Notas de Amor

24 - 1000 Hands

Tomei vergonha na cara e voltei queridos, espero que gostem. Capítulo ponte para os próximos.
Boa leitura!

CAROLINE

Eu não aguentava mais de saudade, tinham apenas um mês e meio que Day tinha ido para Los Angeles, mas aquela metade de mês estava acabando comigo. Mal podia esperar para finalmente estar em seus braços novamente e nos últimos dias, Day andava um pouco mais inacessível já que ela estava correndo com a produção do álbum o que não contribuía nem um pouco para a falta que eu sentia dela.

- Está me ouvindo, ruiva de mentira? - Ouvi Gabriel chamar minha atenção, estávamos almoçando todos juntos e combinando uma pequena surpresa para quando Day voltasse.

- Viajei, repita. - Pedi.

- Eu disse que quando eu for buscar a Day no aeroporto você já vai mandando mensagem para todo mundo descer, eles vão estar lá em casa. - Explicou.

- Tá bom, vou mandar mensagem no grupo. - Avisei para todos.

- E como está a produção do álbum? - Bruno perguntou interessado.

- Se você souber você me conta, pra quem é uma boca de sacola, Day tem sido um tumulo lacrado nesses últimos dias. - Revirei os olhos rindo, não ficava realmente chateada.

- Tem privilegio nenhum esse namoro aí. - Sofia brincou.

- Tem pra caralho, já viu minha mulher?

Nós rimos e eu senti meu celular vibrar, o tirei do bolso sorrindo ao ver a mensagem de minha namorada. Não morria tão cedo também, graças a deus.

"tenho uma surpresa"

"qual?"

Respondi ansiosa, mas sua resposta não veio. Quase saí da mesa para ligar para ela, mas Day foi mais rápida e logo minha tela acendeu com seu nome.

- Já volto. - Avisei todo mundo antes de sair e voltar para o lado de fora.

"Conte-me"

Foi a primeira coisa que eu disse ao atender.

"Onde você está?"

"Comendo, naquele restaurante chinês perto da universidade"

"Vá pra casa"

"Que isso? Quer me colocar em cárcere?"

Brinquei rindo.

"Sua surpresa tá lá, bobona. Mas se não quiser tudo bem, sua escolha"

"Eu nem comi ainda, amor"

"Peço comida para você daqui, vai logo!"

E então desligou em minha cara. Encarei o meu celular chocada com sua audácia, mas soltei uma risada sincera antes de voltar para o restaurante e avisar todos os meus amigos o que tinha acabado de acontecer.

Juntei minhas coisas e voltei para o lado de fora, entrando no Maserati em seguida. A volta foi extremamente rápida, o que eu agradeci porquê estava com bastante fome. Estacionei o carro na primeira vaga que achei e subi para meu apartamento.

Abri a porta e estranhei ao não ver nada de diferente, que porra de surpresa era aquela?

- Nossa, Dayane, eu vou te matar. - Disse para mim mesma enquanto deixava minha bolsa no sofá e pegava meu telefone.

- Tem certeza? - Ouvi sua voz em seguida e por três segundos achei que estava ficando maluca.

- O que faz aqui? - Perguntei largando meu celular de lado e indo em sua direção.