O sol da manhã lançava um brilho suave no dormitório enquanto um toque ecoava pelo quarto. Era sábado de manhã, e o ar estava carregado de tensão palpável. Aria e Oliver já estavam acordados há algum tempo, ansiosamente aguardando a chegada de sua nova colega de quarto.
Aria respirou fundo e caminhou até a porta. Com uma virada da maçaneta, ela se deparou com a figura do Sr. Henderson, o diretor, parado solenemente no corredor. Atrás dele, parcialmente oculta, estava Roxy Blackwood, cuja presença era imponente mesmo à sombra da porta.
"Bom dia, Aria. Oliver", cumprimentou o Sr. Henderson, seu tom carregando um peso incomum. Ele entrou, abrindo espaço para Roxy segui-lo. Sua estatura alta, vestida com jeans rasgados, botas pretas e uma jaqueta marrom, se impunha na entrada. Seus longos cabelos negros emolduravam um rosto com uma expressão séria, quase desafiadora.
Roxy
20 anos de idade
1,93 de altura
A entrada de Roxy trouxe uma intensidade silenciosa e quase tangível para o quarto. Oliver instintivamente se aproximou de Aria, seus olhos arregalados enquanto observava ela. Apesar de seus esforços para parecer indiferente, sua linguagem corporal traía um senso de intimidação.
O Sr. Henderson pigarreou, dirigindo-se diretamente a Roxy. "Roxy, como discutimos, espero que você mostre seu melhor comportamento aqui", disse ele, sua voz firme, mas esperançosa.
Roxy permaneceu em silêncio, seus olhos escuros percorrendo o quarto, mas nunca se fixando em Aria ou Oliver. O ar estava pesado, preenchido com palavras não ditas e expectativas.
O Sr. Henderson se virou para Aria, sua expressão se suavizando. "Obrigado por acomodar este arranjo, Aria. Eu sei que Roxy estará em seu melhor comportamento." Ele pausou e, em seguida, voltou-se para Roxy com um olhar significativo. "Certo, Roxy?"
A resposta dela foi desinteressada, uma única palavra proferida sem olhar para ele. "Tanto faz."
A palavra pairou no ar, impregnada de uma indiferença descartável que não deixava espaço para argumentos. A atitude de Roxy era clara; ela não se importava com as regras ou expectativas estabelecidas diante dela.
O Sr. Henderson suspirou, um olhar resignado cruzando seu rosto. "Bem, vou deixá-los se conhecerem. Aria, Oliver, se precisarem de alguma coisa, por favor, não hesitem em me contatar."
Quando o Sr. Henderson fez sua saída hesitante, a porta fechou com um clique suave, deixando uma quietude palpável em seu rastro. Aria, Oliver e Roxy permaneceram no quarto, um triângulo desconfortável de olhares e pensamentos não ditos.
Roxy, parada com uma postura casual, mas dominante, lentamente voltou sua atenção para Oliver. Seu olhar era afiado, implacável, e, ao encontrar o de Oliver, um arrepio frio percorreu sua espinha. Era um olhar que Oliver reconhecia muito bem, um que despertava memórias dolorosas das profundezas de seu passado. Era o mesmo tipo de olhar que sua mãe lhe dava — um cheio de desaprovação, rejeição e, talvez, até mesmo um toque de nojo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Inocência Ofuscada
Genel KurguO que aconteceria quando um menino de 9 anos fosse inteligente demais para o seu próprio bem? Esse é o caso de Oliver: sendo incrivelmente inteligente para sua idade, ele foi direto para a faculdade. Todos o veem como um gênio, mas esquecem que, ant...