Hayloft II

85 12 10
                                    

Minho chorava encolhido em seu quarto, enquanto gritos, tiros e berros soavam.
O pior para si, foram os passos rápidos e curtos, aquele som não eram de pessoas, nunca seriam.

Seu coração bateu forte, firme, rápido, quando a porta foi escancarada e dois Pitbulls saltaram em sua direção, sua perna foi o primeiro alvo, enquanto o cão branco, manchado pelo carmim de sangue humano, balançava a cabeça de um lado para o outro amordaçado a sua carne, tirando de si gritos desesperados.

O segundo cão saltou em sua outra perna, eles claramente eram treinados para isso, atacando as pernas causariam pavor a vítima, além de as impedirem de fugir.
Estaria vulnerável ao extremo, mais do que já estava.

– Milly e Molly, podem soltar ele. – a voz grave soou, porém no primeiro comando, os dois cães, no qual apenas agora descobriu se tratar de duas cadelas, não obedeceram, apenas esmagando ainda mais sua carne ensanguentada – Agora!

As cadelas soltaram, claramente a contragosto, correndo para fora da mansão atrás do som de passos e rádio que ecoava, alguém fugiu e tentava avisar ao chefe o que havia acontecido, mas pela velocidade das cachorrinhas, seria impossível sair vivo.

O sorriso macabro escapou pela face do Lee, que se aproximava cada vez mais de Minho, este que, tentava pegar impulso com os próprios braços fracos para se afastar de Felix.

– Ah, não seja assim. Pense pelo lado positivo! Você já sabia que havia sido deixado para morrer. – a forma suave dita arrancou um olhar indignado de Minho, acompanhado de uma gargalhada escrota após a frase ridícula – Não pense que foi algo pessoal... Mas entenda meu lado, você foi o motivo que Hyunjin pôde ser descartado. Ele era... Ele era meu!

– Você é louco! – o mais velho gritou imediatamente, recebendo um tiro nada convidativo na perna no qual o cão branco havia mordido anteriormente – Filho da puta!

– Vai me dizer que não sabia? Christopher mata as pessoas que não tem mais serventia! Entendeu? Você substituiu MEU NAMORADO! – outro tiro ecoou, desta vez, acompanhado de um grito desesperado do Lee mais velho, que faltou pouco para não desmaiar de dor.

O sangue escapava como rios, enquanto tentava a todo custo manter a consciência.
Foi neste misto de dor e insanidade, que o pé do Lee mais novo, acompanhado de um salto de ponta-agulha, pisou exatamente onde antes havia a ferida da bala.

O grito desesperado foi como música para os ouvidos de Felix, este que sorriu satisfeito, se agaixando na frente do Lee, segurando seus fios com vontade, os puxando com força até que o punhado que segurava, soltasse do crânio do Lee, junto a sangue e carne do mesmo.

– Você vai se arrepender de abrir a boca. Eu ia te deixar tentar fugir... Mas sabe... Estou bem feliz em te ver assim. Com certeza Hyunjin sofreu mais do que você. – o Lee comentou rindo, socando a cara do homem que faltava vomitar os próprios fluídos de nervoso e agonia.

A dor era tanta que convulsionava, não havia sentido quando a sua calça foi puxada para baixo, assim, o Lee mais novo riu divertido, colocando o cano da arma dentro do interior de Minho, este que eatava massacrado pelo pau do Bang, destravando a arma e sorrindo ainda mais feliz.

Os olhos violetas se arregalaram, quanto o som de desparo soou.
Minho gritou, se debatendo desesperado, parecia um monstro corrompido pela dor.
Felix estava finalmente satisfeito, assim, se retirando da mansão, desviando dos corpos amontuados pelo chão. Havia feito uma verdadeira chacina.

Agora sua prioridade era procurar as duas cadelinhas de Jisung, as encontrando bem longe da mansão, mastigando um corpo que já nem era mais reconhecido.

– Vamos? Papai está esperando que eu leve as duas. – Felix sorriu ao ver as cadelinhas balançando o rabinho animadas.

Estavam longe, a explosão podia ser escutada e vista de longe, porém não se importava, Minho havia morrido, se não pela bala no cu, pela ferida na perna, ou pelos malstratos de Christopher, então seria pela explosão.

– Vou sentir a falta de vocês. – Felix sussurrou, enquanto levava as cadelinhas ao carro que estava esperando a alguns metros da entrada da enorme propriedade de Christopher.

A porta do carro preto se abriu, quando as cadelinhas entraram e do carro, saiu um homem alto com um olhar penoso.

– Eu já sei que ele mandou me matar. – Felix riu, se virando de costas para o segurança que tanto pediu que fugisse e desistisse antes de tudo piorar – É só... Atirar.

O disparo soou, Felix não guardou rancor, nem se preocupou com a falta que faria no mundo, sabendo que não seria nenhuma.

Jeongin sempre quis se vingar da forma que matou Jisung, Felix sabia disso, apenas usou o Yang para fazer vingança por Hyunjin.
Quando Felix descobriu que Jeongin dormia com Jisung muitas vezes, precisou reunir sua coragem antes de pedir ajuda ao Yang, sabia que seria um alvo assim que completasse sua vingança, mas também, não se arrependia.

Essa vida de programas era podre, suja e corrompida.
Não existia legalidade, liberdade ou alegria.

Apenas um mar de tristeza, perda e depressão.

Messalinos (DanceRacha Centric)Onde histórias criam vida. Descubra agora