou no quarto revelando o vestido completo, o tecido de seda em cor lavanda, estampava-se com duplas de lírios, um branco e um azul claro. A peça que prendia o coque alto de seus cabelos era esculpida em madeira, na forma de um girassol. E como era de seu hábito, sua franjinha se mantinha quadrada, e as madeixas laterais ao rosto passavam do queixo.
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Que eu alcance o seu coração
RomanceAda Hanazawa, inglesa, teve um sonho interrompido, por causa de uma tragédia. Ela viveu trancafiada dentro de casa, sem se importar com sua beleza se esvaindo. Kawaki, irlandês, filho mais velho do dono de uma imensa plantação de batata. Quase trint...