Just Dance (metal ver)

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A ira transparecia na face infantil. As orbes verdes escuras eram um espelho do ódio que sentia.
O corpo de Hyunjin estava a sua frente, picado em uma caixa de cobre.
Aquele filho da puta teve a audácia de além de matar, havia o enviado o corpo pelo correio.

Essa era a prova de que não apenas a polícia, mas até os correios estavam em conjunto com o desgraçado do Bang.
Ele com toda certeza iria matar o desgraçado.
Suas mãos tremiam, vendo o sangue empoçando aquele quadrado mediano de cobre por dentro, enquanto a cabeça do Hwang estava completamente irreconhecível.

– O que aquele monstro fez com você, Jinnie? – Felix sussurrou, as lágrimas finas escorriam pela sua face, enquanto sua vontade era estar ali, no lugar de seu amado – Eu o farei pagar... Eu prometo.

O Hwang jamais iria aceitar uma vingança, mas ele já não estava mais ali para opinar.
Naquele mesmo dia, ao anoitecer, Felix começou a se preparar, iria ver primeiro quem seria o novo brinquedo do Bang.
Mas foi uma surpresa, conforme perseguia Christopher de maneira tão discreta, havia visto quem menos esperava.

Minho, o homem bonito de olhos violetas.
Ele conversava de maneira calma e descontraída, totalmente profissional, diante de Christopher naquele restaurante tão caro.

As mãos do Lee tremeram em ódio.
Havia acabado de enterrar seu amor, agora teria que aturar isso?
Seus olhos tremeram em um tic nervoso de pura agonia.

E se Minho estava compactuando com o Bang? Para agir assim, ele provavelmente fez parte de toda aquela merda.
O Lee suspirou, guardando para si toda a vontade de entrar lá e socar ambos.

Tinha uma pequena mudança de planos naquele instante.
Um sorriso psicopata se estampou em seus lábios, enquanto lentamente, mudava sua direção.
Ele sabia aonde era o prédio aonde Minho morava, mas agora ele apenas precisava acertar uma escala de 1/7 × 5/7.

– Sete andares e cinco apartamento por andares. – Feliz sussurrou, mudando seus passos para o prédio um pouco mais afastado.

Além de um pouco velho e desgastado, também era desprovido de segurança. Perfeito, diria?
Seguindo passos lentos, não havia um porteiro, podiam entrar e sair sem serem vistos por câmeras.

Não havia um pingo de segurança ali.

Felix sorriu, não pensava mais de forma racional, tudo o que queria era fazer Christopher pagar pela merda que fez.
Não seria complicado demais, apenas demorado.
As portas dos apartamentos eram de vidro, além de possuir uma plaquinha pequena ao lado da porta com o segundo nome de cada morador.

Seria isso um GPS com holofotes? Não é possível esse nível de descuido em um apartamento.

Suas sobrancelhas se franziram, estava fácil demais, porém não se importava, apenas continuou, seu instinto era ótimo em momentos como esses, no qual se guiava pela intuição e sabia que daria certo assim, sempre dava.

A porta a sua frente era igual as demais, porém o sobrenome "Lee" estava estampado, se bem se recordava, o rapaz bochechudo o chamava de "Lino" talvez fosse uma mistura do primeiro e segundo nome.

Coincidência demais para estar errado.
Ele sequer estava armado, mas se tinha uma coisa que Felix era bom, era em improvisar.
Sequer pensou também na possibilidade de haver mais alguém na casa, por isso, ao chutar a porta com toda sua força pelos anos de treino de lutas, se assustou silenciosamente com o grito apavorado que ouviu dentro do apartamento.

Merda, havia uma testemunha de que havia acabado de tentar invadir a casa.
O rapaz bochechudo estava sentado sobre o sofá, o encarando com os lábios escancarados.

– Merda... Olha, pode levar o que quiser, eu falo que foi um estranho encapuzado! – o Han ofereceu, conforme Felix se aproximava, Jisung apenas se perguntava qual a chance de dar certo?

E se ele corresse para a cozinha? Talvez conseguiria pegar uma faca.
Mas e se o estranho invasor, terrivelmente familiar, tivesse verdadeiramente armado? Ainda mais se fosse uma arma de fogo!
Não iria se arriscar assim.

– Eu não preciso que não fale... Você não vai nem abrir a boca. – Felix entrou com lentidão, não existia mais uma porta para fechar, apenas cacos de vidro. – Você sequer vai sair vivo daqui.

O Han arregalou os olhos, correndo apavorado para o mais longe possível, uma dor forte se fez em seu quadril.
Quando que aquele invasor foi parar atras de si?
O chute nas costelas foi certeiro, fazendo o corpo ferido cair sem sequer se mover.

O Lee não tardou a pisar no local anteriormente chutado, sorrindo de forma cansado, enquanto se agaixava o suficiente para alcançar os fios do Han.

– Escuta... Você pode escolher entre falar como mataram meu Hyunjin... Ou... Pode ficar quietinho e agonizar até a morte. – o Lee sussurrou próximo ao ouvido do Han, porém como o Han "não sabia de nada", precisou forçar a face bonita contra o piso repetidas vezes.

O sangue se tornou a cor do chão com o passar dos movimentos, enquanto tentava de alguma forma, retirar informações do Han.
A face cansada implorava por perdão, mas Felix passou a entender que não havia sobre o que perdoar, Jisung não tinha culpa.

Porém agora já era tarde, ele havia visto seu rosto, então precisaria dar um jeito.

– P-por favor... – o Han implorou em um sussurro, não entendeu a razão de não conseguir mover seu corpo devido a um chute nas costelas, não fazia sentido, fazia?

– Sinto muito, mas eu preciso matar seu amigo também... – Felix se levantou, não havia nada que servisse para matar ao seu redor, nada que fosse rápido e indolor.

Não haviam opções, uma faca seria complicado de limpar vestígios depois.
O pé do Lee foi em contato com a cabeça do Han, como se chutasse uma bola. O chute foi forte, apenas o som de estalo soou, porém ele ainda se movia.

Outro chute, apenas mais dois e tudo certo, o sangue manchou muito, tanto sua calça jeans preta, quando o chão e seu tênis da mesma cor que a calça, mas ao menos, havia tido uma certeza.

Ninguém se importaria que esse garoto havia morrido, apenas Minho, o próximo da sua lista.

Messalinos (DanceRacha Centric)Onde histórias criam vida. Descubra agora