DAYANE
Cheguei em Londres no fim de tarde, fui direto para a casa de Fernanda, não queria ver ninguém ainda e nem correr risco de que a notícia se espalhasse tão cedo. Bati em sua porta já com o celular em mãos para avisar Caroline que estava bem e tinha chegado.
- Day! - Minha irmã me cumprimentou animada me puxando para um abraço, parei de digitar apenas para abraça-la.
Fernando começou a entrar na casa, mas parou ao ver que eu não fui junto.
- Não vai entrar?
- Estou só mandando uma mensagem. - Respondi finalmente apertando enviar e puxando minha mala para dentro.
Deixei minha mala no quarto que ficaria e voltei a encontrar minha irmã do lado de fora da sua casa, onde seu marido brincava com meus sobrinhos.
- Como você tem estado? - Ela perguntou delicadamente quando me sentei ao seu lado.
Pensei em Caroline automaticamente e sorri. Eu estava bem melhor, não só por ela, mas o tempo fora da mídia vinha me fazendo muito bem.
- Estou melhor. - Foi o que respondi.
- O que tem feito em Brighton? Muita festa?
- Sabe que se eu estivesse indo a festas você saberia. - Respondi rindo e ela riu também. - Mamãe?
- Chegou tem algumas horas, está vindo jantar com a gente.
Suspirei em seguida, no telefone, minha mãe evitava puxar certos assuntos, mas eu sabia que pessoalmente, ela não deixaria passar.
- Não faça nada que não queira, Day. - Fernanda disse. - Não é uma ordem, é um pedido de irmã mais velha.
- Não sei o que quero fazer, Fefe. - Fui honesta.
- Quer voltar? Você sabe que estão todos esperando. Quer não voltar? Você sabe que vão continuar esperando.
- Não quero decepcionar ninguém.
- Isso é humanamente impossível, Day.
- Fiz isso. Uma vez. - A lembrei.
- Se tem uma coisa que não fez, foi decepcionar mamãe por aquilo.
- Você não viu o olhar dela quando acordei naquele hospital. - Tinha calafrios só de lembrar. - Pulei daquele palco como se tivessem 10 amortecedores embaixo de mim.
- Bateu a cabeça e quebrou uma perna, você continua inteira.
- Poderia ter sido pior e você sabe, era só uma questão de tempo. - Fui certeira.
- E felizmente não foi. - Senti sua mão em minha coxa. - Está tomando seus remédios?
- Estou. - Suspirei. - Eu me sinto melhor, de verdade. Só...
- Não quer voltar para aquela rotina ainda. - Falou por mim.
- É, eu gosto de onde estou agora. - Dei de ombros.
Pouco depois de conhecer Carol, resolvi que estava na hora de começar a sair daquele apartamento. Não me sentia apta para algo muito cheio de gente, mas comecei a fazer aulas de cerâmica e escultura, junto com aulas de violino e aulas de árabe. Era minha pequena nova rotina, divida meu tempo entre Caroline e minhas novas aulas. Mundano e comum, como a muito tempo não era.
- Você quer ficar.
- Quero. - Respondi instantaneamente.
Fernanda e eu continuamos ali fora por muito tempo, conversando e nos atualizando. Paramos de conversar apenas quando Olivia me chamou para brincar no parquinho, não tinha chances de eu negar seu pedido.
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Notas de Amor
RomantikDay Limns estava em seu auge. Sua carreira internacional e nacional não paravam de crescer e ela estava sempre na boca do povo. Fale bem ou fale mal, não é esse o ditado? Mas ao estourar de um escândalo, Day se vê "forçada" a sumir da mídia, buscand...