Rebecca Narrando
Terminei de emitir a nota em que dizia claramente que ajudaria o estado de Chiapas. Recebi um e-mail de agradecimento do Nate, ele estava em êxtase. Revirei os meus olhos, se ele acha que vai realmente desviar dinheiro das obras está redondamente enganado. Tudo seria sob revisão. Deixei bem claro que também não quero o meu nome vinculado com o dele. Minha causa são com as pessoas de Chiapas, e não com Nate.
Afundei-me um pouco no trabalho até que o Chris entrou no escritório, distraindo-me.
– Olá baby. – o cumprimentei, e me afastei um pouco para que ele sentasse em meu colo.
Apesar de ter oito anos, o Chris adorava ser mimado. Não se importava em ser criança, ultimamente, as crianças não querem mais se comportar como tal. Querem amadurecer antes do tempo. O meu filho estava muito feliz em aproveitar as fases de sua vida.
– Mamãe, o que foi isso em seu rosto? – ele perguntou tocando suavemente os meus lábios inchados e doloridos.
Ao lembrar que estava com uma ferida nos lábios, eles começaram a latejar. Tinha feito uma compressa de gelo, mas Freen tinha me dado uma sonora bofetada. Pegou-me de surpresa, ainda estou surpresa. Porque não achei que ela iria me bater, e muito menos se importar daquela maneira depois que soubesse dos seus pais. Será que ela estava mesmo mudando ou era mais uma farsa?
Ela pareceu realmente se importar, em querer rever os pais.
Freen estava me surpreendendo. Achei que quando colocasse a vingança em prática a Freen seria a pessoa mais revoltada e faria de tudo para ir contra mim, mas ela estava mostrando totalmente o contrário. Ela parecia tão... Submissa. Como se estivesse aceitando tudo em uma forma de rendição, como se estivesse realmente aprendendo a lição.
E isso me preocupa também. Por que, se ela estivesse mesmo aprendendo, que argumentos eu teria para continuar? Ainda quero a minha vingança, tenho sede e ganas nisso. Mas a verdade que seja dita e exposta ao menos para mim mesma, mesmo querendo que Freen continue comendo o pão que o diabo amassou, minhas prioridades são a Alison e Serena.
– Acredita que tinha um bichinho andando em meu rosto e eu bati com força pra matá-lo, mas acabei me machucando? – comentei fazendo uma caretinha que o fez rir.
– Poxa! Você é muito lenta, mamãe. – Chris comentou rindo, me fazendo também rir, o que incomoda mais os meus lábios. Ele parou de rir e me encarou. – Não gosto quando você se machuca, toma mais cuidado da próxima vez, ok?
Meu coração se derrete com a preocupação do meu filho. O abracei com amor, o Chris é o meu sol em dias chuvosos, o meu aquecedor em tempos frios. Ele que me mantém. Não é a minha obsessão por vingança, não. É ele. O Chris que deu sentido a minha vida. Ele faz com que eu me sinta viva.
Desde que iniciei a vingança que estou me questionando se fiz realmente bem em trazê-lo para dentro desse ninho de cobras. Apesar de manter a vigilância o tempo todo, e sempre o mandar para ficar com Nádia ou Anthony, ou até mesmo com Irin, preocupo-me com a sua segurança.
– Prometo que tomarei mais cuidado da próxima vez, tá? – olhei para a tela do notebook, apesar de estar de pijama ainda era cedo e eu estava com saudade de passar um tempo com o meu filho. – O que acha de assistirmos um filme?
Os olhos de Chris brilharam e ele pulou do meu colo, me puxando pela mão.
– Pode ser O massacre da serra elétrica? – ele perguntou empolgado.
Fiz uma careta.
– Não, Chris. Algo mais suave.
Ele revirou os olhos e ficou um pouco pensativo.
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El Sabor De Lá Venganza { FreenBecky }
RomanceO que acontece quando a inocência encontra-se com a maldade? Becky era uma garota pura e completamente apaixonada pela vida, em seu coração não existia nada, além de uma doce inocência. Vivia em um mundo cor de rosa, até que o seu caminho cruzou com...