16 - Capítulo

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Confesso que escrever um capítulo onde a pessoa trata mal os pais me da uma dor no coração 😕 Mas isso vai mudar, aguardem! 


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   Narrativa Autora


- Meu Deus! - um grito ecoou contra as paredes. Alertando os moradores da casa que correram para saber o que estava acontecendo. Era Nádia Sarocha que estava de joelhos, com as mãos na cabeça e chorando muito. - Roubaram Anthony, roubaram! - ela gritava em plenos pulmões, desesperada.

Anthony precisou de um segundo para entender o significado dos gritos da esposa. O choque o invadiu quando se deu conta o que tinha acontecido... A porta aberta, e os vasos caídos.

- Deus! Por que meu Deus? - Nádia voltou a gritar em desespero, puxando os seus cabelos numa crise histérica, sendo amparada pelo marido que a levantou e a abraçou apertadamente. Ela se desmanchou e se despedaçou nos braços dele. Ele também estava a chorar, tanto pelo dinheiro perdido como pelo estado da esposa.

Eles choravam por saber o dano que aquele roubo causaria em suas vidas. Sem o dinheiro estavam sob o risco de serem despejados... O banco não iria anular a dívida e muito menos dá mais prazo por empatia. O dinheiro perdido não tinha como se reposto. Eles não tinham mais nada para vender, e dando-se conta as suas dívidas, nenhum outro banco oferecia empréstimo, estavam com os nomes sujos.

- Eu...Eu não entendo. - Anthonydisse atônito. - Em vinte anos que moramos aqui, isso nunca não nos aconteceu, nunca formos assaltados... Nunca...

- Mas levaram, Anthony. -  Nádia soluçou trêmula. Afastou-se um pouco do marido e olhou para o vaso em que guardou o dinheiro com o coração partido. - Levaram tudo... Simplesmente tudo... - resfolegou em um soluço.

- Levaram o quê, ein? - Freen perguntou, despreocupada e alheia ao drama dos pais, encostada no batente da porta com os braços cruzados.

Eles viraram-se para olhá-la. Como ela poderia ficar tão calma vendo os seus pais nervosos daquela forma? Parecia que não tinha coração! Nenhum um risco de preocupação marcava o rosto já bem maquiado.

- Nos roubaram, filha. Levaram o nosso dinheiro... O dinheiro de pagar a hipoteca e as dívidas do banco. - Anthony explicou, derrotado.

- E tínhamos dinheiro para tudo isso? - Freen questionou com a sobrancelha erguida. - Por que quando eu quero ao menos um centavo, vocês fazem uma tempestade num copo d'água. Agora me dizem que tinham dinheiro?

- O seu pai vendeu o fusca, ontem. - Nádia se pronunciou, limpando as lágrimas que caiam em abundância dos olhos. - Guardei dentro do vaso, e hoje de manhã estava assim... A porta aberta e os vasos derrubados.

Freen descruzou os braços, sem se abalar com o acontecimento.

- A porta dormiu aberta? - questionou aos pais.

- Anthony? - Nádia virou-se para o marido.

- Sim, como todas as noites. - respondeu com o cenho franzido.

- É por isso que as coisas acontecem. - Freen disse sem piedade na voz. - A senhora foi burra o suficiente para guardar o dinheiro em um vaso na sala... E você, papai, outro burro por deixar a porta aberta ainda mais nessa vizinhança. Nem é pedi para ser roubado, é implorar! - revirou os olhos.

- A comunidade nunca mexeu conosco, Freen. Eles são como uma família para nós. Conhecemos cada vizinho e temos uma grande amizade com cada um deles, eles não seriam capazes. - Anthony disse em defensiva.

El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }Onde histórias criam vida. Descubra agora