Say my Name

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Faziam três dias que Minho não via Jisung, provavelmente devido a raiva que o rapaz estava sentindo por abandona-lo após tantos anos juntos.

Quando chegou em seu apartamento, a porta estava aberta, porém praticamente todos os pertences de Jisung haviam sumido e o próprio Han também não estava em seu apartamento.
Óbvio que tentou ligar, porém conhecia a mula do amigo, conhecia o suficiente para saber que, se ele não quisesse falar consigo, jamais atenderia.

Os olhos violetas de voltaram ao redor com confusão e preocupação, porém sabia que aquilo teria sido obra do Han.
Só estranhou que o Han teria trocado a porta antes de sair, além de deixar a porta aberta, ou melhor dizendo, escancarada.

Porém já teve vezes que o amigo largava o apartamento completamente arreganhado, então passou pano, principalmente a porta trocada, se o Han estivesse bêbado, era a cara dele do nada mudar a porta.

Com um sorriso divertido, o Lee passou a separar seus pertences, apenas o que precisaria realmente usar, já que de acordo com Christopher, não teria muito espaço para mais móveis, então era bom levar apenas roupas e objetos de extrema importância para si.

A tarde se passou lenta, sinceramente, se arrependeu de demorar demais para voltar, ao invés de um dia, voltou para casa após dois dias, já que Christopher fez questão de o levar a mansão para apresentá-los aos criados e desfrutar um pouco de seu corpo.

Talvez assim estaria em casa a tempo de conversar com Jisung sobre a mudança e ainda por cima, pedir uma mão para encaixotar seus itens.
O bico murcho se formou em sua boca, queria falar com o Han antes de se mudar, mas o que poderia fazer? Jisung era um cabeça dura.

Ignorando os pensamentos, precisou se focar a organizar.
O tempo passou em câmera lenta para si, as caixas de papelão aos poucos eram formadas ao canto da sala.
Seus olhos se passaram lentamente por todo o redor, faltava o quadro que tinha sua foto com Jisung, tirada na semana do aniversário de 17 anos do melhor amigo. Isso era algo importante para si.

Com um pouco de persistência, encontrou o bendito quadro, era pequeno e quadrado, mal cabia em sua palma da mão, provavelmente o tamanho dificultou para encontrar, ainda mais por estar em baixo de uma pilha de livros.
Realmente, seu amigo era um desorganizado nato.

Seu sorriso se formou, gargalhando como um doido, porém lentamente seu sorriso desaparecia.
Jisung jamais largaria seus livros no meio da sala quando se mudasse.

Han Jisung foi o maluco que o fez largar duas caixas de roupas e louças para trás, apenas para levar duas caixas de livros. Era mais capaz do Han largar um prédio cheio para os próximos moradores, do que largar seus preciosos livros.

Seus dedos se passaram pela capa rubra com preta, acariciando lentamente o título do livro, suas sobrancelhas se franziram, enquanto pegava o livro e o abria.

As obres violetas se arregalaram, a lateral das páginas estavam manchadas de vermelho, assim como a capa.
Pegando apressado o segundo livro, notando que assim como o anterior, este também estava manchado pelo sangue.

Com pavor nos olhos, sua volta pareceu se contorcer.
Em baixo do sofá havia sangue, próximo a estante, principalmente em baixo dessa pilha de livros, incluindo no verso do quadro que segurava.

O grito apavorado escapou, enquanto gritava pelo Han desesperado.
Segurando o quadro, se retirou as pressas daquele apartamento, fazendo a primeira coisa que qualquer pessoas descente deveria fazer ao presenciar uma possível cena de crime.

Ele correu para a polícia, correu para o batalhão mais próximo, mostrando o quadro ensaguentado e contando tudo o que viu.
Tão apressado, que deixou pistas importantes passando despercebidas, desde a carta ensanguentada, colada com uma fita atrás da porta da entrada, até o quarto do Han, no qual Minho não havia entrado por estar trancado.

Aquele quarto estava destruído, completamente podre, com o fedor forte de defunto cobrindo todo o cômodo, já que o corpo falecido e desfigurado estava largado no meio do cômodo, com a cabeça aberta e os miolos espalhados.
O assassino foi cruel, ao ponto se usar um livro para abrir a cabeça do homem e escrever nas paredes com seu sangue.

"you're a next"

Messalinos (DanceRacha Centric)Onde histórias criam vida. Descubra agora