CAROLINE
- Você não vai acreditar no que descobri. - Comentei com Gabriel quando ele bateu em minha porta mais tarde naquele mesmo dia.
- O que?
- A fumante misteriosa?
Ele concordou com a cabeça.
- Simplesmente a rockstar, Day Limns! - Revelei.
Seu olhos se arregalaram e ele soltou uma risada que me pareceu até mesmo nervosa.
- Você está brincando.
- Te juro!
- Meu deus... - Gabriel soltou baixinho.
- Que foi? Você é fã ou algo assim? - Perguntei. - Já vou avisando, ela é rude mesmo, igual dizem as noticias.
- Não acho que ela seja rude. - Ele prontamente disse. - E eu só estou surpreso, jamais poderia imaginar.
- Eu também não! Nem a reconheci quando ela bateu em minha porta. - Contei me lembrando de seus olhos me analisando como se quisessem decifrar minha alma. - Ela pode ser rude, mas tem o olhar mais intenso que eu já vi.
- Tem mesmo. - Ele concordou.
- Já viu por acaso? - Perguntei rindo enquanto entravamos em seu carro.
- Claro que já, na televisão né. - Ele riu também. - Vamos passar para buscar a Mia, tá?
- Sem problemas, estou louca para conhecer ela! - Comentei, Mia era a namorada de Gabriel.
Em poucos minutos, Mia estava dentro do carro conosco e eu comentava com ela sobre minha recente descoberta acerca da minha vizinha fumante.
- Dá pra acreditar que ela estava no mesmo andar que eu esse tempo todo?
- Nem foi tanto tempo, Carol, foram só três dias. - Gabriel riu.
- Não sei como você está tão tranquilo, tipo assim, tem meses que ela mora no mesmo prédio que você!
- Eu só estou curioso. - Ele deu de ombros.
- Com o que?
- Nada em especifico, o que ela está fazendo sabe?
Concordei com a cabeça mesmo sabendo que ele não veria já que eu estava no banco de trás.
- Em um assunto mais importante, quem vai hoje? - Mia perguntou.
- Nós três, o Bruno e a Sofia. - Gabriel respondeu.
Fiquei feliz com a pergunta de Mia, queria ter perguntado a mesma coisa mais cedo, mas com a descoberta sobre Day, acabei me esquecendo.
- Já conheceu algum deles, Carol? - Mia perguntou.
- Ainda não, mal sai do apartamento esses dias, pra ser sincera. - Confessei, era mesmo verdade.
Apesar de já estar todo mobilhado, ainda precisei fazer algumas compras para o apartamento. Coisas como comida, produtos de limpeza e higiene pessoal, havia tirado os primeiros dias apenas para fazer aquilo com mais calma.
- Carol parece uma senhora, nasceu para os britânicos mesmo. - Meu amigo implicou comigo. - Juro, parece que ela veio treinada! Até tomar o chá na hora do chá ela já fazia.
Mia riu e eu senti minhas bochechas esquentarem, era verdade. Aquele tinha sido um fato engraçado de descobrir, Gabriel não me deixou em paz pelo resto do dia ao saber daquilo.
- Ela já veio adaptada. - Mia completou.
- Menos ao fuso horário. - Reclamei.
Chegamos ao tal do Pub poucos minutos depois, não era muito longe de onde Mia morava e para uma sexta feira estava relativamente vazio. Nos sentamos em uma mesa mais afastada e do lado de fora para aproveitar a brisa gostosa que estava naquela noite.
Acabei por me dar muito bem com Bruno e Sofia, eles foram muito simpáticos e rimos bastante ao longo da noite. Voltei sozinha para casa, levemente alcoolizada, Gabriel tentou me deixar em nosso prédio e depois voltar para Mia, onde ele passaria a noite, mas não deixei que ele fizesse aquela viagem desnecessária. Estava bem para voltar sozinha, ou era o que eu achava.
Sai do taxi tropeçando, felizmente eu sabia que meu amigo havia pago antes de eu entrar e eu me certificaria de paga-lo depois. O taxista até perguntou se eu queria ajuda para entrar, mas eu achei melhor não arriscar então apenas comecei a subir as escadas sozinha após dispensa-lo.
Quando cheguei ao topo da escada, já pude vê-la. Como sempre, ela estava sentada ao lado da porta no grande banco de madeira e com seu cigarro em mãos. Naquele dia, sem boné. Mais uma vez. Me perguntei o que tinha a feito desistir do objeto, mas não fiz menção de falar com ela, não depois de mais cedo.
- Você precisa de ajuda? - Ouvi ela perguntar sem olhar para mim. - Estou vendo que as chaves estão ganhando. - Explicou, eu realmente estava com dificuldade em abrir a porta, mas não queria ceder para ela.
- Não preciso da sua ajuda. - Fui rude.
Continuei batalhando com a senha da porta e me apoiei na parede ao lado me sentindo tonta. Pude ver pelo canto do olho ela apagando seu cigarro e se levantando, vindo em minha direção.
- Já disse que não preciso da sua ajuda. - Repeti.
- Não estou te ajudando, estou apenas subindo. - Ela respondeu abrindo a porta e passando.
Quando fui adentrar também, senti suas mãos me segurarem e me empurrarem para fora enquanto ela voltava para trás e fechava a porta na minha cara. Abri a boca incrédula com o que tinha acabado de acontecer e eu ainda podia a ver caminhando para o elevador pela porta ser de vidro.
Me afastei um pouco da porta me arrependendo a amargamente já que isso pareceu aumentar minha tonteira, a última coisa que meus olhos puderam alcançar foi ela respirando tão fundo que de onde estava pude ver seus ombros subirem e descerem para depois ela dar meia volta e começar a caminhar em minha direção.
Estava pronta para abrir um barraco com minha vizinha quando simplesmente senti suas mãos me segurarem e em seguida um grande preto tomar conta da minha visão.
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Notas de Amor
Любовные романыDay Limns estava em seu auge. Sua carreira internacional e nacional não paravam de crescer e ela estava sempre na boca do povo. Fale bem ou fale mal, não é esse o ditado? Mas ao estourar de um escândalo, Day se vê "forçada" a sumir da mídia, buscand...