Só uma noite

27 - Mais um dia normal na família Kim

Seokjin se despediu de Fernanda e foi pensativo para o seu apartamento. No fundo, ele sabia que ela tinha razão. Aquilo não deveria continuar. Mas era, de fato, uma pena. Ele era um homem exigente quando o assunto era sexo. Seus amigos viviam zoando, dizendo que ele era um maníaco sexual, por toda essa disposição que ele sempre teve. Sair com algumas mulheres diferentes lhe deu experiências boas e ruins. Mas o fato é que ele nunca tinha estado com alguém que respondesse tão bem e tão intensamente a tudo o que ele fazia. Ao mesmo tempo, era notável a habilidade e o descaramento dela. Algo que qualquer homem gostaria de ter em sua cama com frequência.

Sem saber de tudo isso que ela era quando o assunto era sexo, ele conseguiu o que queria: uma noite. E inicialmente achou que isso seria o suficiente para se divertir um pouco. Mas por que a sensação que tinha naquele exato momento era outra? Quando pensava em tudo o que aconteceu, a pergunta que martelava em sua cabeça era: seria possível ficar só naquela única noite?

Fernanda, no estúdio, se perguntava a mesma coisa. Ou a experiência dela com sexo tinha sido muito ruim e triste até ali, ou aquele homem era um deus na cama. Uma vozinha, lá no fundo, dizia que havia uma terceira via: a compatibilidade poderia ser tão boa porque eles eram um para o outro. Como um jogo de Tetris, onde tudo se encaixava. Ela deu um tapinha no rosto lembrando a si mesma de que era uma mulher ca-sa-da e que aquele cara, com aquela disposição toda iria encontrar uma mocinha bonita e da idade dele para dar conta daquele fogo todo.

E haja disposição meus amigos, porque à noite a brasileira estava maravilhosa nas mãos dele, mas de manhã parecia que bateram nela com um gato morto até o gato miar. Era um cansaço misturado com dor muscular, isso sem falar que lá embaixo a situação estava lamentável. Estava toda dolorida.

O homem era bruto, pegava firme, fazia do jeito que ela nem sabia que gostava. E ela gostou, viu? Gostou até demais... No entanto, seria preciso muito exercício para dar conta daquela exuberância toda. Ela logo voltou à realidade e não entendeu porque estava pensando nessa possibilidade de se preparar para repetir a dose... Riu ironicamente pensando que a sua vidinha patética de mulher casada estava nas mãos de um marido que, quando ia ali, não comparecia com o mesmo vigor. Fernanda suspirou e decidiu não pensar sobre aquilo para não entrar em depressão. Se levantou e foi até o banheiro para ver como a alergia estava. Quando se olhou no espelho, quase faleceu quando viu a mancha roxa no lado esquerdo de seu pescoço.

"Aquele ordinário me deu um chupão!!!! Puta merda..."

Enquanto ainda xingava Seokjin em voz alta pela lembrancinha no pescoço, verificou que a alergia estava indo bem, então, tomou um banho, passou a pomadinha e se dedicou a seus afazeres, pois nem só de luxúria vive a mulher moderna. Sentado no sofá, Seokjin viu como ela cuidava de sua vida e resolveu fazer o mesmo.

No entanto, quando estava se preparando para tomar um banho seu telefone tocou. Para seu desgosto era Nari. Ele fez uma careta e pensou em não atender, mas voltou atrás e resolveu dar uma bronca nela por conta do papelão da noite anterior. Essa se somava a uma fila enorme de broncas que ele sempre dava nela e que nunca surtiram efeito. Era urgente aprimorar a sua técnica...

"Eu espero que você tenha um excelente motivo envolvendo o meu filho para me importunar a essa hora da manhã." - Seokjin já saiu cantando os quatro pneus. Nari sorriu e disse:

"Nossa Seokjin, você acorda muito mal humorado! Isso é falta de sexo, querido. Você quer uma boa noite de sexo comigo para relaxar um pouco e lembrar os velhos tempos?" - Seokjin sorriu ironicamente... Se ela soubesse da noite que ele teve...

"Olha Nari, qualquer homem vai querer uma boa noite de sexo, mas a minha, definitivamente não inclui você. Então, diga rapidamente o que você quer.... Eu estou ocupado agora e não posso ficar jogando conversa fiada fora." - Era muito comum Nari escutar frases como essa, mas ela nunca deixava passar: