21 | mil maravilhas

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— A Wong já deu a entender que não quer o Jaehyun. Só que ela tem um jeito fofo. Nota-se que ela não o quer machucar. Porque também não estamos aqui para isso.

— É verdade. Tanto que não dá para ter raiva dela ser escolhida por quase todos. É o jeito dela que faz isso. Até eu se fosse homem queria ser cachorrinho dela. — Anny diz, tentando confortar o japonês.

— Ela me perguntou da última vez se não tinha deixado óbvio. Eu acho que sempre deixei mais óbvio.

— Ela já revelou que você era o tipo ideal dela em português para você não entender. Entre muitas coisas que ela fala sobre você. Vocês têm química.

— Eu também acho que temos, mas ele está sempre atrás dela. Complica assim. Eu não sou um tipo ciumento, mas nestes dias…

— Nota-se. — Johnny diz. — Mas acho que também é o propósito disto tudo.

[...]

— É difícil achar que sou eu quando o Yuta parece um cachorrinho atrás de você, mas eu tenho esperança. Ou talvez seja por isso que você não quer me dizer.

— Não entendi onde quer chegar na segunda frase.

— Yuta faz seu tipo ideal, não é? Você prefere japoneses?

— Não me ache tarada só porque eu prefiro japoneses. Apenas me dei melhor com eles e tem muitos no meu trabalho lá fora e super me dou bem. Aliás, meu ex-namorado era japonês. Luso-japonês na verdade. Eu achava ele muito parecido ao Choi San do ATEEZ.

— Ah, sim, com experiências é mais fácil. Mas para mim é difícil ver isto tudo, sabe?

— Eu entendo. Mas não é porque eu quero destruir seu coração. Eu também tenho que seguir os meus instintos. Mas como eu te falei, não gosto de machucar as pessoas.

— Por isso que você sempre atende aos meus pedidos, como eu disse. Não sou eu a pessoa que você falou. — Jaehyun Respirou fundo. — Tudo bem. Você também disse que tudo poderia mudar.

— Sim. Isso. Noutras palavras, mas você deixou mais claro. É isso mesmo que eu quero que entenda, mas não estou dando esperanças ou algo do tipo, mas sim falando a verdade. Eu estou aqui para a mesma coisa que você, então, a confusão é persistente. Mesmo que você não sinta agora, eu garanto que chega a um momento que você vai me entender com esta dificuldade e confusão. Eu não entendo, realmente não entendo, porque tem tanta gente atrás de mim, e eu tenho medo de isso gerar raiva às meninas.

— Elas sempre falam que você tem um jeito fofo. Eu vejo isso também. Você não é como as outras que só gostam de ter atrás dela, não querendo saber dos sentimentos deles. Foi o que você disse. O ditado é velho. Eu agradeço por você ser assim. Talvez seja por isso que eu não tenho confusão. Mas não se sinta pressionada. Mas é normal que eu me sinta mal quando o Yuta fala de você. Mas vejo que ele também se preocupa com o que diz para não me deixar mal. Ele não tem cara de quem queira machucar também. Ele é bem legal e compreensivo.

— Você também, Jae. Eu agradeço muito por isso.

— Mas saiba que é difícil.

— Acredito…

[...]

— Pode-se sentar no meu lugar, Diana. Eu e a Anny vamos dar uma volta pela beira mar. — Anny assentiu as palavras de Johnny, vendo a luso-coreana se sentando. Conforme saíram, Danha acabou olhando-os o tempo inteiro, sendo notada pelos demais, mas decidiram chamá-la para a conversa, apenas para ela não se sentir excluída ou algo parecido depois.

— Você está me acostumando muito a passear comigo por aqui. — Anny comentou rindo fraco. — Mas eu gosto. Acho que poderíamos fazer todos os dias.

— Por mim, tudo bem. Gosto também.

— Posso te fazer uma pergunta?

— Claro.

— Você acha que eu não expresso bem o que sinto?

— Como assim?

— É algo que estou sentindo, como se não mostrasse que estou sentindo algo. E deixasse a outra pessoa confusa.

— Não acho isso. Pelo menos, comigo. Mas, eu sei que possivelmente deve ter se divertido no paraíso com o outro moço.

— Eu não pude escolher você. E também, você assim também passou tempo com a Wong. Temos de passar tempo com todos, não é?

— Sim. Foi bom. Acho que finalmente conseguimos fazer amizade. Me sentia bem distante dela. Mas não mais do que com você. Não sei porquê. Desde que fomos para o paraíso, eu vejo algo entre nós. Mas eu não sei se estou a explorar bem. Mesmo com você perto de mim, sinto que estou distante.

— Você não está, John. É compreensível com o que estamos submetidos. Não se preocupe, ok? Está tudo bem. Está tudo andando às mil maravilhas se quer saber. Pelo menos, eu acho.

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⏰ Última atualização: Feb 26 ⏰

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Solteiros, ilhados e desesperados | nctOnde histórias criam vida. Descubra agora