Capítulo 9

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Draco lançou um olhar para Harry, que estava deitado embaixo da árvore no quintal da Mansão Malfoy.

"Então..." Harry olhou para Draco. "O que você e o Lorde das Trevas fazem?" "O que você quer dizer com o que fazemos?" "Quando estão sozinhos. O que fazem?" Harry sorriu de lado. "Por que está tão interessado? Apenas alguns dias atrás, você não estava nem aí." Draco revirou os olhos. "Bellatrix me disse algo interessante." Harry virou-se de costas. "E o que foi?" "Que você matou os guardas em Azkaban." Harry lambeu os lábios. "Não é tão glamoroso como ela diz." "Você matou 15 pessoas, como isso poderia ser glamoroso?" "Eu estava com fome, Malfoy." Harry se sentou com um gemido. "Pense apenas como se você não pudesse comer por anos, e alguém colocasse um banquete na sua frente." "As pessoas não são banquetes." Draco suspirou. "É uma metáfora... além disso, não é como se eu tivesse algum controle sobre mim mesmo." Harry olhou para Draco. "Não me lembro da metade do tempo que passei em Azkaban." "Como? Isso é como dizer que você não se lembra da sua infância." "Eu gostaria de poder esquecer minha infância... mas realmente não é assim. Quando meus dentes cresceram pela primeira vez, eu estava completamente sob o controle do Tom, qualquer coisa que ele quisesse ou pensasse que eu tivesse um desejo." Harry suspirou e deitou-se novamente. "Quando as pessoas dizem que quando um vampiro se acasala, é um eufemismo. O submisso se torna um escravo de seu parceiro... fariam qualquer coisa pelo dominante... apenas pense como uma relação de mestre e escravo... mas o escravo ganha guloseimas quando faz algo certo." Harry sorriu, e Draco se arrepiou.

"... Vocês dois já fizeram alguma coisa?" Harry riu. "Não, não, nada do que está pensando." "Então o que você quer dizer com guloseima?!" Harry lambeu os lábios, e Draco desabou contra a árvore. "Ah... essa guloseima." Harry riu.

"Harry." Os dois olharam para ver Tom. Tom acenou para Harry, e ele se levantou trêmulo antes de caminhar em direção a Tom. Draco observou enquanto conversavam, e Harry balançava ligeiramente.

"Você vai voltar amanhã." Harry fez um bico. "Não me olhe assim; você já sabia disso." "Mas eu odeio lá. Tenho que sentar em uma sala de aula e ficar perto de pessoas que me traíram." "Sim, eu sei." "Então por que eu tenho que voltar?" "Harry, nós já conversamos sobre isso; não traga o assunto à tona novamente." Harry fez bico. "Severus me disse que Horace Slughorn é seu professor de Poções." Harry assentiu. "Ele é horrível, para ser direto." Harry deu de ombros. "Sim, você tem Severus como professor de Poções, mas não é por isso que eu trouxe isso à tona. Quero que você conquiste o Horace." Harry inclinou a cabeça. "Você está soando como Dumbledore." Tom acenou com a mão. "Quero que você construa um relacionamento real com ele; ele é meu antigo professor... e, ao contrário de Dumbledore, não estou te usando para obter informações." Harry bufou. "Eu sei. É tão irritante." "O fato de Dumbledore estar te usando ou meu favor?" "Dumbledore me pedindo." Harry fez bico novamente. "É como se ele não se importasse com o que ele fez." Tom suspirou. "Dumbledore é muitas coisas... se importar com você e sua família não é uma de suas prioridades." "Bem, Granger é nascida trouxa." "E é inteligente." "Não pelo que eu vi." Tom balançou a cabeça. "Você fará esse favor para mim?" Harry sorriu. "Se eu puder conseguir algo em troca." "Você pode falar toda a merda que quiser para mim por uma semana." "Estou fora 5 desses dias." "Exatamente." "Tom." Tom sorriu de lado. "Bem... se você fizer sua parte direito, então eu vou pensar sobre isso." Harry olhou para ele irritado. "Eu te odeio." "Não, você não odeia." "Ah, é mesmo?! E como você sabe disso, hein?!" Harry saltou para ficar tão alto quanto Tom. "Porque eu tenho um vínculo direto com essa sua mente." "Isso é besteira, saia da minha cabeça." Tom sorriu.

Ele ergueu o queixo de Harry. "Não seja assim, pequeno vampiro... eu vou te dar o que você quer em breve." Harry corou. "E o que eu quero?" "Eu." Tom se afastou, e Harry cerrava os punhos. "Isso não é verdade! Encontre-se um novo parceiro!"

Draco sorriu de lado. Harry voltou a se deitar na grama e gemeu. "Você ainda vai fazer o que ele pediu, não é?" "Claro... dói pra caramba se eu tentar desobedecer ele." Draco levantou uma sobrancelha. "E como é isso?" "Minha marca..." Harry suspirou. "É como o seu portal para saber tudo o que faço... é um incômodo." "A marca não são apenas as marcas de mordida dele?" "Não... é assim que ele me transformou... a marca de acasalamento é uma gravação no meu pescoço que o simboliza." "Aposto que é uma cobra." "Oh, você é esperto?" "Não me provoque, Potter." Harry sorriu de lado e deitou sobre os braços dobrados.

DE AZKABAN A MESTRE - TraduçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora