25 - Só uma noite

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Quando a porta do elevador abriu no 7o andar, Seokjin sentiu o coração bater um pouco mais forte. Apesar de ser quase meia noite, decidiu que iria conferir como Fernanda estava. Ele precisava ver com seus próprios olhos que ela estava bem.

Tocou a campainha e imaginou que deveria estar muito bêbado para ter a falta de noção de bater na porta da mulher naquele horário. Depois de um tempo sem resposta, começou a cogitar que ela estivesse desmaiada e se desesperou. Ele se lembrava da senha da porta dela e quando ia digitá-la, Fernanda abriu uma gretinha e colocou uma parte de seu rosto para ver com clareza quem era. Quando se certificou de que era Seokjin, o convidou para entrar.

Enquanto fechava a porta e tirava os sapatos, Seokjin notou que o apartamento estava iluminado apenas pela meia luz dos abajures e que Fernanda estava com um conjunto de malha fina, que desenhava perfeitamente o seu corpo. Ela deu as costas para ele, se dirigindo para pegar o livro que deixou de qualquer jeito na cama.

"Me desculpa a demora... Eu estava tão entretida lendo um livro..." - Ela pegou o objeto e marcou a página onde parou. Seokjin ouviu atentamente e não se conteve: correu para abraçá-la por trás. Ele sussurrou em seu ouvido:

"Eu fiquei muito preocupado com você..." - A atitude do coreano fez Fernanda deixar o livro cair no chão. Ela sentiu o cheiro de álcool, mas sentiu também um tremor em seu corpo que fazia tempo que não sentia. Tentando articular uma frase que fizesse sentido, a brasileira ressaltou:

"Eu estou bem... eh... agora que a pomada foi absorvida pela minha pele, aquele calombo enorme que havia aí é só uma área avermelhada... Nem está coçando, olha! Você realmente não precisa se preocupar".

Ele manteve seu corpo colado nas costas dela e afastou somente seu rosto para ver melhor. Fernanda sentiu a respiração dele contra a área e, de repente, percebeu aqueles lábios carnudos beijando levemente o local. Um arrepio percorreu toda a sua pele e seu corpo tremeu mais, na medida em que o homem foi subindo o caminho de beijos até seu ouvido e falou baixinho:

"Você disse que não tinha conseguido pensar em um bom presente para me dar... Eu sei de uma coisa que você pode me dar e que me faria muito feliz..."

A respiração de Fernanda estava pesada e em um fio de voz ela perguntou o que seria, já sabendo a resposta. Até aquele momento as mãos de Seokjin acariciavam leve e lentamente a cintura dela. Mas ao responder, ele apertou um pouquinho mais firme e ela sentiu com clareza a ereção dele contra sua bunda.

"Uma noite. Só uma noite. Eu quero isso e eu sei que você também quer..."

Ele fazia um movimento sutil, se esfregando contra a bunda de Fernanda que ficou fraca com tudo aquilo. Quantas foram as noites fantasiando com aquele homem e agora ele estava ali em carne e osso, disposto a dar o que ela queria. O que ela precisava. Diante do silêncio da brasileira, Seokjin subiu sua mão e sentiu sob a camisetinha que ela estava sem sutiã, algo que o fez grunhir e se apertar mais contra ela. Acariciando aqueles seios que viu com atenção por trás do vidro espelhado de seu apartamento, ele voltou a falar:

"Eu juro para você que o seu marido nunca vai saber disso..." - Ela estava ofegante e completamente entregue aos estímulos do coreano. Com fraqueza perguntou:

"Como você pode garantir isso?".

Seokjin percebeu uma brecha, então a virou de frente para ele e quando os olhares se cruzaram constatou a rendição da brasileira. Era como uma presa que se entregava para o seu predador. Fernanda, por sua vez, viu um mar de luxúria na pupila dilatada de Seokjin, sendo que tudo em sua expressão transmitia desejo. Respirando de forma pesada, ele respondeu com um sorriso maroto:

"Você vai contar? Por que não vou..."

Fernanda, então, passou seus braços pelo pescoço de Seokjin e mandou o marido para o espaço. O beijo foi a sua resposta. Um beijo intenso, no qual ambos lutavam por dominância. Ele pegou a cintura dela com força e, aos poucos, desceu as suas mãos, dando um forte aperto na bunda dela. Isso colou mais os corpos e Fernanda não conseguia pensar em outra coisa que não fosse aquela ereção plenamente formada entre as pernas dele.

Só uma noiteOnde histórias criam vida. Descubra agora