Hayloft

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- Alguma notícia do seu amigo? - Christopher perguntou ao rapaz, que negou com a cabeça apavorado.

Minho estava tão traumatizado, tão apavorado, ele não teve a coragem de contar.
Quando deu seu depoimento, foi chamado para uma averiguação imediata no apartamento, quando a polícia cívil arrombou a porta do quarto de Jisung, Minho faltou desmaiar, pois chegou a vomitar no banheiro.

O cheiro podre havia invadido suas narinas, acreditava que sentiria esse cheiro independente do tempo que passasse. O odor de defunto era algo impossível de se esquecer.
A imagem do corpo falecido, com vermes começando a mostrar suas presenças no interior do corpo completamente desfigurado, foi forte demais para si.

Havia visto os órgãos internos espalhados por todo o cômodo, as tropas foram feitas de cortinas nas paredes, enquanto o cérebro do rapaz estava esmagado dentro se uma vasilha junto ao fígado e o pulmão, servindo de tinta para a escrita na parede, uma pena que Minho não sabia nem o inglês básico.

O que mais lhe deixou apavorado, além de todo o conjunto que presenciou da cena de nojo e horror, foi a face do falecido, arrancada a faca e pendurada na frente do espelho do quarto, com os olhos colados com cola super-bond no próprio espelho.

Depois disso, a polícia o viu como um possível suspeito, porém o Lee estava tão desesperado e apavorado, que sequer se deu conta disso nos três depoimentos com pessoas diferentes, que foi obrigado a fazer.
Mesmo vomitando em todas elas, devido ao nervoso e agonia, porém ainda após bater adequadamente os três depoimentos, a polícia ainda o via como um suspeito em potencial.

Pensando pelo lado de que Minho havia entrado em um apartamento com claros sinais de arrombamento, havia ignorado manchas de sangue vibrantes pelos cantos e o fedor de morte que se espalhava cada vez mais, ele tinha tudo para ser de fato o assassino.

Quando implorou a polícia que o deixasse dormir na casa de seu chefe, já que não queria mais dormir naquele lugar, e a polícia também nem permitiria isso, agradeceu aos deuses pela permissão recebida.

Mal sabia ele que Christopher já estava sabendo de tudo, que ele já sabia desde a pessoa, até o lugar, desde a hora, até a forma.
Ele não era um homem mal previnido. Porém, ainda assim, foi importante se fazer se sonso, seria estranho demais se ele completasse os fatos com seu conhecimento, a polícia entenderia, mas Minho não.

Por isso, com a face mais falsa de preocupação, colocou a mão em frente onde deveria estar o coração, franzindo as sobrancelhas antes de comentar.

- Sinto muito, você deve estar apavorado... É melhor você dormir, rapaz. - o Bang se levantou da mesa de jantar, notando que Minho sequer havia tido coragem de tocar na comida.

Tudo o que havia colocado para o rapaz comer, estava intocado, assim como o copo de água sobre a mesa. Tinha a certeza de que Minho vomitaria ali mesmo se colocasse qualquer coisa na boca. Ele não seria o louco de causar sua própria indigestão.

– Pelo menos beba um pouco de água. – recomendou o Bang, se dirigindo ao próprio escritório, abandonando para trás o rapaz enjoado e assustado.

A caminho do escritório, o Bang buscou o telefone-celular no bolso da calça, discando o telefone de quem ele mais precisava entrar em contato no momento.

– E aí, Seo? – Christopher cumprimentou de forma informal, recebendo do outro lado da linha uma voz desconhecida para si.

E aí, Bang... – a voz grave sorriu, enquanto sons esganados soaram, como se alguém no fundo tentasse falar – Recebeu meu presentinho?

Matar meu amigo não vai me impedir de fritar seus neurônios e almoçar-los. – o Bang resmungou, recebendo uma gargalhada sarcástica em resposta – Você não vai ganhar nada fazendo isso.

Lêdo engano, querido... Estou me divertido bastante. – a voz grave respondeu, enquanto um grito apavorado soou em ritmo.

Christopher queria gritar em ódio, aquele merdinha estava torturando Changbin pior do que fez com o rapaz que sequer conhecia.

Você é o próximo, seu merda. – o Lee informou, frio, baixo e sussurrado.

O telefone foi desligado pelo Lee neste instante, que sorriu vitorioso para o telefone.
A mão pequena estapeou a face apavorada do Seo, voltando a usar o bisturi para estudar como funciona a anatomia humana ainda em funcionamento.

– Ele está agonizando pouco ainda, se perfurar um pouco a artéria do coração, ele vai agonizar até a morte pior ainda. – a voz divertida soou.

Felix olhou curioso para Jeongin, sorrindo divertido em seguida.
A mão livre, no qual antes estava esmagando a traquéia do homem por dentro do peitoral aberto, buscou a artéria mencionada, falhando miseravelmente enquanto a procurava, arrancando gritos piores e afogados pelo Seo, que tentava a todo custo morder a própria língua, sendo impedido pela bola de algodão na boca.

– Nem sempre o coração fica no lado esquerdo, vê no direito. Primeiro procura o coração dele. – o Lee afirmou com a cabeça para a explicação do Yang, o Yang percebeu a dificuldade do mais jovem, guiando sua mão para entre os pulmões do homem que gritava ainda mais desesperado.

O Seo apenas não desmaiou ainda devido a adrenalina que era aplicada em sua veia em pequena quantidade cada vez que o Seo faltava pouco para desmaiar.
Quando o coração pulsante estava entre os dedos pequenos do Lee, o Yang apontou para a pequena circulação de sangue em uma veia esverdeada fina, tão escondida que faltava pouco para ser azulada.

– Essa aqui não é uma artéria principal, se for cortada, vai sangrar internamente e vai ser mais agonizante. Se cortar uma das grandes ele vai morrer muito mais rápido. – o Yang explicou detalhadamente, observando o Lee cortar com precisão ultilizando um pequeno bisturi enferrujado.

– Melhor aplicar outra adrenalina? – o Lee questionou, buscando a injeção que estava já preparada ao seu lado.

O Seo berrou, sentindo sua coxa sendo levantada e o objeto fino e longo sendo introduzido no lado direito de sua coxa, um pouco mais para baixo dos glúteos.
Mesmo com tantas dores, seu pânico por agulha favorecia seus torturadores, que sorriam com os olhos do Seo se dilatando lentamente.

– Agora vamos recomeçar nossa conversa? – o Yang questionou, recebendo o algodão da boca do Seo – Quem matou Yoon Jeonghan e Hwang Hyunjin?

O Seo gritava, ele não falava, até que uma poça de sangue se esguichou por sua boca, seu coração pulsava firme, o órgão ensanguentou todo o redor, enquanto o Yang observava com a face suja de sangue.

– Foi você, seu vagabundo... Então agora você vai sentir como eles se sentiram. – o Yang sorriu.

Um sorriso doentio e macabro.

– Lixie, que tal aprender o motivo que o pâncreas é tão chato de operar?

Messalinos (DanceRacha Centric)Onde histórias criam vida. Descubra agora