15 de fevereiro
Rio de Janeiro - Complexo da RocinhaMavi
Acordo com a minha cabeça doendo, tô me sentindo na merda e eu já até sei o porque.
Não sei aonde que eu tava com a cabeça quando eu achei que seria bom sair com as meninas do trabalho e beber. Eu já não sou de beber aí pra não sair por baixo eu não só bebo como também misturo várias bebidas.
Tá aí o resultado, eu cheia de dor sem nem saber aonde que eu tô.
Prazer, Maria Vitória a pessoa mais burra que eu já vi.
Abro os olhos vendo que eu não faço a mínima ideia de onde eu estou e começo a ficar nervosa. Olho pro lado da cama e vejo um menino, forço um pouco mais a minha vista e consigo identificar como o Rn.
Eu sinceramente não acredito que aconteceu o que eu tô pensando que aconteceu.
Puxo a coberta vendo que eu tô pelado igual a ele e suspiro fundo sem acreditar. Eu sempre fui burrinha mesmo mas agora eu me superei.
Coço a cabeça com força e acaba fazendo um barulho que acorda ele já que o mesmo me olha meio confuso e depois solta um sorriso com uma cara de safado.
Rn - ainda tá aí é - se senta na cama me olhando melhor e eu me levanto começando a pegar e vestir as minhas roupas.
Mavi - já tô de saída - termino de me vestir procurando a minha bolsa.
Rn - ai, quer que eu te leve em casa? - pergunta e eu só nego conferindo se tava tudo dentro da bolsa - tá certo então, fecha a porta quando sair. - levanto meus olhos vendo ele deitar de novo olhando pra mim com um sorrisinho no rosto.
Mavi - tchau - saio do quarto andando rápido.
A minha mente tá até agora sem acreditar que isso aconteceu. Será que foi bom? Eu gozei pelo menos? Eu travo na porta quando a pergunta entra na minha cabeça...
Usamos camisinha? Por um segundo eu penso em ir lá perguntar mas a minha vergonha na cara me manda sair logo dali e já passar na farmácia.
Saio fechando a porta e fico olhando a rua pra me encontrar ainda sem entender direito aonde que eu tô. Quando me encontro começo a me enfiar em todos os becos possíveis pra chegar até a farmácia mais próxima que tem aqui e comprar o bendito que tem que me salvar nesse momento.
Quando chego na farmácia já faço logo o pedido e a menina até se assusta pelo meu tom de voz. Ela em entrega o remédio e eu já pego uma água e vou pagar tudo no caixa.
Tomo o remédio ali mesmo e vou de lá até a minha casa fazendo todas as orações possíveis pra que esse remédio faça o efeito que eu espero e eu não engravide.
{•••}
Olho pro porta retrato da minha vó na cabeceira da cama e pego olhando melhor.
Mavi - ai vó, eu não sei ainda como viver sem você - toco ma imagem e deixo algumas lágrimas caírem - você saberia exatamente o que me falar nesse momento. É ruim demais ser sozinha vó.
Choro ao lembrar da minha vó mais uma vez. Faz um mês que a minha vó se foi me deixando sozinha no mundo, sem mais ninguém pra me acolher, abraçar e dizer que ama. Foi embora toda a minha felicidade, eu simplesmente me encontro em um estado deprimente pra todos que me conhecem mas eu não tenho mais motivo pra ser feliz. Ela era a minha felicidade e vontade de viver, sem ela eu não sou nada.
Abraço a foto dela e me permito chorar pelo resto do dia mais uma vez.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O recomeço do fim
FanfictionUma noite de pura luxúria entre duas pessoas que jamais conseguiriam imaginar que todo aquele fogo poderia resultar em uma vida. Pra ela, uma sinal de recomeço, um novo motivo pra lutar e um amor pra toda vida. Para ele, um estresse eterno, o fim da...