Não há disputa se não houver concorrência.
Mesmo depois de todas as etapas que já passamos, nenhuma das melhores jogadoras caiu, o que incomodava Zara Yaoshi. A garota de cabelos longos, pele morena e olhos heterocromáticos sentia o peso da frustração. Embora sua posição não fosse ruim, afinal, eram mais de cem garotas na competição, ela ainda não estava entre as dez primeiras, seu objetivo. E para subir, alguém teria que cair.
Seus pensamentos se dissiparam quando a voz de Ego ecoou pela sala.
— Haverá um jogo em dupla... Sim, desta vez, não haverá eliminações. Queremos apenas testar algumas de suas habilidades — disse ele, com um tom calculista.
As garotas se entreolharam, incertas. Algumas trocavam murmúrios, tentando entender o propósito.
— A prova será a seguinte: duas jogadoras de times diferentes serão escolhidas para formar uma dupla. Vocês terão que se sincronizar se quiserem vencer. E, apesar de ser um jogo em conjunto, a avaliação será individual.
Os sussurros ficaram mais intensos, até que Hika, uma das líderes, fez a pergunta que pairava no ar:
— Isso significa que, mesmo que uma jogadora do top dez seja excelente, se ela não se sair bem nessa avaliação, pode ser ultrapassada por alguém de nível inferior?
Ego sorriu de lado, como se esperasse a pergunta.
— Exatamente. E não se preocupem... Se falharem, talvez isso apenas prove que vocês não estavam destinadas ao topo. Nem todos nasceram para brilhar — respondeu ele, com uma calma quase cruel.
O silêncio caiu sobre o grupo. Ele continuou:
— A partir de agora, suas posições no ranking serão baseadas não apenas em suas habilidades dentro de campo, mas em tudo que fizerem: desde a maneira como se comportam até a forma como comemoram uma vitória.
— Agora, vamos formar as duplas! Preparem-se! — anunciou Ego.
Os nomes começaram a aparecer em uma grande tela, lado a lado com seus respectivos times. Quando viu o próprio nome. Conferindo sua dupla.
Zara Yaoshi, time C. Nash Masako, time A
Zara olhou ao redor, procurando Sua parceira em meio às outras jogadoras. Sentiu um leve puxão na manga de seu casaco.
— C-com licença — disse uma voz baixa.
Era Nash, uma garota pequena, com uma aparência delicada, quase frágil. Seus olhos pareciam evitar o contato direto, sempre vagando pelo chão.
— Eu sou Nash — ela falou em um tom quase inaudível, sua voz tão tímida quanto seu olhar.
— Olá, Nash. Eu sou Zara. Vai ser um prazer trabalhar com você.
— Sim... por favor, cuide de mim — fez uma reverência. E por coincidência, os olhos de Zara quase chegam a brilhar quando ela tem a visão do número 12 na blusa da garota. Aquilo só podia ser Deus ouvindo suas preces.
Caminharam juntas até uma sala destinada para o entrosamento das duplas. a sala era simples, como qualquer outra usada em treinamentos, sem muitas indicações de como seria a prova.
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ITOSHI'S NA MIRA
أدب الهواةApós o sucesso retumbante do Blue Lock em derrotar a seleção sub-20 do Japão, uma nova etapa do projeto foi inaugurada. Dessa vez, o foco era nas garotas. O objetivo permanecia o mesmo: encontrar e moldar a melhor atacante do país, alguém capaz de r...