MEU MAFIOSO

CAPITULO 28

Confesso que fiquei com pena da mãe de Ella, após eu dar a noticia, ela sabe muito bem com que monstro sua filha está e imagino como deve estar sua cabeça, faltam poucos minutos para chegarem aqui na mansão, pedi para Santiago buscá-las no aeroporto, ele foi um pouco contra a vontade deu para ver na cara dele, porque sei que ele está tão obcecado com a busca de Hannah e Ella como eu, sei que ele tem sentimentos por Hannah. Batem na porta do escritório. 

- Entre.- Anna entra pela porta. 

- Senhor, as visitas chegaram.- ela fala com uma voz aflita. 

Me levanto e vou em direção a sala de estar, quando chego estão admirando tudo, olhando ao redor, mas quando pousam os olhos em mim ficam sérias. 

- Boa tarde, sejam bem vindas.- ambas continuam me analisando. 

- Boa tarde.- respondem em uníssono. 

-Vocês devem estar cansadas, vou pedir para Anna acompanha-las até o quarto para vocês se acomodarem, quando for a hora do jantar serão avisadas.- falo para não prolongar muito o assunto.- Receio que quando descerem não poderei acompanhar vocês no jantar, estarei indo em busca de Ella e Hannah em algumas horas. 

-  Alguma noticia da minha filha?- Amélia pergunta, já começando a chorar. 

- Até o momento nada, mas já estou movendo céus e terras para encontrá-las.- respondo, olho para as outras duas que continuam em silencio e meus olhos cruzam com o Diana, consigo ver a raiva em sua íris, mas ela terá que deixar para explodir em outra hora, porque não estou com um pingo de paciência. 

-Amélia, poderia me acompanhar até o escritório?

- Sim.- olho para Anna que está aguardando em um canto da sala.- Anna, acompanha as duas até o quarto por favor.- ela assente. 

Sigo em direção ao escritório, abro a porta e dou passagem para Amélia. 

-Sente-se! - vou para minha mesa e espero ela se acomodar.- Você se lembra de algo na sua passagem na Rússia que possa nos ajudar a encontrar Ella?.- Pergunto mesmo tendo todos os meus contatos atentos para me dar alguma informação, já tem mais de 24h e não recebi nenhuma noticia e nem sinal do rastreador de Ella. 

- Não me lembro de nada, os momentos que estivemos juntos, fomos para bares, restaurantes e sempre ficávamos embriagados juntos, hora ou outra ele recebia algumas ligações, mas não me lembro muito.- ela fala e coloca a mão em sua cabeça e faz uma careta. 

- Tudo bem? Está se sentindo mal.- ela só balança a cabeça em negativo. 

- Tudo bem, só estou com uma tontura.- responde. 

- Você se alimentou bem, desde que te dei a noticia? - silêncio. 

- Vou pedir para Anna preparar algo para você comer, não quero você em nenhum hospital com desidratação e nem desnutrida. - me levanto.- Você come e depois vá descansar e vê se consegue se lembrar de alguma coisa, estarei saindo de viagem hoje, vou ir em busca de Ella, se lembrar de algo peço que me ligue, deixarei meu número com Anna.- Olho para seus olhos e vejo tristeza e raiva misturados. 

- Ella é única pessoa no mundo que me mantém viva, ela é a minha única família, isso tudo está acontecendo por sua causa, você entrou em nossas vidas só para trazer desgraça, você destrói tudo por onde passa, se acontecer alguma coisa com minha filha, vai ser sua culpa, lembre-se disso!- Essas palavras me atingem como um flecha no coração, eu me sinto culpado por tudo isso e eu vou matar todos que se quer tocaram na minha mulher.