You G!P
Insegurança.
Manhãs em claro, insônia, pensamentos escandalosos... S/n não conseguia se manter após a última discussão que teve com sua esposa. Uma discussão sem motivo algum, algo antes não era um problema e agora se tornou o motivo de tudo.
Estava tudo uma grande merda.
Os dias se passavam e nada de melhorar, a situação piorava de segundo a segundo. Nenhuma procurava uma conversa, então nada era esclarecido. Nenhuma procurava saber o que a outra sentia, então não havia o entendimento. Nenhuma procurava uma conversa para saber como tudo aconteceu e como tudo isso se estendeu de uma forma tão... rápida.
As crianças notaram o afastamento das mães, sentiram que elas já não estavam tão bem pelas brigas constantes e pela falta do carinho que elas tanto demonstravam uma pela outra. Elas perceberam desde a primeira discussão.
Carlie, a filha mais nova do casal, viu tudo o que aconteceu, ela viu quando suas mães discutiram a primeira vez.
A mais nova estava no quarto brincando enquanto olhava suas mães, elas estavam juntas organizando as malas já que a família viajaria na manhã seguinte. Mas, de repente, sua mãe Taíssa gritou a assustando.
- Como você pode aceitar isso? Você ainda não deu limites ou você gosta disso? Essa é a única explicação, S/n! - Taíssa estava alterada e muito nervosa.
- Amor, eu já lhe disse! Eu dei limites, eu falei com ela pessoalmente, eu sei que isso foi ruim já que ela continua com as mensagens, mas você sabe que isso não me faz pensar diferente sobre como devo tratá-la, ela é minha aluna e uma certa intimidade de professora e aluna é bom. - Taíssa revirou seus olhos se segurando para não pegar algo e acertar o rosto da esposa. - Não pense diferente sobre mim e minha fidelidade, como eu sempre fiz eu só ignoro e não dou confiança. Não duvide de mim, amor.
- Intimidade de professora e aluna? Serio isso? Eu não estou acreditando! Como você pode me dizer isso, S/n?! Não duvidar de você? Como!? Olha essas mensagens, olha as fotos que ela está te enviando! Me diz o que isso parece. Me diz como você reagiria se fosse algum colega meu de trabalho me mandando essas mesmas mensagens e essas fotos. Me diz, como você reagiria ao ver alguém me mandando fotos das partes íntimas e dizendo "porque não vem me satisfazer?" Me diz!
- Eu não iria gostar nem um pouquinho e você sabe disso, mas eu não duvidaria de você assim como você não deve duvidar de mim. Se quiser olhar as fotos do meu celular ou qualquer outra coisa, olhe. Eu não tenho peso algum na consciência sobre isso e nem sobre outra coisa. Eu já mudei de numero, já até troquei de celular e você sabe muito bem disso e mesmo assim ela não parou. Eu já alertei a direção da escola e eles sabem de tudo. Eu não posso fazer mais nada. Não posso denunciar ela por isso, eu poderia ser incriminada mesmo sendo a vítima, ela só tem 15 anos, a idade da nossa filha, não posso acabar com toda a vida dessa garota com algo que ela pode se arrepender e melhorar com o tempo. Eu sei que isso é muito chato, mas confia em mim, amor. Eu jamais te desrespeitaria dessa forma, nunca faria isso. - Taíssa não conseguia ver aquela situação como sua esposa via, era quase uma afronta sua esposa deixar que tudo isso passe com o tempo ao invés de denunciar a jovem e colocá-la no lugar. Ela achava que tudo isso tinha algo que estava jogado embaixo do tapete, não tinha outra forma de isso tudo ainda estar acontecendo.
- Não consigo acreditar que você pensa assim, você está me humilhando dessa forma. Ela tem a idade da nossa filha, sim, mas ela não é a nossa filha, ela não é a Alisson e isso deveria servir como exemplo para você de como essa garota deveria se comportar. Alisson é inteligente e muito educada, ela não fica mandando fotos da boceta para seus professores e nem mesmo fica mandando mensagens pedindo para que eles comessem ela. Admita que você gosta disso, admita que você está gostando de ter uma novinha como ela querendo você. Aliás, foi assim que a gente se encontrou, né? Você já estava na faculdade e eu terminando o ensino médio, não seria a primeira vez que você faria algo desse tipo. - S/n encarou sua esposa, ela já não controlava mais e suas lágrimas embaçavam sua visão.