17 - Sogra II

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CAROLINE

Assim que cheguei em casa fui tomar  um banho, eu ainda não tinha tido notícias de minha namorada, mas achei melhor me prevenir.

Vesti uma roupa casual e só então peguei meu celular para lhe mandar mensagem perguntando como estava. Day demorou a me responder, então resolvi arrumar meu apartamento e fazer uma lista de mercado com o que estava faltando. Como eu estava passando muito tempo no apartamento dela, não faltavam muitas coisas. 

"Minha irmã veio junto, minha casa vai explodir" 

Eu ri do seu exagero, mas imaginei que ela deveria estar incomodada, Day não tinha costume de ter mais que uma pessoa em apartamento por vez. Me perguntei se elas dormiriam lá e onde ficariam. 

"Elas estão ficando aí?"

"Estamos discutindo sobre isso, acho que elas vão ficar em algum hotel ou flat"

"Por que não vem ficar aqui e deixa elas aí?" 

"Não quero te atrapalhar, amor"

"Até parece que me atrapalha, Dayane, não comece"

"você tem certeza?"

"absoluta, passo mais tempo fora do que aqui mesmo, traga Clark"

Ela parou de me responder e eu assumi que estivesse conversando com sua mãe e sua irmã sobre o assunto. Me senti um pouco mais nervosa de saber que Fernanda tinha vindo junto, mas estava animada para conhece-las. 

Instantes depois eu ouvi batidas em minha porta e eu já sabia quem era, me levantei com um sorriso e assim que abri a porta lá estava Day. Ela não precisava ter nada em mãos, ela tinha uma gaveta também. 

- Estava com saudade. - Ela disse passando seus braços pela minha cintura. 

- Cadê Clark? - Impliquei com ela.

- Minha mão quis cuidar dela. - Day respondeu abafado por estar com sua cabeça em meu pescoço. - Não sou o suficiente?

- Mais que suficiente. - Andei para trás sem solta-la, fazendo com que nós duas quase caíssemos no chão. 

Rimos juntas e então eu a soltei para nos jogarmos no sofá. 

- Está feliz que elas estão aqui? - Perguntei baixinho enquanto fazia um carinho em suas costas. 

- Uhum. - Ela respondeu no mesmo tom. - Eu queria que elas te conhecessem. 

- Queria?

- Profundamente. 

- Por que?

- Eu estive esperando por você, Carol. - Levantou o rosto para me olhar. - Por bastante tempo.

- Esperando por mim? 

- Você. Alguém como você. - Respondeu firme. - Você me lembrou a cor das cores, as coisas mais simples e bonitas. As coisas são mais bonitas com você.

Day me respondeu de uma forma tão sincera que senti pequenas lágrimas invadirem meus olhos.

- Não quero que chore, amor. - Ela disse baixinho. 

- Não estou. - Funguei e menti mesmo sabendo que ela sabia a verdade. - Como você fala essas coisas assim sem aviso?

- Eu... Não sei. - Ela deu uma risadinha sem graça. - Apenas disse o que sinto e penso. 

- Eu amo o jeito que vê as coisas. - Fui honesta. - Não só sobre mim, tudo. 

Day sorriu igual criança e balançou a cabeça.

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