Sereia
You G!P
— Papai, vamos! Não quero perder o cardume dos salmões! - A pequena S/N gritou seu pai, esse que logo desceu as escadas. O mais velho segurou a mão de sua filha mais velha e a guiou para a caminhonete com o sobrenome da família, Perez.
Ben estava feliz por sua filha se interessar no ramo da família, a pesca. Ele sentiu seu peito inflar quando, no ano passado, sua filha pediu de presente de aniversário uma vara de pescar cor de rosa. Desde então, Ben incentivou sua filha a pescar junto dele.
— Vamos, minha pequena. - S/N se apressou em colocar cinto e o fechar se certificando de que tudo estava certo. Seu pai conferiu e fez um sinal de positivo para a menor, que sorriu se sentindo orgulhosa de ter feito algo certo, ao menos ela conseguiu executar com perfeição, ela pensava.
— Papai, quero pescar com a minha vara nova um salmão bem bonito. Daqueles que dê para a mamãe fazer bastante comida. - Ben sorriu.
O mais velho estava empolgado para ensinar sua filha a pescar, e eles combinaram tudo certinho para pescarem à noite onde o cardume de salmões, que foi previsto pelo mesmo, iria passar. Assim que o mais velho parou sua caminhonete, S/N saiu correndo segurando sua vara cor de rosa indo para o barco que seu pai usava. Ela parou ao lado do barco esperando seu pai ansiosamente.
— Vamos, papai! Os salmões não vão nos esperar. - Novamente, o mais velho sorriu. A empolgação de sua filha o fez ter uma lembrança de quando o mesmo aprendeu a pescar com seu falecido pai. S/N ficou impaciente com a demora do pai e correu em sua direção, roubando as chaves do barco. – Papai, eu sei entrar nela sozinha. Oi, Mercedes. - Ben entrou no barco e logo correu abraçando sua filha e a erguendo em seus ombros.
— Filha, consegue ver o sinal? - Então, a pequena s/n olhou ao seu redor a procura do sinal para ter a certeza de que os salmões estavam por ali, e, se sentindo totalmente frustrada, ela bufou ao perceber que não havia sinal algum dos salmões.
— Papai, eles foram embora. Eu disse que se a gente demorasse os salmões não estariam aqui. - Com a voz chorosa e lágrimas caindo de seus olhos, s/n desceu dos ombros de seu pai e se pôs no canto do barco de braços cruzados e com a cara emburrada.
Seu pai chegou próximo a ela e se abaixou tocando as pernas de sua filha, essa que sentia o frio daquela noite adentrar pelo pano grosso de seu casaco.
— Minha princesa, não fique triste. Olha aqui para o papai. - S/N olhou nos olhos de seu pai e o homem sentiu seu peito arder ao ver a tristeza nos olhos da filha. Ele sabia que sentimento era esse, o sentimento de frustração e decepção. Ele logo tratou de pegar sua filha no colo. – Não fique assim, meu amor. Nós podemos sair com a Mercedes e procurar por eles aqui por perto. Não se sinta assim. Papai também pode ter errado nos cálculos e chegou no horário errado. - S/N abraçou seu pai, escondendo seu rosto em seu peito.