Secret

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Os passos lentos caminhavam pelo aeroporto, enquanto observava suas malas sendo depositadas no avião para cargas, seguindo caminho para Austrália.
Christopher riu, enquanto entrava no seu jato particular, sendo escoltado por dois seguranças particulares e dois jatos de guerra, prontos para atacar qualquer um que atentasse a sua segurança.

Comprar a confiança das pessoas era tão fácil, nada que alguns milhões a vista não faça.
Entrando no espaço confortável, sentiu um peso ser tirado de si, agora estava verdadeiramente feliz.
O sonho de Seungmin era viajar para a Austrália quando se aposentasse e infelizmente, não conseguiu realizar o sonho do seu querido, porém não ficaria triste, não tanto.

Não é como se ele verdadeiramente se importasse, era um psicopata nato, apenas sentia a falta da companhia genuína do Kim, de hora ou outra ser recebido entre suas pernas.
Um suspiro escapou de sua garganta, talvez comprar a milícia Australiana fosse complicado, mas faria o melhor possível naquele instante.

Maldita hora que Felix conheceu Hyunjin, matar aquele vadio trouxe apenas uma pedra no seu sapato.
Achou que abandonar Minho para trás fosse ser vantajoso e lhe dar mais tempo de fuga, mas tudo o que conseguiu foram três horas, pois seu segurança ligou rapidamente, dizendo que fugiu pois a mansão foi invadida por toda a máfia coreana de Jeongin, Minho foi torturado e seu corpo feito em pedacinhos, sendo jogados para os cães do Yang comerem.

Talvez deveria ter escondido o cheiro do Lee, assim, perderiam tempo a mais procurando. Deveria ter imaginado que mandariam cães rastreadores.

Um suspiro desagradável escapou de sua garganta, quando se sentou e finalmente encostou no estofado confortável.

– Pode decolar, piloto. – o Bang disse, porém nada do jato subir.

Suas sobrancelhas se franziram, quando abriu os olhos e se levantou, caminhando a cabine do piloto.
Seus olhos se arregalaram, o piloto estava morto.

Quando isso aconteceu? Ele nem notou sons estranhos. Também não havia falado com o piloto quando entrou, então não sabia dizer a quanto tempo o homem estava morto, também seria uma péssima ideia tocar no cadáver e tentar chutar o tempo de morte pela temperatura, se não conseguisse pagar a polícia local seria problemático e o suborno não o tiraria como um possível culpado com tanta facilidade.

O Bang saiu do jato às pressas, nada garantia que o óleo ou o gás estivesse escapando, seria clássico de um assassinato a um bilionário.
Apressado, caminhou para a direção do carro, com dois seguranças que o esperava apressados tanto quanto a si próprio, quando o som alto soou.

O primeiro corpo do segurança caiu no chão, com o sangue espatifado a baixo de seu crânio estourado. Aquilo não foi um tiro de pistola, era no mínimo uma K47.
O Bang correu para dentro do jato outra vez, ouvindo o tiro ser feito na direção de seu segundo segurança.

Seu coração acelerou com a adrenalina da situação. Como o aeroporto permitiu a entrada de alguém armado?
Perguntou a si mesmo confuso, ligando para a segurança por ramal e claramente, não conseguindo nenhuma resposta.
Provavelmente foram todos massacrados.

O Bang gritou, estava frustrado, ele só tinha que subir voo, nada demais, ele podia fazer isso.
Sem pensar muito, jogou o defunto para fora do jato, se sentando na cabine do piloto e ligando o jato, quando outro tiro soou.

Seus olhos se arregalaram, sentindo a forte ardência em seu peito.
Com certeza aquela arma era mais que uma K47, atravessou um vidro blindado e matou dois seguranças que usavam capacetes a prova de balas.

Seu coração doeu, aquilo foi um tiro certeiro até demais para o seu gosto.
Sua vista lentamente parecia querer escurecer, mas sinceramente, não estava tão nervoso assim, mas sim frustrado, nem sequer teria forças de buscar socorro e provavelmente, até os paramédicos estavam mortos a essa altura do campeonato.

Sua visão lentamente borrava, como se manchasse sua vista com um plástico embaçado.
A voz suave soou, enquanto o Bang tentava associar tudo o que acontecia naquele exato momento.

– Sabe, Bang Christopher... Foi por muito pouco que quase não chego a tempo. – Jeongin comentou calmo, enquanto entrava naquele jato luxuoso e se sentava ao lado do Bang, que o encarou trêmulo – A sorte era que meu novo brinquedo sabe se  cuidar bem agora, então enquanto ele cuida do seu puto mal pago, eu pude vir dar dois tiros no seu peito.

Christopher gruniu, por isso ele apareceu ali tão cedo, ele nem havia perdido tempo com a armadilha, apenas deixou o descartável para trás.

– A mansão... Tem uma bomba. – o Bang comentou superficialmente, enquanto segurava a vontade constante de vomitar seu sangue, engolindo todo aquele líquido ferroso – Uma pena... Não vou... Poder ver.

– Não, você não vai. Mas não se preocupe com a minha sanidade mental, Felix era tão descartável para mim, quanto Minho é para você. – o Yang gargalhou, segurando a pistola que escondia na roupa na direção da cabeça do Bang – Diga adeus, seu vagabundo.

Messalinos (DanceRacha Centric)Onde histórias criam vida. Descubra agora